Com a volta efetiva da maioria dos agentes ao mercado na semana passada, a liquidez foi se recuperando aos poucos. Porém, segundo informações do Cepea, o volume total de negócios captado ainda esteve abaixo do registrado nos primeiros 20 dias de dezembro. Assim, de 6 a 10 de janeiro, a média do Indicador CEPEA/ESALQ foi de R$ 73,12/saca de 50 kg, queda de 0,07% em relação à de 30 de dezembro a 3 de janeiro (R$ 73,17/saca de 50 kg).
ETANOL: DEMANDA MANTÉM INDICADORES EM ALTA
As negociações de etanol hidratado aumentaram em São Paulo na semana passada, segundo informações do Cepea. Algumas distribuidoras retomaram as compras, mas encontraram vendedores firmes, elevando as cotações. Entre 6 e 10 de janeiro, o Indicador CEPEA/ESALQ do etanol hidratado (preço ao produtor) fechou a R$ 2,0679/litro (sem ICMS e sem PIS/Cofins), elevação de 1,1% em relação ao da semana anterior. No caso do etanol anidro, o Indicador CEPEA/ESALQ foi de R$ 2,2563/litro (sem PIS/Cofins), alta de 1,55% no mesmo comparativo.
TRIGO: 2020 COMEÇA COM PREÇOS ENFRAQUECIDOS NO RS E EM SC
A retração compradora tem pressionado os valores do trigo em grão no Rio Grande do Sul e em Santa Catarina, segundo informações do Cepea. Agentes de moinhos dessas regiões indicam estar abastecidos e sem interesse em aquisições no curto prazo. Já no Paraná e em São Paulo, os preços estão em alta, influenciados pela maior presença de compradores, que adquirem lotes para manutenção de estoques. Quanto aos derivados, as negociações de farinha e farelo têm sido retomadas aos poucos. Boa parte de agentes de moinhos voltou a moer na última semana, mas ainda não opera com 100% da capacidade – em geral, a demanda por farinhas segue baixa.
UVA: SAFRA EM PILAR DO SUL COMEÇA COM PROBLEMAS DE QUALIDADE
Em Pilar do Sul (SP), a safra de uvas foi iniciada no final de 2019 (de 23 a 27 de dezembro), majoritariamente com a variedade BRS vitória. Produtores consultados pelo Hortifrúti/Cepea relataram que, os parreirais em que foram feitas as primeiras podas, no final de agosto, têm apresentado produção heterogênea, devido ao clima frio, o que pode afetar a qualidade das uvas nas próximas semanas. O preço médio da benitaka foi de R$ 5,50/kg na semana passada, queda de 2,9% frente ao período anterior. Além disso, foi necessária a utilização de produtos para quebra de dormência, e, devido à maior quantidade utilizada, o custo de produção da safra pode aumentar em relação a anos anteriores.