Devido à lentidão no mercado, os preços médios do açúcar cristal branco caíram na última semana de novembro no spot paulista. No período, a média do Indicador CEPEA/ESALQ, cor Icumsa de 130 a 180, foi de R$ 154,60/saca de 50 kg, queda de 0,91% frente à da semana anterior (R$ 156,03/sc de 50 kg). De acordo com informações do Cepea, a baixa nos valores se deve, principalmente, à menor demanda na pronta-entrega. Apesar da retração, as cotações atuais ainda operam acima das praticadas no mesmo período do ano passado, tendo em vista que usinas priorizam as exportações do açúcar, o que, por sua vez, limita a oferta no mercado interno.
ETANOL: INDICADORES RECUAM NO ENCERRAMENTO DE NOVEMBRO
Os preços dos etanóis anidro e hidratado caíram na última semana de novembro. Segundo pesquisadores do Cepea, a pressão veio do crescimento no volume ofertado, da entrada de etanol de outros estados da região Centro-Sul e da demanda ainda pequena. Entre 27 de novembro e 1º de dezembro, o Indicador CEPEA/ESALQ do etanol hidratado, segmento produtor do estado de São Paulo, fechou a R$ 2,0536/litro (líquido de ICMS e PIS/Cofins), baixa de 1,63% frente ao do período anterior. Para o etanol anidro, o Indicador CEPEA/ESALQ fechou a R$ 2,3858/litro, valor líquido de impostos (PIS/Cofins), queda de 1,32% no mesmo comparativo.
TRIGO: PREÇOS SE ENFRAQUECEM NO FINAL DO MÊS
Os preços do trigo se enfraqueceram no encerramento de novembro, depois de terem registrado altas representativas ao longo do mês. De acordo com colaboradores do Cepea, o recuo nos valores está atrelado à entrada de trigo argentino competitivo no Brasil – e novos volumes devem chegar em janeiro. Além disso, com a proximidade do final do ano, agentes de moinhos começam a diminuir o ritmo de aquisição de novos lotes. Produtores, por sua vez, ofertam baixos volumes, com expectativas de maiores preços de negociação para trigo tipo 1 no ano que vem. Tomando-se como base dados da Conab, de 20 a 24 de novembro, a paridade de importação do trigo com origem na Argentina foi de US$ 256,90/tonelada para o produto posto no Paraná. Considerando-se o dólar médio do período, de R$ 4,8865, o cereal importado foi negociado a R$ 1.255,36/t, ao passo que o trigo brasileiro, no Paraná, teve média maior, de R$ 1.333,46/t, de acordo com dados do Cepea. No Rio Grande do Sul, a paridade do produto argentino seria de US$ 240,27/t, o equivalente a R$ 1.174,06/t em moeda nacional, contra R$ 1.241,20/t na média do Cepea para o estado.
BANANA: DEZEMBRO DEVE SER MARCADO POR REDUÇÃO DA OFERTA
A expectativa de produtores de banana consultados pela equipe Hortifruti é de que a oferta da fruta se reduza em dezembro nas regiões acompanhadas pelo Cepea, sobretudo para a variedade prata. Isso porque, além da “entressafra”, as altas temperaturas do último mês aceleraram a maturação do fruto e a colheita (mesmo que pontual) ainda em novembro. Segundo levantamento do Cepea, apesar da possível diminuição no volume, os preços não devem subir com força, visto que as férias escolares e as festas de fim de ano tendem a reduzir o consumo de banana – demandantes priorizam frutas da época, como as de caroço.