Fique por dentro das principais notícias do mercado desta sexta-feira

EdiçãoJulio Alves
Publicado 08.08.2025, 08:11
© Reuters

Investing.com - Os principais índices futuros das bolsas norte-americanas registravam alta nesta sexta-feira, antes da abertura dos mercados em Nova York.

O presidente Donald Trump indicou um assessor próximo para exercer temporariamente o cargo de diretor do Federal Reserve.

No mercado de commodities, o petróleo sobe, com expectativa de mais sanções ao óleo russo, apesar de temores de desaceleração da demanda e expectativa de aumento da oferta pela Opep+.

No Brasil, a temporada de balanços segue a todo vapor, com os resultados da Petrobras (BVMF:PETR4) em destaque.

1. Futuros dos EUA em alta

Os índices futuros em Nova York operavam no campo positivo enquanto os investidores avaliavam a escolha de Trump para ocupar interinamente uma cadeira no Conselho de Governadores do Fed e acompanhavam o fluxo final da temporada de balanços.

Às 7 h de Brasília, o Dow Jones futuro subia 57 pontos, ou 0,1%; o S&P 500 futuro ganhava 11 pontos, ou 0,2%; e o Nasdaq 100 futuro avançava 43 pontos, também 0,2%.

Na véspera, os principais índices encerraram de forma mista: S&P 500 e Dow Jones recuaram, enquanto o Nasdaq Composite, com alta concentração de empresas de tecnologia, registrou leve valorização após um pregão volátil.

Operadores analisavam indicadores econômicos divergentes. Sinais negativos no mercado de trabalho e a alta de um índice de expectativas de inflação foram parcialmente compensados por um avanço sólido da produtividade no segundo trimestre, segundo relatório da Vital Knowledge.

O mercado também debate a trajetória dos juros. Embora diversos dirigentes do Fed tenham indicado nesta semana abertura para reduzir a taxa básica na reunião de setembro, Raphael Bostic, presidente do Fed de Atlanta, ponderou que pode haver espaço para apenas um corte em 2025.

2. Trump indica novo diretor interino do Fed

Trump anunciou na quinta-feira que seu principal conselheiro econômico, Stephen Miran, será o indicado para ocupar de forma temporária uma vaga no Fed.

Caso tenha seu nome aprovado pelo Senado, Miran participará com direito a voto das próximas decisões de política monetária. Próximo a Trump, Miran tem criticado a postura do Fed e de seu presidente, Jerome Powell, por não reduzir os juros de forma mais rápida.

Ex-integrante do Departamento do Tesouro no primeiro mandato de Trump e ex-estrategista sênior de um fundo de hedge, Miran argumenta que as tarifas impostas pelos EUA não terão impacto expressivo sobre a inflação interna e que os custos recairão majoritariamente sobre fornecedores estrangeiros, visão contestada por alguns economistas.

A indicação ocorre após a renúncia inesperada de Adriana Kugler ao cargo de diretora do Fed na semana passada, antes do término de seu mandato em janeiro. Segundo Trump, Miran ficará no posto de forma interina, mas há possibilidade de extensão.

“Continuaremos a buscar um substituto permanente”, escreveu Trump em rede social, acrescentando que o escolhido poderá, no futuro, substituir Powell quando seu mandato encerrar no próximo ano.

3. OpenAI apresenta o GPT-5

A OpenAI lançou o GPT-5, nova geração do modelo de inteligência artificial que sustenta o popular ChatGPT.

A ferramenta se tornou símbolo da expansão global no uso de IA e consolidou a OpenAI entre as empresas privadas mais valiosas do mundo.

Segundo a imprensa, estão em andamento negociações para que funcionários da companhia possam vender ações em uma transação que avalie a empresa em US$ 500 bilhões, acima da estimativa atual de US$ 300 bilhões.

O anúncio ocorre em meio a grandes aportes de empresas de tecnologia como Meta Platforms (NASDAQ:META), Microsoft (NASDAQ:MSFT) e Alphabet (NASDAQ:GOOGL) para ampliar capacidades em IA, especialmente por meio da construção de novos centros de dados.

4. Petróleo sobe

Os preços do petróleo encerraram o pregão asiático em alta, mas, ainda assim, no acumulado da semana, devem encerrar com saldo negativo, devido a preocupações com a desaceleração da demanda global, geradas pelas tarifas comerciais impostas pelos EUA, e pela expectativa de aumento da oferta da Opep+ em setembro.

No momento da redação, o barril do Brent, referência internacional e para a Petrobras, subia 0,87%, a US$ 67,01, enquanto o barril do Texas (WTI), referência nos EUA, valorizava-se 0,85%, a US$ 64,41 no mercado futuro.

No radar do mercado, estão as tensões geopolíticas envolvendo Rússia e Ucrânia, incluindo novas sanções de Washington a compradores do petróleo russo.

5. Balanço da Petrobras

Em meio a uma agenda econômica esvaziada, os investidores acompanham atentos a temporada de balanços locais, com diversas companhias apresentando seus números para o segundo trimestre do ano.

Ontem, a Petrobras divulgou um lucro líquido de R$ 26,65 bilhões no período, revertendo o prejuízo do mesmo intervalo de 2024, resultado favorecido pelo aumento de 7,6% na produção de petróleo e pela maior eficiência operacional, apesar da queda de 20,2% no preço médio do Brent e de efeitos extraordinários como o gasto de R$ 3,8 bilhões com um Acordo de Individualização da Produção.

O Ebitda ajustado da companhia subiu 5,1% na base anual, para R$ 52,26 bilhões, enquanto a receita de vendas recuou 2,6%, para R$ 119,23 bilhões.

A petrolífera brasileira anunciou R$ 8,66 bilhões em dividendos e juros sobre capital próprio, além de elevar sua projeção de produção para 2025.

Os investimentos no trimestre somaram US$ 4,43 bilhões, alta anual de 30,6%, e a dívida bruta chegou a US$ 68,06 bilhões, influenciada pelo arrendamento de novas plataformas.

Acompanhe aqui todos os números dos balanços das companhias na bolsa brasileira e também no exterior.

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