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Atitude do BC Pode Sinalizar Interesse em Preço do Dólar Mais Elevado!!

Publicado 13.01.2020, 07:00

A análise do quadro atual, que envolve o preço da moeda americana no nosso mercado neste início do ano, sugere que o fechamento do ano com preço depreciado, mas dentro da curva, em torno de R$ 4,01 contrariou as expectativas do BC e do mercado expressado no Boletim Focus e ocorreu, contraditoriamente, num mês de elevado fluxo cambial negativo.

A ausência do BC ao início deste ano com sua intervenção neutra no mercado de câmbio, embora em algum momento houvesse anunciado a continuidade em 2020, no nosso entendimento teve o objetivo de não prover de sustentabilidade aquele preço de R$ 4,01, pois ao fomentar a oferta para atender a demanda por liquidez no mercado à vista se contrapõe ao efeito desta atitude com a oferta conjugada de swaps cambiais reversos.

Optou por não atender os sinais de carência de liquidez no mercado à vista e assim deixou a formação do preço sob a pressão da demanda que promoveu a depreciação do real frente ao dólar e recompôs a disfuncionalidade anteriormente presente no preço, que denota ser do seu interesse.

É bastante provável que tendo possibilitado a recomposição do preço no em torno de R$ 4,10, se for este o preço que deseja para o dólar, o BC reanuncie as intervenções no mercado na formulação "neutra", provendo o atendimento à demanda, mas dando sustentabilidade ao preço com a intervenção conjugada no mercado futuro de dólares com a oferta dos swaps cambiais reversos.

O comportamento da autoridade monetária permite esta ilação com forte convicção, e este comportamento estratégico tem determinado que o real apresentasse o maior índice de depreciação entre as moedas emergentes, contrapondo-se à realidade de que o país, dentre os emergentes, é o que tem a situação cambial mais confortável, detendo substantivo montante de reservas cambiais e uma gama de operações de intervenções corretivas por parte do BC e um mercado de derivativos muito mais sofisticado do que os demais países.

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A rigor, o Brasil tem desde agosto uma queda expressiva no fluxo cambial e isto afetou a liquidez e colocou pressão na formação do preço, sendo que o esperado seria a intervenção objetiva do BC provendo o mercado com liquidez, simples assim, corrigindo a disfuncionalidade causada no preço.

Contudo, a autoridade optou por intervir de forma conjugada no mercado à vista com dólar efetivo e no futuro com redução do volume de hedge, com isto conseguiu dar sustentabilidade a taxa à vista com disfuncionalidade, elevada, ao mesmo tempo em que reduzia o juro e se ancorava na tese de "juro baixo câmbio alto".

E mais, reduziu de forma sutil as reservas cambiais em torno de 10% ao mesclar o argumento de redução conjugada com a oferta de swaps cambiais reversos, que tem impacto técnico no comportamento da formação da taxa cambial, mas por ser derivativo não envolve moeda efetiva, visto que é liquidável por diferença em reais.

Agora, com a pressão de demanda ao início do ano e sua (BC) ausência do mercado foi recomposta a taxa cambial ao nível aparentemente desejado pela autoridade, será normal que retome os leilões conjugados e com estes dar sustentabilidade ao preço da moeda, renunciando a esta estratégia tão somente quando e se o fluxo cambial positivo intenso para o país, em perspectiva, se tornar efetivo.

O preço do dólar mais elevado é atrativo para o investidor estrangeiro tornando mais favorável os preços dos ativos, atualmente focando o mercado acionário e os investimentos em conta capital e na infraestrutura que deve se acentuar na medida em que o governo estabeleça com agilidade o programa de privatizações.

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Contudo, esta estratégia pode ter fatores contrários já que a alta do preço do petróleo poderia ser "amortizada" em parte com a prática pelo mercado de câmbio de taxa cambial sem disfunção, e, por outro lado o IPCA de dezembro registrando 1,15% e acumulando no ano 4,31% superando o centro da meta projetada para 4,25%, a despeito de ter sido causada em grande parte pela alta de 32,4% na item carne, acende uma "luz vermelha" de forte alerta para a contaminação generalizada nos preços da economia de forma irreversível

Bom lembrar que a "memória inflacionária" brasileira é muito presente e a prática de remarcação imediata irreversível é contumaz, sem volta, e o preço do dólar é um fator de forte contaminação dos preços relativos da economia que tende a agregar pressão adicional ao expressivo índice do IPCA e a inflação anual.

A reação imediata na sexta-feira ao anúncio do IPCA de dezembro e o acumulado, por parte do mercado de câmbio foi percebida e assim o preço do dólar perdeu por um momento o ímpeto de apreciação frente ao real evidenciado no fechamento da quinta-feira, numa postura de cautela ante a nova realidade.

Ao que tudo indica os "players" aguardavam nova sinalização de intervenção com leilão conjugado de dólares, dito neutro, por parte do BC, para entender qual o parâmetro de taxa a autoridade monetária tende a dar sustentabilidade, visto entenderem os riscos de impulsão inflacionária contido na taxa cambial.

Como não houve reação do BC a taxa cambial retomou o alinhamento de alta e fechou se aproximando dos R$ 4,10.

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A expectativa é de que quando a autoridade anunciar o retorno da intervenção "neutra" estará marcando a taxa cambial de interesse.

Últimos comentários

bom, o pass through ta ai, só não vê quem nao quer, eu avisei mas Faria Lima é assim, falou diferente do que as butiques de investimentos, os investment banks e o metiê todo está dizendo vc é um párea que não sabe nada. E a verdade é que no Brasil não vi nenhum pesquisador ou estudioso dos fenômenos de Bubbles and Bust, de fenômenos opostos como "pq na década de 70 quando os países desenvolvidos tiveram alta inflação os emergentes conseguiram expandir sua dívida sem runaway inflation, e depois em 80 com o Volcker no FED, as moedas dos Emergentes viraram pó (hyperinflation), enquanto os Desenvolvidos passavam por deflação. A verdade é que o povo gosta de conversar das msm coisas e o entendimento do dólar como fiador dos ciclos de alta e baixa em diferentes mercados é um conteúdo tratado mto mais no exterior do que aqui. Aqui só tem gênio! E a tese é tão pueril: brasileiro vai ter que vir pra bolsa pq as taxas de juros vão ser pra sempre baixas e isso vai fazer a bolsa subir....
se vc contar essa para um Jim Rogers ou um Drunkemiller da vida, eles vão achar tão bonitinho... então agora temos dois fenômenos jamais vistos na história do mercado financeiro: 1.vão ser os sardinhas que vão levar a bolsa pros 200k e sustentar a alta, ou seja, o ciclo só começou pq a "reserva das famílias" (não sei q reserva, brasileiro ta devendo em sua maioria), e não os gringos, é que vao elevar a bolsa. 2. As taxas de juros de um país emergente como o Brasil estão perpetuamente seguras e isso é uma realidade irrevogável, mesmo que tenhamos um Debt to GDP crescente, uma matriz de produção dólar-dependente, um Balance of Trade baseado em comoditties que são cotadas em dólar, e portanto, quando é mto mais interessante exportar, sentimos escassez no mercado interno msm sendo ricos em comoditties, um governo ainda extremamente assistencialista se comparado a outros países capitalistas, uma injeção de M2 pela CEF de novo crédito imobiliário em meio a um nível de inadimplência recorde
e UM MUNDO ENTRANDO EM RECESSÃO, COM UMA RETRAÇÃO DE LÍQUIDEZ SE LIMITANDO APENAS A ATIVOS SEGUROS E DOLARIZADOS.... MAS, tudo certo: welcome to the new world, where Brasil's interest rates shall never go up again!
isso ai dolar a 4,50 kkk tem gente cheia de ilacpes mesmo... contando os dias pra saida deste governo e ministros incapazes, enquanto o dolar estiver alto a industria local nao fara investimentos, pelo menos eu nao comprarei um parafuso sequer, enquanto dolar, combustiveis e carne nao baixarem. Alem disto diversas acoes na justica requerendo impostoa que o governo roubou nos ultimo anos...
A única defesa da indústria nacional que eu vi funcionar ao longo das últimas 4 décadas, foi o Dólar no valor correto (que hoje seria uns 4,50 Reais por Dólar). O resto, é blablablá, e sacrifica os empregos de nossa gente.
Dólar subindo e B3 subindo....um dos dois vai cair. espero que seja o dólar.
dólar a 5 se aproxima
FHC foi quem elevou as reservas?
 normalmente vc não aborda a dívida interna, que vai continuar aumentando, pois o não haverá superávit fiscal (nominal). Desta vez vc menciona mas sem aprofundar a discussão.. Vc tinha a taxa cambial entre R$ 3,80 a 4,00. Falhou.. Depois a sua bola de cristal indicou de 4,00 a 4,05. Falhou. Agora indica 4,10. Vai errar novamente.. Não critico por criticar, mas sou totalmente contra seu positivismo descabido.
Talvez não teve méritos, mas o Brasil não precisou recorrer ao FMI, e só isso já é uma decisão que mudou tudo.
A criação dessa grande reserva em dólar ao custo da dívida pública (pagando juros internos bastante elevados) foi uma política boa ou prejudicial, considerando a alta valorização do dólar desde então e os lucros com as operações de Swap?
Em 2019 já havia feita a intervenção em patamar menores a máxima de até agora hoje 13-01 as 10:00 hrs em 4.127,50 então me parece que esta bom para o BC!
Agora q vcs tão vendo essa merda de Guedes! este cara não está pensando no menos favorável.isso é governo q brasileiro queria, não alguns indiota .
Você não sabe nem escrever, quer entender de economia e política...
Infelizmente Sidnei você tem razão. Está límpido o interesse do BC manter a cotação cambial em alta; minha impressão é que seria entre R$ 4,10 e 4,20. No que se refere ao IPCA e ao preço da carne, claramente o Ministério da Economia junto com o BC "determinaram" o aumento da inflação.. O aumento da carne poderia ter sido dirimido com a facilitação/ingresso de carnes vinda dos parceiros do Mercosul, todavia, o ME e o BC optaram em deixar que o aumento da proteína animal fosse absorvida na totalidade no mercado interno, levando a inflação ao centro da meta (passou até um pouco). Tudo isso foi pensado pelo Governo. Confesso que me decepcionei com a atitude de Guedes no caso; não foi protegido o mais pobre.
Ainda em relação ao preço da carne aos mais ricos, houve até uma redução de valor, devido entrada de concorrentes ao mesmo nível, mas com preços menores nos cortes Premium, enquanto que nos cortes comuns foi feito o despejo dos preços e da política governamental.
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