CENÁRIO DE MERCADO
Um misto de fluxo cambial intenso, desvalorização global e uma reação às medidas do governo americano, o dólar ontem atinge o menor patamar desde outubro do ano passado. Não obstante, o BC deve ainda fazer um leilão de linha hoje, mantendo o ciclo da moeda.
A volatilidade ainda causada pelos EUA tende a durar ainda mais, se consideramos que passamos somente 10 dias sob a égide do novo governo. Nas aberturas hoje, a Europa reage positivamente aos dados de emprego na Alemanha e na expectativa com o PIB da Zona do Euro.
Ásia teve fechamento negativo, em linha com as perdas do mercado no ocidente e assim segue a abertura dos futuros das bolsas em NY, com o primeiro dia da reunião do FOMC. US Treasuries sem rumo concreto nos vencimentos.
O petróleo abre mais um dia em queda, em resposta à contínua elevação da oferta americana, apesar do dólar em leve queda contra a maioria das divisas.
CENÁRIO MACROECONÔMICO
A decisão do BoJ de manter os juros inalterados em níveis negativos e a perspectiva de valorização da moeda de volta aos ¥ 100 mexeu com os mercados na Ásia, porém a projeção de cumprimento da meta de 2% de inflação em 2018 anima a economia nipônica.
Na Alemanha, as reações às vendas ao varejo abaixo das expectativas foram revertidas por uma redução de 26 mil desempregados, onde se projetavam -5 mil, com desemprego caindo para 5,9% ante projeção e anterior de 6%, animando os mercados, ainda na expectativa pelo PIB da Zona do Euro.
A agenda hoje conta com os resultados do setor público consolidado, após a divulgação do déficit ontem de R$ 60,1 bi do governo central (Proj. Infinity: R$ 61,3 bi; consenso: R$ 67,7 bi) e o início da reunião do FOMC, onde mesmo com manutenção, o tom hawkish deve predominar.
CENÁRIO POLÍTICO
Vazamentos seletivos das recentes delações homologadas pela Lava Jato são a principal preocupação do governo neste momento, considerado sensível em diversos aspectos.
Para o governo, Eike é considerado um problema para a oposição, dada sua proximidade com ambos ex presidentes, porém as delações têm maior amplitude e menor zona de segurança do que deseja o governo, onde novas peças chave, como Jucá no passado podem “cair do tabuleiro”.
Para Temer, a queda de subordinados não será automática, conforme avisou, mas analisada individualmente, mas o temor é atingir o “núcleo duro” do governo.
CÂMBIO
Dólar à vista : R$ 3,1265 / -0,46 %
Euro / Dólar : US$ 1,07 / 0,140%
Dólar / Yen : ¥ 113,84 / 0,062%
Libra / Dólar : US$ 1,24 / -0,497%
Dólar Fut. (1 m) : 3117,13 / -1,16 %
JUROS FUTUROS (DI)
DI - Janeiro 18: 10,94 % aa (-0,12%)
DI - Janeiro 19: 10,42 % aa (0,19%)
DI - Janeiro 21: 10,70 % aa (0,56%)
DI - Janeiro 25: 11,03 % aa (0,73%)
BOLSAS DE VALORES
FECHAMENTO
Ibovespa: -2,62% / 64.302 pontos
Dow Jones: -0,61% / 19.971 pontos
Nasdaq: -0,83% / 5.614 pontos
Nikkei: -1,69% / 19.041 pontos
Hang Seng: -0,06% / 23.361 pontos
ASX 200: -0,72% / 5.621 pontos
ABERTURA
DAX: 0,346% / 11722,32 pontos
CAC 40: 0,482% / 4807,69 pontos
FTSE: 0,489% / 7153,32 pontos
Ibov. Fut.: -0,19% / 64594,00 pontos
S&P Fut.: -0,079% / 2274,20 pontos
Nasdaq Fut.: -0,141% / 5117,25 pontos
COMMODITIES
Índice Bloomberg: 0,08% / 87,21 ptos
Petróleo WTI: -0,36% / $52,44
Petróleo Brent:-0,29% / $55,07
Ouro: 0,20% / $1.198,11
Aço: 8,88% / $662,00
Soja: -2,37% / $19,38
Milho: 0,28% / $358,25
Café: -0,82% / $150,45
Açúcar: -0,05% / $20,30