Balanço da Airbnb Pode Mostrar Tendência de Recuperação da Demanda no Turismo

Publicado 13.05.2021, 09:11
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Publicado originalmente em inglês em 13/05/2021

  • Resultados do 1T21 serão divulgados na quinta-feira, 13 de maio, após o fechamento;
  • Expectativa de receita: US$ 718 M;
  • Expectativa de lucro por ação: US$ -1,06.

Quando a Airbnb (NASDAQ:ABNB) (SA:AIRB34) divulgar seus resultados do último trimestre hoje, os investidores vão querer descobrir se a reabertura gradual da economia norte-americana está ajudando a impulsionar as vendas dessa empresa de hospedagem alternativa após um ano de queda nas reservas.

O balanço da plataforma referente ao 1º tri também é relevante para saber se as reservas durante a primavera local darão alguma ideia do nível de demanda reprimida por viagens para o período de verão, fator crucial para reavivar ao setor de turismo, devastado pela pandemia de Covid-19.

Airbnb semanal

As primeiras indicações sugerem que a Airbnb, sediada em São Francisco, Califórnia, tem boas condições de superar as expectativas dos analistas. O CEO Brian Chesky, disse à CNBC em uma entrevista recente que a companhia terá que adicionar milhões de novos anfitriões para acomodar os hóspedes com a aceleração das viagens.

O executivo disse ainda:

“Provavelmente teremos um problema com a alta classe, pois haverá mais hóspedes do que anfitriões no Airbnb, em vista da recuperação das viagens, que está ocorrendo de forma como nunca vimos.”

Os balanços mais recentes de outras empresas de viagens também mostram que, após um ano de bloqueios e fronteiras fechadas por conta da pandemia, o setor está começando a ver sinais de recuperação econômica.

O Expedia Group (NASDAQ:EXPE) (SA:EXGR34) disse, na semana passada, que suas reservas brutas caíram 14% em relação ao ano anterior, uma forte recuperação em relação ao declínio de quase 70% nos dois trimestres anteriores. Booking Holdings (NASDAQ:BKNG) (SA:BKNG34), maior agência de viagens online, também reportou um significativo salto no número de reservas de noites e quartos feitas no início do ano.

Relaxamento das restrições

Por trás dessa recuperação está o relaxamento das restrições contra a Covid nos EUA, onde a vacinação acelerou na primavera. O presidente americano, Joseph Biden, anunciou, na semana passada, o objetivo de imunizar 70% da população adulta do país com pelo menos uma dose da vacina de Covid-19 até 4 de julho.

A expectativa de analistas e especialistas do setor é que a população americana vacinada está mais disposta a viajar neste verão, ajudando recuperação dos aluguéis via Airbnb.

Depois das dificuldades enfrentadas pela falta de liquidez na primavera passada, a Airbnb rapidamente mudou sua tática para continuar relevante diante da mudança das preferências dos consumidores. A companhia começou a promover estadias locais para atender à disparada da demanda de viajantes que estavam e continuam hesitantes de fazer longos voos durante a pandemia.

A relativa resiliência da Airbnb em um ano historicamente ruim para a indústria de viagens é resultado de um modelo de negócios flexível que permitiu à empresa satisfazer os clientes nos locais aonde desejavam ir. Isso porque os viajantes passaram a evitar locais cheios, priorizando passar férias perto de casa com amigos e familiares.

Essas iniciativas, aliadas aos cortes de custos da companhia, tornam o ABNB o melhor ativo do setor de viagens, segundo alguns analistas. Em relatório recente, a Mizuho escreveu que espera que as tendências de reservas no Airbnb retornem aos níveis vistos em 2019 durante o segundo semestre de 2021.

De acordo com analistas da Canaccord Genuity:

“O desejo represado de viajar e a tendência de trabalhar em qualquer lugar já estão causando escassez de oferta na América do Norte, e a gerência está se planejando para uma recuperação forte das viagens neste ano, priorizando a expansão da oferta, inclusive com um plano de marketing direcionado a anfitriões e uma simplificação da recepção dos hóspedes”.

Resumo

As ações da Airbnb se enfraqueceram bastante desde que atingiram a máxima recorde de quase US$ 217 em fevereiro, após seu IPO em dezembro de 2020. O papel fechou a US$ 140,25 na quarta-feira, uma queda de 35% desde o pico de fevereiro.

Essa queda, em nossa visão, torna a ação atraente, principalmente diante da expectativa de disparada das viagens neste ano. O balanço de hoje pode fornecer mais evidências que deem suporte a esse otimismo.

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