Na primeira semana de agosto, em plena safra 2020/21, usinas paulistas seguiram firmes, pedindo preços mais altos nas negociações de açúcar cristal no mercado spot. Ainda assim, compradores demandaram maiores quantidades, mostrando recuperação de liquidez. Assim, o Indicador CEPEA/ESALQ, cor Icumsa de 130 a 180, mercado paulista, voltou à casa dos R$ 79/saca de 50 kg, patamar que não era visto desde meados de abril/20, início oficial da temporada 2020/21. De 3 a 7 agosto, especificamente, a média do Indicador foi de R$ 79,14/saca de 50 kg, elevação de 1,12% em relação à da semana anterior (de R$ 78,26/saca de 50 kg). Segundo colaboradores do Cepea, a alta dos preços no mercado doméstico está atrelada ao aumento das exportações de açúcar na atual temporada.
ETANOL: AGOSTO SE INICIA COM QUEDAS NOS PREÇOS DO HIDRATADO
O mês de agosto se iniciou com preços enfraquecidos no estado de São Paulo. Apesar da retomada das compras por parte de distribuidoras, a demanda, principalmente pelo hidratado, segue aquém da geralmente observada para este período em alguns importantes centros consumidores. Assim, nem mesmo o posicionamento firme da maioria das usinas foi suficiente para frear o recuo das cotações do etanol hidratado – algumas unidades, ressalta-se, foram mais flexíveis, devido à necessidade de “fazer caixa”. Já quanto ao anidro, os valores estiveram firmes pela sexta semana consecutiva. Entre 3 e 7 de agosto, o Indicador CEPEA/ESALQ do hidratado combustível foi de R$ 1,6735/litro (sem ICMS e sem PIS/Cofins), queda de 1,09% em relação ao da semana anterior. No caso do anidro, o Indicador CEPEA/ESALQ foi de R$ 1,9091/litro (sem PIS/Cofins), avanço de 0,29% no mesmo comparativo.
TRIGO: CLIMA PREOCUPA TRITICULTOR, MAS CHUVAS NOS PRÓXIMOS DIAS PODEM TRAZER ALÍVIO
A comercialização de trigo no mercado interno segue pontual, e produtores estão atentos ao clima no Sul do País. Apesar de as lavouras apresentarem boas condições, a baixa umidade verificada nas últimas semanas começa a preocupar triticultores. Previsões indicam chuvas para os próximos dias, o que dá certo alívio. Ainda assim, agentes, especialmente do Paraná, indicam possíveis reduções na oferta e na qualidade. Quanto aos preços, estão firmes, sustentados pela valorização do dólar. Entre 31 de julho e 7 de agosto, a moeda norte-americana avançou 4%, fechando a semana a R$ 5,42. No mesmo período, as cotações do trigo no mercado de balcão (valor pago ao produtor) subiram 0,57% no Rio Grande do Sul e 0,26% no Paraná. No mercado de lotes, os aumentos foram de 0,92% em São Paulo, de 0,79% no Rio Grande do Sul e de 0,63% no Paraná.