Garanta 40% de desconto
👀 👁 🧿 Todas as atenções voltadas a Biogen, que subiu +4,56% depois de divulgar o balanço.
Nossa IA selecionou essa ação em março de 2024. Quais são as próximas ações a MASSACRAR o mercado?
Descubra ações agora mesmo

Açúcar e arroz testam resistências de preço: o que esperar das commodities agrícolas?

Publicado 06.09.2023, 10:33
Atualizado 02.09.2020, 03:05
  • Índia suspende exportações de arroz, em meio a preocupações com escassez no mercado local.
  • Preços do cacau disparam, devido a fatores climáticos e políticos;
  • Açúcar está em alta, diante de expectativas menores de produção.
  • O clima é um dos principais fatores que influenciam os preços de diversas commodities agrícolas ao redor do mundo.  E isso se aplica principalmente a três importantes commodities alimentícias: cacau, açúcar e arroz, que registraram uma alta considerável de preços nas últimas semanas.

    Quando falamos em fatores climáticos, o principal ponto de preocupação é o fenômeno El Niño, que se origina no Oceano Pacífico e provoca chuvas intensas na América do Norte e do Sul, além de secas no sudeste da Ásia e na Austrália. Essa última região é especialmente relevante por ser uma grande produtora de açúcar e arroz, entre outros produtos agrícolas.

    Além dos fenômenos meteorológicos, as dinâmicas políticas e comerciais também estão ganhando importância, com destaque para a Índia e a África Ocidental.

    Vamos analisar cada uma dessas commodities citadas anteriormente para tentar entender o que o futuro reserva para os preços dos alimentos.

    Arroz pode fechar gap de preços?

    Um acontecimento fundamental no contexto das cotações de preços do arroz é a decisão recente da Índia de suspender a exportação de arroz não basmati para tentar estabilizar os preços do mercado interno. Essa decisão tem grandes implicações para os mercados internacionais, na medida em que a Índia, juntamente com a China, ocupa uma posição dominante no setor, respondendo por 40% do comércio mundial.

    Além disso, o excesso de chuvas na China, sobretudo em regiões altamente produtivas de arroz, está prejudicando as plantações, ao mesmo tempo em que a Tailândia incentiva os agricultores a economizar água, devido a condições de estiagem. A combinação desses fatores deve aumentar a demanda e manter os preços em alta no futuro próximo.

    Arroz - gráfico de 300 minutos

    O primeiro alvo para os compradores é o gap do arroz localizado na resistência de preço de US$ 17,5. O rompimento desse patamar abre espaço para um ataque das máximas do ano em torno de US$ 20.

    Cacau se aproxima das máximas de vários anos

    O cacau apresenta uma tendência de alta notável há quase um ano, levando seu valor para perto do pico de 2011, em cerca de US$ 3.800.

    Mais uma vez, condições meteorológicas adversas estão tendo um papel central, exacerbando seu impacto devido à grande dependência do cultivo de cacau nos países da África Ocidental, como a Costa do Marfim e Gana. O clima político tenso na região também complica a situação, exercendo pressão ascendente sobre os preços do cacau.

    Cacau semanal

    O cenário atual indica um desafio às máximas de vários anos mencionadas anteriormente, o que, combinado com fatores meteorológicos e políticos, parece altamente provável.

    Açúcar retoma tendência de alta

    China, União Europeia, Índia, México e Tailândia reduziram suas previsões de produção de açúcar para esta temporada. Isso inevitavelmente intensificou as pressões do lado da oferta, que têm sido evidentes desde meados de junho. O Brasil é o único país que está testemunhando um aumento na produção, mas mesmo esse aumento não é suficiente para compensar o déficit de outras regiões.

    Além disso, os estoques estão diminuindo, com a Organização Mundial do Açúcar estimando uma redução de aproximadamente 0,8 milhão de toneladas. Isso indica um retorno iminente a uma trajetória de alta nos preços do açúcar. Da mesma forma que o cacau, esperamos um desafio às recentes máximas de preço, neste caso, os picos locais observados em abril deste ano.
    Açúcar - gráfico de 300 minutos

    Se houver um rompimento, o próximo alvo para a demanda estará na faixa de US$ 28 a US$ 29, marcando os níveis mais altos desde 2011.

    (Publicado originalmente em inglês. Tradução de Julio Alves)

    ***

    Aviso: O autor não possui posições nos instrumentos mencionados.

Anúncio de terceiros. Não é uma oferta ou recomendação do Investing.com. Leia as nossas diretrizes aqui ou remova os anúncios .

Últimos comentários

Instale nossos aplicativos
Divulgação de riscos: Negociar instrumentos financeiros e/ou criptomoedas envolve riscos elevados, inclusive o risco de perder parte ou todo o valor do investimento, e pode não ser algo indicado e apropriado a todos os investidores. Os preços das criptomoedas são extremamente voláteis e podem ser afetados por fatores externos, como eventos financeiros, regulatórios ou políticos. Negociar com margem aumenta os riscos financeiros.
Antes de decidir operar e negociar instrumentos financeiros ou criptomoedas, você deve se informar completamente sobre os riscos e custos associados a operações e negociações nos mercados financeiros, considerar cuidadosamente seus objetivos de investimento, nível de experiência e apetite de risco; além disso, recomenda-se procurar orientação e conselhos profissionais quando necessário.
A Fusion Media gostaria de lembrar que os dados contidos nesse site não são necessariamente precisos ou atualizados em tempo real. Os dados e preços disponíveis no site não são necessariamente fornecidos por qualquer mercado ou bolsa de valores, mas sim por market makers e, por isso, os preços podem não ser exatos e podem diferir dos preços reais em qualquer mercado, o que significa que são inapropriados para fins de uso em negociações e operações financeiras. A Fusion Media e quaisquer outros colaboradores/partes fornecedoras de conteúdo não são responsáveis por quaisquer perdas e danos financeiros ou em negociações sofridas como resultado da utilização das informações contidas nesse site.
É proibido utilizar, armazenar, reproduzir, exibir, modificar, transmitir ou distribuir os dados contidos nesse site sem permissão explícita prévia por escrito da Fusion Media e/ou de colaboradores/partes fornecedoras de conteúdo. Todos os direitos de propriedade intelectual são reservados aos colaboradores/partes fornecedoras de conteúdo e/ou bolsas de valores que fornecem os dados contidos nesse site.
A Fusion Media pode ser compensada pelos anunciantes que aparecem no site com base na interação dos usuários do site com os anúncios publicitários ou entidades anunciantes.
A versão em inglês deste acordo é a versão principal, a qual prevalece sempre que houver alguma discrepância entre a versão em inglês e a versão em português.
© 2007-2024 - Fusion Media Limited. Todos os direitos reservados.