Rapaiz, papai do céu. Nunca vi um resultado de UGPA tão ruim quanto esse!
Só pra contextualizar que a (SA:UGPA3) é um primor de empresa, uma das melhores da bolsa, com um PUTA histórico irrepreensível de bons resultados. Exatamente por isso minha surpresa!
É tipo aquele aluno bom, com boas notas, que faz tudo certinho, aí vem com uma nota ruim, ou faz alguma “arte”.
Quando vi esses big numbers no release tive q esfregar os olhos, dei F5, chequei pra ver se tinha aberto o Release certo e tudo mais.
Indo para os negócios (pra quem não sabe essa é a divisão da pizza de geração de caixa dela – Ebitda)
Naquilo que mais importa a Ipiranga. Empresa vendeu o mesmo volume de combustível que o 2T16 com uma mudança de mix que até foi favorável com maior participação do Ciclo Otto (lubrificantes, óleos,etc). Mas aqui já começam os problemas. Receita caiu por conta da nova política de preços da Petro. Vamos lá, eles compram (estocam) combustível. Só que agora quando vendem dependem dos preços que a Petro muda toda hora com sua nova política de preços. Isso deu uma bagunçada no match de custos e preços realizados a meu ver, preciso entender melhor. Pra mim não ficou claro pelo release. Além disso as despesas cresceram 10% com aumento na PLD (provisão para crédito de liquidação duvidosa), mais despesa de marketing e projetos e estudos para inovação, pesou! Tabela abaixo mostra que todos índices pioraram.
Outro furo foi o fraco resultado da divisão de petroquímicos a Oxiteno. Queda de 71% do Ebitda. Apesar de vender maiores especialidades (melhor mix) a receita caiu (-3%) com o Real mais valorizado; custos cresceram 7% pelo aumento de preços de matérias-prima; despesas cresceram 5% com a nova unidade nos EUA e parada programada numa de suas plantas. Soma-se a isso despesas não recorrentes que afetaram esse 2T17 em 37MM.
A Ultragaz foi a salvação da lavoura com crescimento de 14% de Ebtida. Talvez por isso eles estejam ávidos pra comprar a distribuidora da Petro. A mágica da Ultragaz? Preços 10% mais altos ajudaram e iniciativas comerciais vem dando certo. Teve um não recorrente de 2MM, mas não é tão relevante assim, considerando os 124MM de Ebitda do segmento.
Ultracargo foi muito bem, mas é pouco expressiva para o todo. Ebitda caiu 38%. Opa como assim foi bom então? É porque ano passado teve um não recorrente de 30MM que “inflou” os números daquele trimestre. Expurgando isso o resultado do 2T17 seria sim maior que o 2T16.
Extrafarma vai bem, toada de crescimento. Same Store Sales de +10% o que penso ser bom. Mas gera pouco caixa porque a fase é de gastar $ pra abrir novas lojas. Cresceu 22% ante o 2T16 o número de lojas. Abriu 78 e fechou 17.
Uma melhora: capital de giro. Melhorou bem e isso ajudou na geração operacional de caixa. Ainda assim, o cômputo geral achei bem negativo. Como é uma empresa que não é barata e sem a operação com a Ale que foi recentemente vetada pelo CADE, penso que a ação pode ficar pressionada no curto prazo. Foco agora é ver se a operação com a Petro sai. Penso que é porrada boa pra ela.
Às 11hs tem call onde a empresa pode se explicar. Bora lá perguntar no Posto Ipiranga o que eles esperam daqui pra frente e como pode melhorar