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Algodão: Queda de Braço Entre Agentes no Mercado da Pluma Acirrou em Fevereiro

Publicado 25.03.2019, 15:20
Atualizado 14.05.2017, 07:45

A “queda de braço” entre agentes ativos no mercado de algodão em pluma esteve acirrada no correr de fevereiro, cenário que resultou em baixa liquidez e em oscilação nos preços. Assim, entre 31 de janeiro e 28 de fevereiro, o Indicador do algodão em pluma CEPEA/ESALQ, com pagamento em 8 dias, acumulou recuo de 0,35%. A média do mês, de R$ 2,9341/lp, ficou 0,96% inferior à de janeiro/19 e 1,16% abaixo da de fevereiro/18, em termos reais (valores atualizados pelo IGP-DI de janeiro/19).

Parte dos compradores ativos esteve à procura de lotes com boas características, ofertando valores inferiores aos pedidos por vendedores. Já outros demandantes estiveram mais flexíveis quanto à qualidade, mas não quanto aos valores, buscando fazer alguma reposição de estoque. Algumas empresas também ficaram fora do mercado ao longo de todo o mês. Comerciantes, por sua vez, continuaram com dificuldade em alinhar novos fechamentos “casados”, mas, em alguns casos, adquiriram a pluma para cumprir as programações.

Do lado vendedor, uma parte dos produtores esteve atenta apenas às entregas de contratos, sem ofertar lotes no spot. Já os que estiveram ativos no mercado disponibilizaram vários lotes com heterogeneidade de características, seja de cor, micronaire, fibra e resistência. Vale considerar que o foco na colheita de soja e no semeio da nova safra de algodão também dividiu as atenções de produtores e reforçou a retração de vendedores.

Quanto aos contratos futuros, o movimento também esteve fraco, devido à falta de ajuste de preço entre comprador e vendedor. Os fechamentos realizados foram fixados a valores em Reais, no Indicador CEPEA/ESALQ e também em contratos na Bolsa de Nova York (ICE Futures). As oscilações no dólar frente ao Real e nos preços internacionais (Cotlook A e contratos futuros), além da disputa comercial entre EUA e China, foram os fatores apresentados pelos colaboradores consultados pelo Cepea para a lentidão do mercado brasileiro.

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De acordo com dados da BBM (Bolsa Brasileira de Mercadorias) tabulados pelo Cepea, 67,5% da safra brasileira 2017/18, estimada em 2,005 milhões de toneladas, teria sido comercializada até o dia 28 de fevereiro. Do total registrado até final de fevereiro, 57,7% estão direcionados ao mercado interno, 30,9%, ao externo e 11,3%, para contratos flex (exportação com opção para mercado interno). Para a próxima temporada, dados indicam que ao menos 22,3% da produção de 2018/19 (projetada em 2,564 milhões de toneladas pela Conab) foi comercializada no mesmo período, sendo 47,5% ao mercado doméstico, 26,4%, para exportação e 26,1%, para contratos flex.

Dados do Cepea captados em fevereiro/19 indicam que as negociações para embarque ao mercado externo no segundo semestre de 2019, portanto, do produto a ser colhido na temporada 2018/19, tiveram média de US$ 0,7376/lp, ficando 4,6% abaixo do registrado em janeiro/19 (US$ 0,7732/lp). Para exportação envolvendo a pluma da temporada 2019/20, a média das informações captadas foi de US$ 0,7383/lp no mesmo período, recuo de 0,83% frente à do mês anterior (US$ 0,7444/lp). Vale considerar que, para a comercialização no curto prazo, a média de US$ 0,7372/lp está 2,48% menor que a de janeiro/19, ainda referente à pluma da temporada 2017/18.

CONAB – De acordo com a Companhia, o aumento de 33% na área semeada na temporada 2018/19 e o clima favorável devem elevar a produção nacional em 27,9%, podendo atingir 2,564 milhões de toneladas. Entretanto, a produtividade média está prevista em 1.641 kg/ha, redução de 3,9% frente à safra anterior.

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Em Mato Grosso, foram semeados 1,05 milhão de hectares na safra 2018/19, área 34,9% maior que a da temporada anterior, ainda segundo a Conab. O incremento esteve atrelado ao aquecimento do mercado da pluma e à melhor rentabilidade frente a outras culturas. A produção pode atingir 1,72 milhão de toneladas, 33,4% maior que a da safra 2017/18. Já a produtividade média pode ter redução de 1,1% (1.640 kg/ha).

A Bahia pode colher 547,8 mil toneladas, 9,9% maior que na temporada 2017/18. Apesar do expressivo aumento na previsão de área a ser semeada (+25,9%), a produtividade média pode cair 12,7%, para 1.650 kg/ha. As lavouras em áreas de sequeiros já foram finalizadas, avançando para as irrigadas em fevereiro.

MERCADO INTERNACIONAL – De 31 de janeiro a 28 de fevereiro de 2019, a paridade de exportação na condição FAS (Free Alongside Ship), porto de Paranaguá (PR) caiu 1,57%, pressionada pela queda de 4,13% do Índice Cotlook A (referente à pluma posta no Extremo Oriente). A média mensal da paridade foi de R$ 2,6149/lp, baixa de 1,57% em relação à do mês anterior, mas ainda registra elevação de 6,4% frente à de fevereiro/18 (R$ 2,4583/lp). No mesmo período, a média do Índice Cotlook A recuou 1,1%, com o dólar se desvalorizando 0,42%

Na Bolsa de Nova York, todos os contratos registraram queda em fevereiro, pressionados pela alta do dólar no mercado internacional e pela desvalorização do petróleo, que podem desestimular a procura pelo algodão norte-americano. Além disso, ao longo do mês, agentes estiveram atentos ao andamento das negociações entre os Estados Unidos e a China, que pode influenciar a demanda pela fibra. Entre 31 de janeiro e 28 de fevereiro, o vencimento Mar/19 caiu 3,58%, fechando a US$ 0,7174/lp, e Maio/19, 3,75% (US$ 0,7282/lp). O contrato Jul/19 se desvalorizou 3,78% (US$ 0,7399/lp) e o Out/19, 1,64%, a US$ 0,7372/lp.

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Segundo informações do Icac (Comitê Internacional do Algodão) divulgados no dia 1º de março, a produção da safra 2017/18 ficou estável com relação aos dados do mês anterior, a 26,72 milhões de toneladas, mas 15,8% acima do registrado na temporada anterior. O consumo estimado é 9,4% maior que da temporada passada, para 24,54 milhões de toneladas. A importação mundial está projetada em 8,95 milhões de toneladas (+10,8%). O estoque mundial está estimado em 18,47 milhões, queda de 1,3% frente à safra 2016/17.

Para a temporada 2018/19, o Icac indica recuo de 2,5% na produção mundial, indo para 26,04 milhões de toneladas. Já o consumo está previsto para aumentar apenas 0,1% frente à safra 2017/18 (26,87 milhões de toneladas). O estoque mundial pode cair se comparado ao anterior, em 4,5%, a 17,64 milhões de toneladas. Já para a comercialização global, a previsão é de aumento de 4,7% nas importações, chegando a 9,37 milhões de toneladas.

CAROÇO DE ALGODÃO – Ao longo de fevereiro, vários fechamentos de caroço de algodão foram realizados para atender às demandas de indústrias e, especialmente, de pecuaristas. De acordo com colaboradores consultados pelo Cepea, a disponibilidade do produto da safra 2017/18 está baixa, fazendo com que vendedores elevem os preços no spot. Esse cenário e a firmeza de parte dos compradores acabaram limitando um maior volume de negócios.

Segundo informações captadas pelo Cepea, o preço médio do caroço no mercado spot em fevereiro/19 foi de R$ 499,11/t em Primavera do Leste (MT), 15,6% superior ao de janeiro. Em Campo Novo do Parecis (MT), a alta foi de 13,9% e, em Barreiras (BA), de 18,3%.

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