Ricardo, segunda-feira preciso que você esteja aqui antes do raiar do sol. – me disse o Rodolfo ao se despedir sexta passada.
Nada mais disse – e confesso: nada mais do que ele dissesse preveniria o espanto que senti ao encontrá-lo hoje cedo, em frente à Empiricus, a bordo do DeLorean.
Era preciso fazer aquilo antes que o trânsito matutino paulistano se intensificasse. As marcas no asfalto da Joaquim Floriano permanecem quentes e, por um instante, temi que ele se espatifasse conta o Pátio Victor Malzoni, tamanha a velocidade na qual disparou...
Foi um alívio receber o e-mail dele falando do De volta para o Futuro. Não só a viagem transcorreu bem como temos a certeza de que o mundo não acabará antes de 18/07/2031. Estamos todos ansiosos, desde já, para ouvir o que nosso Marty McFly terá para contar quando voltar.
Enquanto isso, o M5M será uma conversa entre você e eu. É um desafio enorme, e conto desde já com seu feedback sobre as newsletters desta semana.
E se Constantinopla cair (de novo)?
Tudo indicava que o atentado em Nice – aquele que, de um ato de lobo solitário, já foi promovido a ação orquestrada pelo Estado Islâmico... – seria o grande (e triste) fato da semana. Eis que, aos 48 do 2º tempo, somos brindados com uma tentativa de insurgência na Turquia. Pânico no mercado internacional.
O Presidente Tayyip Erdogan conseguiu retomar o poder, mas as notícias preocupam: radicalização do discurso e detenções em massa, aí incluídos opositores, militares e juízes. O incidente criou uma excelente oportunidade de trucidar as instituições e concentrar poder – ambição que Erdogan alimentava há tempos. Ao fracassarem, os insurgentes podem ter criado as condições para que a velha Constantinopla caia de novo – derrubada pelo próprio presidente. O contragolpe pode ser pior do que o golpe.
Tudo isso na porta da Europa. Alguém ainda lembra do Brexit?
Ainda Turquia: o outro lado da história
Fica fácil entender o porquê do apoio popular ao presidente turco, a despeito de suas inclinações autoritárias, enquanto seu par no Brasil está em processo de demissão: o gráfico a seguir mostra as médias de retorno sobre o patrimônio líquido (ROE) das companhias turcas (linha branca), mexicanas (marrom), russas (rosa) e brasileiras (azul).
Enquanto as companhias turcas se mantêm entregando em torno de 13% a.a. (e com menos volatilidade), as tupiniquins vivem uma montanha-russa e beijam a lona com 1,8%. A discrepância é ainda mais dramática quando lembramos que Brasil e Turquia vivem disputando o posto de país com maior juro real do mundo.
A despeito de tudo, as empresas ainda têm conseguido se sair melhor. Estamos falando de um país que acaba de sofrer uma tentativa de golpe de estado.
Nessas horas temos a real dimensão do atoleiro em que nos enfiamos por aqui.
Renda fixa: oportunidades no celeiro do mundo
A Marília está empolgada com o mercado de CRA, que vem crescendo exponencialmente desde 2012. O volume de emissões deste ano já ultrapassou o total do ano passado. O produto é uma excelente alternativa para empresas não listadas na bolsa e com dificuldades de financiar suas atividades em um cenário de contração de crédito bancário.
Muitas dessas empresas têm excelentes notas de crédito e, considerando ainda a isenção de IR, a rentabilidade para o investidor é frequentemente mais interessante que as oferecidas por títulos públicos pós-fixados, CDBs e mesmo as LCAs e LCIs. Os CRAs têm tudo para se tornarem os novos queridinhos do investidor.
É importante, entretanto, analisar bem os riscos de cada emissão. Para isso, você pode contar com a gente no Empiricus Renda Fixa.
Quero porque quero
Pesquisa do Datafolha indica que a maioria dos brasileiros é contra o estabelecimento de uma idade mínima de aposentadoria: quer se aposentar aos 60.
Eu quero muitas coisas, a começar por ficar rico, bonito, conhecer o mundo e envelhecer na Bavária. Tenho certeza de que você também. O problema é que nem tudo que se quer é possível – lição que a maioria aprende ao atingir a idade adulta.