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Após tocar nova máxima histórica, ouro conseguirá manter suporte a US$ 2000?

Publicado 04.05.2023, 12:31
  • A possibilidade de que o Federal Reserve interrompa as elevações de juros provocou uma disparada nos preços do ouro, que alcançou uma nova máxima histórica a US$ 2.080 por onça-troy.
  • Os operadores estão apostando que as autoridades monetárias serão forçadas a interromper o aumento de juros, a fim de evitar um dano ainda maior ao setor bancário e à economia dos EUA, em razão das condições de crédito excessivamente restritivas.
  • Para permanecer acima de US$ 2000, ouro também deve contar com a ajuda do dólar e das treasuries.
  • O Federal Reserve não deixou explícito que interromperá os aumentos de juros em junho. Mas, nas horas que se passaram entre a coletiva de imprensa de Jerome Powell, após o décimo aumento de juros do Fed pós-pandemia, e o início da sessão eletrônica desta quinta-feira, 4, no ouro, os operadores do mercado já haviam decidido: era hora de fazer o metal precioso atingir uma nova máxima recorde.

    Consequentemente, isso significa que outra coisa pode estar em jogo para o ouro: um novo nível de suporte a US$ 2.000 por onça.

    Tanto o ouro futuro negociado na Comex de Nova York quanto o metal à vista atingiram recordes históricos acima de US$ 2.080 por onça, com os operadores apostando que as autoridades monetárias não teriam outra opção, senão interromper as elevações dos juros daqui para frente, a fim de evitar mais convulsões no setor bancário e na economia dos EUA, devido a condições de crédito excessivamente restritivas.

    A última vez em que o ouro tocou máximas históricas foi em agosto de 2020, logo após a emergência da pandemia. Na época, o mercado futuro atingiu quase US$ 2.080, enquanto o preço à vista chegou a cerca de US$ 2.075.

    No anúncio da decisão de juros e na coletiva subsequente do presidente Powell, o Fed tomou o cuidado de enfatizar que o combate à inflação não havia terminado e que a política monetária a partir de junho será direcionada pela avaliação dos próximos dados a serem divulgados.

    Mesmo assim, o dólar e as taxas dos títulos do Tesouro americano despencaram, devido à mensagem mista que os operadores receberam. Sim, a inflação ainda estava alta, apesar de já ter "arrefecido um pouco", e o mercado de trabalho "muito, muito forte" já dava sinais de salários mais baixos, o que acabou levando à conclusão de que o banco central dos EUA havia dado por encerrado o atual ciclo de aperto.

    Ed Moya, analista da plataforma online de negociação OANDA, afirmou, um pouco antes de o ouro tocar o pico de quinta-feira:

    “A jornada até máximas recordes foi longa para o ouro, mas, se o Fed realmente terminou o aumento dos juros, o próximo catalisador pode ser o aperto ainda maior das condições de crédito.

    Pode ser que o Fed seja forçado a subir os juros novamente, mas isso exigiria um efeito maior do que o impacto cumulativo das 10 últimas elevações, bem como novos desdobramentos no campo econômico e financeiro."

    Suporte de US$ 2000 no ouro depende do comportamento do dólar e das treasuries

    Índice Dólar diário

    Todos os gráficos são de SKCharting.com, com dados do Investing.com

    Índice Dólar: Apesar do temor de um colapso do crédito nos EUA e de preocupações intermitentes com a inflação e o espectro de uma recessão – Powell pelo menos mencionou a possibilidade de uma “leve recessão” –, tudo estava contribuindo para a disparada do ouro, mas, para que o metal se sustente acima da marca de US$ 2000, é preciso que o dólar e as treasuries também deem sua parcela de contribuição.

    Desde meados de março, o ouro vem oscilando ao redor do território de US$ 2.000. Para se ancorar nessa região, o Índice do Dólar não deve ultrapassar 101,47, ao mesmo tempo em que a taxa do título de 10 anos nos EUA deve permanecer abaixo de 3,47%, de acordo com o analista técnico Sunil Kumar Dixit.

    Dixit divide os diferentes pontos de gatilho a serem observados no dólar, nas treasuries e no ouro à vista da seguinte forma:
    Taxa 10 anos EUA

    Título de 10 anos dos EUA: No momento da redação, o Índice Dólar continuava sob pressão, abaixo do meio da Banda de Bollinger de 101,47 e da média móvel exponencial de 5 dias a 101,25.

    É possível que haja uma queda maior entre 100,74 e 100,42, já que o Índice de Força Relativa (IFR) está em 40, abaixo do ponto neutro de 50.

    O estocástico a 9/40 também abre espaço para uma fraqueza maior no Índice Dólar, com alvo na MME 50 meses a 98,84, caso o fechamento semanal fique abaixo da MMS 100 semanas a 100,66.

    A taxa da nota de 10 anos nos EUA recuou para 3,34 e era negociada abaixo da metade da Banda de Bollinger de 3,47 no momento da redação. Sob pressão, é possível que haja um recuo para 3,25 e até mesmo 3,15, a menos que um repique ajude a taxa a recuperar 3,47.
    Ouro à vista mensal

    Ouro à vista: No momento da redação, o preço à vista do ouro registrava uma forte consolidação acima do marca psicológica de US$ 2000, seguida de um rompimento decisivo acima da zona de resistência horizontal de US$ 2010. Isso acabou estabelecendo um piso para que o preço à vista alcance e supere as máximas recordes a US$ 2.080.

    Riscos como o impasse em relação ao teto da dívida nos EUA e a pressão cada vez maior da crise de crédito bancário no país, bem como apostas de uma pausa nas altas de juros do Fed em junho, podem acabar tendo um forte efeito de propulsão no ouro, fazendo-o alcançar US$ 2098 inicialmente e depois avançar para US$ 2148.

    Ouro à vista - gráfico de 4 horas

    Uma correção no curto prazo em direção às áreas de suporte de US$ 2020-2010 também poderiam representar oportunidades de compra para os investidores que perderam a corrida até US$ 2080.

    A força de alta continua intacta, desde que o fechamento diário permaneça acima de US$ 2000 e esse suporte se mantenha.

    ***

    Aviso: O conteúdo deste artigo é puramente educativo e não representa qualquer recomendação de compra ou venda de qualquer ativo tratado. O autor Barani Krishnan não possui posições nas commodities ou investimentos sobre os quais escreve. Ele geralmente utiliza uma variedade de visões além da sua para promover a diversidade da análise de qualquer mercado. A bem da neutralidade, ele por vezes apresenta visões e variáveis de mercado contrárias.

     

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