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Análise Abertura Semana e o Ano de 2016

Publicado 29.01.2016, 15:14
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Apesar de ter meu foco voltado para a análise dos mercados através dos gráficos, já faz um bom tempo que passei a dar a devida importância ao conhecimento do contexto macroeconômico que vivemos, para poder ter esta visão mais ampla do mercado financeiro e das expectativas de médio e longo prazo, que estão sendo levadas em consideração pelos seus participantes.

Diante disto, queria somente expor o que acho que será importante ter em conta para o ano que se inicia, principalmente no que concerne o desenrolar da crise político-econômica que nosso país vive.

O quadro de recessão para o Brasil em 2016 já é, infelizmente unanimidade, e alguns já extrapolam esta para 2017 mesmo. A indefinição em torno do Impeachment da nossa presidente infelizmente traz ainda mais incertezas para estas expectativas. É esperado que a manutenção da presidenta possa tornar o quadro recessivo mais acentuado que o previsto e, em contrapartida, o seu Impedimento poderia atenuar a crise em vista de reformas importantes que seu sucessor (seja lá quem for) possa vir a colocar em prática.

Uma coisa é certa, a crise atual brasileira é de confiança e por isto as expectativas se mostram tão negativas. Infelizmente, nosso Governo deixou de lado, já há algum tempo, a seriedade com as contas públicas em nome de causas que não valem a pena entrar em questão aqui (a besteira está feita e quero focar no lado econômico e não político). Como sabemos, é difícil dar crédito a quem gasta mais do que arrecada e o Brasil, apesar de ter mantido suas contas em dia por mais de 20 anos, saiu da linha no último ano e não dá sequer sinais de correção deste rumo.

Os números da economia em 2015 foram tenebrosos. A inflação flertou com os 10% no ano que terminou (basta olhar a conta de luz e temos a noção de que este número ainda está um tanto quanto subestimado), a SELIC alcançou os 14.25%, a economia brasileira definhou recuando 3.6% e o Dólar fechou o ano oscilando entre 3.80 e 4 reais.

Para 2016, até o momento, não há como visualizar a melhoria destes indicadores. Pelo contrário, as estimativas apontam para uma inflação de pelo menos 7%, a SELIC alcançando 15%, o Dólar a 4,25 reais e a economia recuando pelo menos 2,5%. Enquanto não vermos uma ação sólida por parte do governo não veremos uma correção destes números.

Mas 2016 traz outros desafios que não somente a economia interna. No contexto mundial estamos acompanhando grandes mudanças que já terão impacto no começo deste ano. A mais contundente é a mudança da matriz econômica Chinesa, que deixa de ser uma economia com o crescimento baseado principalmente em gastos do governo com grandes projetos de infraestrutura (a qual manteve por mais de 20 anos aquecidos os mercados de Commodities) e passa a ser uma economia com modelo de crescimento mais sustentável baseado no consumo. O impacto que isto vai gerar para os preços das Commodities é óbvio e trará as cotações destes ativos para uma nova normal.

Também a mudança na política Monetária dos Estados Unidos com o recente aumento dos juros por parte do FED traz desafios para os países emergentes, que dependem de financiamento externo e para outras classes de ativos que competem com os títulos de dívida norte-americanos, no que concerne o retorno daquele que é tido como Investimento de Risco Zero no âmbito mundial.

Nos Estados Unidos, também teremos, ainda este ano, a definição dos candidatos que irão concorrer a presidência e tanto no lado dos Republicanos como dos Democratas vemos os candidatos favoritos sendo ofuscados por azarões, como Donald Trump, que busca explorar temas delicados como Imigração e Segurança para ganhar popularidade.

Já a Europa e o Japão deverão manter as atuais politicas monetárias expansivas tentando segurar na marra o quadro deflacionário que se apresenta para ambos. O Japão, conta ainda com o desafio de reverter a desconfiança quanto ao crescimento sustentável da sua economia, que embora esteja baseada em uma indústria bem desenvolvida, mantém estruturas arcaicas e que exigem reformas no âmbito do mercado de trabalho, agricultura e de governança corporativa.

E a Europa possui não somente o problema de reaquecer as economias do bloco como lidar também com a situação geopolítica atual com a crise dos Refugiados, que exige uma ação conjunta, mas a qual ela se encontra longe de um Consenso dentre os 27 países que compõe o bloco.

Acho que isto já nos dá uma boa ideia do que devemos ter em mente no dia a dia das nossas negociações. Teremos um calendário turbulento de notícias, mas as tendências mais longas são mais ou menos claras. Estarei trabalhando este ano algumas das minhas contas em ativos que sempre vinha analisando, mas nunca negociava ativamente como o Ouro e o Petróleo, mas manterei grande parte dos meus trades concentrados naqueles ativos que vocês já puderam ver que são os meus preferidos, como Moedas e Índices Acionários relevantes.

A volatilidade é nossa amiga no dia a dia do trade e 2016 deverá manter o mercado volátil ao longo do ano anulando a sazonalidade tradicional dos mercados financeiros, tanto no âmbito internacional quanto nacional.

A todos os amantes do Trading, desejo um ótimo 2016 e espero que possamos fechar este ano alcançando os objetivos de rentabilidade traçados.

Análise de alguns pares de Moedas e Índices para iníco do mês de fevereiro de 2016.

Análise Abertura Semana

Alexandre Castro é coordenador da Youtrading e fundador da Unitrader, voltada para a formação de traders.

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