Audiência no STF sobre elevação do IOF termina sem acordo entre governo e Congresso
Algo muito esquisito está acontecendo no Tesouro Direto e quase ninguém percebeu. Os títulos longos estão pagando menos que os curtos. Sim, você leu certo. Nosso mundo virou de cabeça pra baixo.
- A lógica que quebrou:
Sempre foi assim: quanto mais tempo você empresta pro governo, mais ele te paga. IPCA+ 2040 deveria render mais que IPCA+ 2029. Lógico, né? Mais prazo, mais risco, mais retorno. Mas não agora.
- O que está acontecendo:
A curva de juros inverteu – títulos curtos estão pagando mais que longos. A última vez que isso aconteceu foi em 2016 - há quase 10 anos. Não é coincidência, é sinal de que algo grande está vindo.
- Por que isso importa:
O mercado está apostando que a Selic vai despencar. Com juros a 15%, todo mundo sabe que é insustentável. A economia não aguenta, a inflação vai ceder, e o BC vai ter que cortar. Quando? Ninguém sabe. Mas o Tesouro já está precificando.
- O que fazer agora:
Esqueça aquela estratégia padrão de "alongar prazo pra ganhar mais". Hoje, o curto prazo está pagando mais que o longo. Contraintuitivo? Totalmente. Oportunidade? Pode ser.
- Minha recomendação:
Se você está aportando em Tesouro IPCA+, considere pesar um pouco mais a mão nos títulos de médio prazo. Não faz sentido concentrar sua exposição aos títulos públicos IPCA+ de longo prazo. Como Consultora Independente, já orientei vários clientes a aumentarem estrategicamente seus títulos IPCA+ 2029.
- A realidade crua:
Curva invertida historicamente sinaliza recessão - pode ser que aconteça diferente, mas o recado está dado: o mercado não acredita que esses 15% vão durar muito mais tempo. Se eu fosse apostar, diria que quem está no IPCA+ de médio prazo tem maiores chances de se dar melhor. Pelo menos até a curva voltar ao normal – o duro é saber quando isso vai acontecer.