A intensidade do noticiário do fim de semana dava a sensação de que iniciaríamos as sessões em meio ao cenário desesperador que se observou na sexta-feira, especialmente com o tom do que se coloca ao futuro.
O que vemos em meio à usual volatilidade dos ativos é um pequeno avanço nas conversas entre ucranianos e russos, as quais soam um pouco mais otimistas do que as anteriores e podem abreviar o processo suficientemente para reduzir seus impactos mais profundos, em especial àqueles ligados à inflação de commodities.
Tudo em uma semana com 5 decisões de política monetária, com Brasil, EUA, Reino Unido, Japão e Turquia em meio aos desafios de um mundo em total ebulição e uma inflação que pouco responde ao aperto monetário, mas que responde à retirada de estímulos.
Entre as notícias do fim de semana estão: Irã suspende "temporariamente" negociações de normalização com Arábia Saudita, sem motivo aparente e mísseis são lançados próximos à embaixada americana no Iraque; China põe diversas cidades novamente em lockdown, após surto recente da doença; jornalista americano morre e ataque russo se aproxima da fronteira com a Polônia.
Como vemos, a largada da semana resolveu focar na boa notícia em meio à onda de notícias ruins, todas com pesos muito semelhantes e algumas com impacto global mais conhecido, como os lockdowns na China.
A China tem adotado a política de COVID zero, ou seja, não conta necessariamente com a vacinação e sim com a não transmissão da doença e para isso, utiliza constantemente os lockdowns.
A população está vacinada, porém é questionável a eficácia da vacina chinesa e além disso, a aprovação de vacinas do exterior é lenta e não tem boa vontade das autoridades, portanto, a possibilidade de lockdowns se traduz como aquilo que já observamos: choque de oferta e inflação ao atacado.
Amanhã será divulgada a inflação ao atacado nos EUA, o PPI e deve repetir o impacto do choque que ainda não se dissipou na cadeia produtiva e se a notícia acima se confirmar, pode novamente piorar, elevando o desafio dos BCs no mundo.
Se a guerra acabar, Biden perde a desculpa que ninguém engole sobre a alta de preços dos combustíveis e o Fed terá que agir, mesmo antes da queda dos estímulos.
Abertura de mercados
A abertura na Europa é positiva e os futuros NY abrem em alta, com alívio e ainda a volatilidade das tensões russo-ucranianas.
Em Ásia-Pacífico, mercados mistos, reagindo também aos lockdowns na China.
O dólar opera em queda contra a maioria das divisas centrais, enquanto os Treasuries operam positivos em todos os vencimentos.
Entre as commodities metálica, fortes quedas, destaque à platina e paládio.
O petróleo abre em queda em Londres e Nova York, apesar das tensões com o Irã no fim de semana.
O índice VIX de volatilidade abre em baixa de -0,49%.
Câmbio
Dólar à vista : R$ 5,0746 / 1,11 %
Euro / Dólar : US$ 1,10 / 0,577%
Dólar / Yen : ¥ 118,01 / 0,460%
Libra / Dólar : US$ 1,30 / 0,107%
Dólar Fut. (1 m) : 5082,29 / 0,68 %
Juros futuros (DI)
DI - Janeiro 23: 13,14 % aa (1,82%)
DI - Janeiro 24: 12,99 % aa (1,52%)
DI - Janeiro 26: 12,25 % aa (0,99%)
DI - Janeiro 27: 12,21 % aa (0,54%)
Bolsas de valores
FECHAMENTO
Ibovespa: -1,7156% / 111.713 pontos
Dow Jones: -0,6930% / 32.944 pontos
Nasdaq: -2,1794% / 12.844 pontos
Nikkei: 0,58% / 25.308 pontos
Hang Seng: -4,97% / 19.532 pontos
ASX 200: 1,21% / 7.149 pontos
ABERTURA
DAX: 2,880% / 14020,53 pontos
CAC 40: 2,067% / 6389,66 pontos
FTSE: 0,677% / 7204,06 pontos
Ibovespa Futuros: -1,67% / 112588,00 pontos
S&P 500 Futuros: 0,95% / 4241,5 pontos
Nasdaq 100 Futuros: 0,826% / 13391,25 pontos
Commodities
Índice Bloomberg: -1,87% / 124,02 ptos
Petróleo WTI: -4,98% / $103,89
Petróleo Brent: -4,13% / $108,02
Ouro: -1,23% / $1.964,38
Minério de Ferro: -3,70% / $155,36
Soja: 0,84% / $1.705,00
Milho: -2,55% / $745,00
Café: -1,32% / $218,80
Açúcar: -1,20% / $19,01