A queda dos juros para 5,0% ao ano com a indicação de nova redução em dezembro, para 4,5% ao ano, com possibilidade de cair ainda mais no começo do ano que vem, aumenta a atratividade das ações de empresas que costumam distribuir boa parte dos lucros para os investidores na forma de dividendos ou de juros sobre capital próprio (JCP). Como os dividendos são isentos, mesmo ações com retornos menores, o chamado dividend yield, se tornam interessantes diante da renda fixa mais magra. Há casos de empresas com projeções de retorno em dividendos de até 14,5% em um ano, caso da Smiles (SA:SMLS3), ou de mais de 10%, como Tenda (SA:TEND3) ou Copasa (SA:CSMG3).
Há também o ganho de a variação dos preços dos papéis. Em outubro, o Índice de Dividendos da B3 subiu 1,52%, menos que os 2,36% do Índice Bovespa. No ano, o IDIV sobe 28,95%, enquanto o Ibovespa acumula 22%.
Para novembro, Coinvalores, que está em processo de fusão com a Necton, não forneceu sua carteira de dividendos, assim como a Socopa. Das 13 corretoras acompanhadas pelo Portal do Pavini, dez ações tiveram mais de três indicações, sendo que duas elétricas, Transmissão Paulista (SA:TRPL4) e Taesa (SA:TAEE11) tiveram 9 e 8 indicações. Confira abaixo os papéis mais indicados pelas corretoras.
O Itaú BBA mantém a perspectiva positiva em relação ao Ibovespa, com um preço-alvo de 132.000 pontos para o final de 2020. O banco mantém a percepção de que a bolsa brasileira está ingressando em um “Bull Market”, como é chamado mercado de alta, alimentado por i) abundante liquidez global, conforme evidenciado pelas baixas taxas de juros globalmente e ii) uma agenda econômica positiva no Brasil.
Para o Itaú (SA:ITUB4), o Brasil está pronto para desfrutar de um período de taxas de juros excepcionalmente baixas. A equipe Macro do banco estima que a taxa Selic irá alcançar 4% no final de 2019. Esta tendência provavelmente terá um impacto muito positivo sobre as ações, uma vez que: i) os Lucros das companhias devem aumentar devido a menores despesas financeiras; ii) os valores das companhias aumentarão em função de menores taxas de desconto; e iii) os investidores deverão reduzir sua exposição aos instrumentos tradicionais de renda fixa, procurando alternativas com retorno maior, como as ações.
Fonte: Corretoras. Retorno em dividendos ao ano calculado com base nos preços das ações no fim do mês passado pelas corretoras. Rentabilidade no mês anterior, informada pelas corretoras. As indicações não consideram pesos diferentes para os papéis que podem ser sugeridos pelas instituições. No Itaú (SA:ITUB4), a carteira não é renovada mensalmente. O levantamento é meramente informativo e não deve ser visto como indicação de investimento.