- Resultados do 4T2021 serão divulgados na quinta-feira, 3 de janeiro, após o fechamento do mercado;
- Expectativa de receita: US$137,75 bilhões
- Expectativa de lucro por ação: $3.71
Os investidores não ficaram muito animados com a Amazon.com (NASDAQ:AMZN) (SA:AMZO34) nas últimas 52 semanas. Durante esse período, os papéis da gigante do comércio eletrônico ficaram atrás de outras mega-ações de tecnologia e do índice Nasdaq 100, com uma queda de 11,3% ano a ano. Eles fecharam o pregão de quarta-feira a US$3.012,25.
Os investidores estão preocupados com a escalada dos despesas e com os obstáculos enfrentados pelo lado da oferta, o que está pesando cada vez mais em seus resultados. A Amazon alertou, em outubro, que poderia registrar vendas de até US$140 bilhões no agitado trimestre de festas de fim de ano, com a possibilidade de não ter qualquer lucro.
Esses fatores devem reaparecer quando a empresa de Seattle divulgar seu balanço do 4º tri no fim do dia de hoje.
A expectativa da Amazon é que sua receita operacional nos três meses encerrados em 31 de dezembro fique entre o equilíbrio e um lucro de US$3 bilhões, uma queda em relação aos US$6,9 bilhões no ano anterior.
O novo CEO, Andy Jassy, enfrenta o grande desafio de manter os milhões de clientes do Amazon Prime satisfeitos, em meio a problemas na cadeia de suprimentos, escassez de mão de obra e maiores custos de frete em todo o mundo.
Mas, ainda que o atual ambiente não pareça muito favorável para os negócios de e-commerce da Amazon, os investidores não devem perder de vista a força das suas outras unidades, incluindo o segmento de anúncios e os ganhos do Amazon Web Services (AWS), unidade de nuvem da companhia.
As vendas da unidade de nuvem, que oferece aos clientes capacidade de servidor e ferramentas de software, além de gerar uma significativa porção do lucro operacional da companhia, vêm registrando um sólido crescimento. Os números indicam um avanço de 39% no 3º tri, em comparação com o mesmo período do ano anterior.
A unidade de anúncios digitais da Amazon, que compete com o Google da Alphabet (NASDAQ:GOOGL) (SA:GOGL34) e a Meta Platforms (NASDAQ:FB) (SA:FBOK34), cresceu 50% no 3º tri.
Analistas ainda apostam na alta
Essa é a principal razão pela qual a maioria dos analistas de Wall Street continua otimista com as perspectivas de longo prazo da companhia e sua posição de liderança no e-commerce. O Morgan Stanley (NYSE:MS) divulgou, no mês passado, uma nota otimista com a Amazon, prevendo um ganho de 30% em suas ações.
O Bank of America (NYSE:BAC), por sua vez, indicou a Amazon como sua principal escolha para 2022 em sua nota, dizendo que a empresa deve registrar uma “significativa” expansão nas margens de lucro de 2023 a 2025, graças aos seus negócios de nuvem, publicidade e marketplace de terceiros.
A nota disse ainda:
“Continuamos favorecendo a Amazon como nossa principal ação no grupo FANG em 2022 com a visão de que o 1º tri será um ponto baixo para crescimento e margens ano a ano".
A crença dos analistas na ação da Amazon é tão forte que apenas 2 de 52 pesquisados pelo Investing.com lhe concederam uma classificação "neutra", enquanto o resto a classificou como "acima da média", com um preço-alvo médio de 12 meses que implica um upside de 35,7%.
Fonte: Investing.com
Conclusão
A escalada dos custos e os obstáculos na cadeia de fornecimento podem continuar pressionando as margens da Amazon por alguns trimestres. Mas essa fraqueza oferece uma oportunidade de compra para investidores que aguardam de fora, em vista da rápida expansão de receitas das unidades de nuvem e publicidade da companhia, além da sua posição ainda dominante no comércio eletrônico.