Se você tem caixa separado para aproveitar a oportunidade certa de inserir na carteira ações de alto rendimento para o longo prazo, vale a pena ficar de olho na Apple (NASDAQ:AAPL) (SA:AAPL34).
Em meio a todos os problemas vividos pelo mercado neste ano, a fabricante do iPhone, sediada em Cupertino, Califórnia, já caiu 10,2%, muito menos do que as outras ações de megacapitalização do grupo FAANG. As ações da AAPL fecharam o pregão de segunda-feira a US$159,30.
A maior empresa do mundo em valor de mercado tem muitas características que a fazem ser uma excelente aposta defensiva em momentos de crise. Com mais de US$200 bilhões de caixa disponível, a Apple está em uma invejável posição de poder aumentar seu programa de recompra de ações, dando ainda mais suporte ao seu valuation no longo prazo. Além disso, a perspectiva positiva do último balanço da empresa mostra sua resiliência no atual ambiente inflacionário.
Ninguém sabe quanto tempo vai durar a atual liquidação geral das ações de tecnologia. Mesmo assim, há fortes razões para acreditar que os papéis da Apple terão melhor desempenho, mesmo que o ciclo atual de baixa se prolongue.
Porto seguro na tecnologia
Muitos investidores acreditam que a Apple seja simplesmente uma empresa de tecnologia de alto crescimento, da qual devem manter distância quando surge algum problema. Em nossa visão, a Apple é mais do que uma empresa de bens de consumo: ela oferece um porto seguro em meio aos transtornos vividos pelas ações de tecnologia.
Com 1,8 bilhão de aparelhos da Apple nas mãos dos clientes, como computadores, tablets e seu emblemático smartphone, a empresa tem uma ampla vantagem competitiva e musculatura financeira suficiente para sobreviver a choques econômicos e gerar crescimento consistente. Durante o atual período de escassez de semicondutores, que afetou várias empresas de tecnologia, a gigante do setor enfrentou a crise, beneficiando-se de uma inundação de novos produtos, como o iPhone 13,, Apple Watch Series 7 e Macs atualizados.
Essa robustez do ecossistema da Apple é a principal razão pela qual Warren Buffett, investidor de valor mais bem-sucedido do mundo, mantém sua participação na companhia desde 2016, fazendo com que a AAPL responda pela maior parcela da sua carteira.
A empresa de investimento de Buffett, a Berkshire Hathaway (NYSE:BRKb) (SA:BERK34), adquiriu mais de 5% de participação na Apple em meados de 2018 com um valuation de US$36 bilhões. O atual valor de mercado dessa participação agora é de mais de US$140 bilhões.
Retorno de capital
A impressionante corrida de alta das ações da Apple na última década reflete o poder do programa de retorno de capital da empresa. A companhia tem sido uma das maiores compradoras das suas próprias ações no S&P 500 até agora. A Apple gastou US$85,5 bilhões para recomprar ações e US$14,5 bilhões com dividendos em seu ano fiscal de 2021, que se encerrou em setembro.
Graças ao seu robusto programa de retorno de capital, crescimento consistente de vendas e elevado saldo em caixa, a Apple se tornou uma das ações de megacapitalização preferidas dos investidores. Em um levantamento feito pelo Investing.com com 44 analistas, 37 deles classificaram a Apple como "acima da média”, cujo preço-alvo de 12 meses sugere um potencial de alta de cerca de 21%.
Fonte: Investing.com
Os analistas também apontam para as oportunidades de alto crescimento da companhia. Entre elas está sua possível empreitada no setor de veículos autônomos e seu plano de entrar no metaverso através de produtos de realidade virtual e aumentada.
Conclusão
Comprar a ação da Apple durante ciclos de baixa é uma boa estratégia se você planeja manter sua posição no longo prazo. O amplo apelo da Apple junto aos consumidores, seu robusto plano de recompra de ações e suas oportunidades de crescimento no futuro são alguns dos fatores que a ajudarão a se recuperar rapidamente assim que esta fase de correção se encerrar.