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Banco Central Europeu e Fed Divergem na Resposta à Inflação

Publicado 14.02.2022, 10:30
Atualizado 02.09.2020, 03:05

James Bullard, presidente da sucursal do Federal Reserve em St. Louis, é membro votante do Comitê Federal de Mercado Aberto (Fomc, na sigla em inglês) neste ano e deseja que as autoridades monetárias dos EUA elevem a taxa básica de juros em um ponto percentual até julho.

Até lá, o Fomc realizará três reuniões: 15-16 de março, 3-4 de maio e 14-15 de junho. Se a visão de Bullard prevalecer, o comitê terá que elevar as taxas de overnight dos fundos federais em pelo menos meio ponto percentual, considerando que as elevações das duas reuniões subsequentes sigam o padrão de 25 pontos-base.

Como disse Bullard à Bloomberg:

“O momento certo disso, não acredito que seja crítico, já que a ideia é começar o movimento de remoção da acomodação em breve".

Em outro sinal de maior rigidez, Bullard também deseja começar a reduzir o enorme portfólio de títulos do Fed no segundo trimestre. “Gostaria de resolver a questão no comitê. Quem sabe consigamos implementar isso no segundo trimestre”, disse ele.

Bullard sugeriu que houve uma época em que o Fomc teria elevado os juros em 25 pontos-base “imediatamente”, ou seja, na sexta-feira, um dia após o índice de preços do consumidor atingir 7,5% no ano. O Fed pode atuar entre as reuniões agendadas e, de fato, fez isso ao rebaixar os juros com o surgimento da Covid-19.

Não se trata de gerar pavor e pânico, disse Bullard, que não acredita que os mercados entrariam em rebuliço com essa tática. Mas o rendimento da nota de 2 anos do Tesouro americano já havia subido para 1,34% no início da sexta-feira, observou, o que indicava que os mercados já haviam precificado suas projeções para a ação do Fed.

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Movimentos graduais do Fed vs. postura de “esperar para ver” do BCE

Se as duas medidas não evitarem que a inflação continue alta até meados do ano, bem, ainda temos o segundo semestre de 2022, quando o Fed pode fazer mais, disse Bullard efusivamente.

“Temos a inflação mais alta em 40 anos, e acredito que precisamos ser muito mais humildes e reativos aos dados do que fomos na última década, pré-pandemia”.

A chefe do Fed de São Francisco, Mary Daly, disse, no domingo, que as elevações dos juros devem ser “graduais” e responder aos dados. “A história nos mostra que uma política abrupta e agressiva do Fed pode ter um efeito desestabilizador dos preços e do crescimento que estamos tentando alcançar”, afirmou no programa Face the Nation, da CBS.

Daly, que não é membro votante neste ano, não estava necessariamente falando sobre a reunião de março em si, mas sobre o caminho que o Fed deveria seguir ao longo do ano. Ela não é a favor de um movimento em março, mas recomenda esperar para ver o que acontece.

Quando até mesmo uma autoridade “dovish” como Daly se mostra preparada para elevar juros em março, o Fed se coloca em posição completamente oposta ao Banco Central Europeu, cuja presidente, Christine Lagarde, reconheceu apenas recentemente que poderia haver uma elevação de juros neste ano.

O chefe do Banco Central da Irlanda alertou, em uma entrevista publicada no domingo, que seria um erro presumir que o Banco Central Europeu começaria a elevar os juros em junho.

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Gabriel Makhlouf, que é membro ex-officio do conselho dirigente do BCE, disse ao Financial Times que as autoridades monetárias terão cuidado para não prejudicar a recuperação econômica da Europa.

“A ideia de que podemos elevar os juros em junho me parece ser bastante irrealista. Acredito que existe uma pequena diferença entre o calendário com o qual estamos trabalhando e o que alguns participantes do mercado têm em mente”.

As autoridades do BCE não sabem ao certo se a inflação na Europa é durável, embora a zona do euro tenha registrado um aumento de preços de 5,1% no ano até janeiro.

Philip Lane, antecessor de Makhlouf no banco central irlandês e atual economista-chefe do conselho executivo do BCE, disse, na semana passada, que a inflação na zona do euro se acalmará sem qualquer aperto significativo da política monetária.

Ao escrever no blog do BCE, Lane afirmou:

“Como os gargalos serão eventualmente resolvidos, as pressões de preço devem diminuir, e a inflação, retornar para sua tendência, sem a necessidade de um ajuste significativo da política monetária”.

Para Lane, os distúrbios nas cadeias de fornecimento que estão elevando os preços na Europa são apenas resultado de um choque externo, e o aperto da política monetária só adicionaria um segundo choque, ao reduzir a demanda doméstica. Ele alertou que efeitos de “segunda rodada” da disparada inicial de preços em outros setores e salários exigiam um monitoramento cuidadoso, mas eles deveriam se dissipar, concluiu.

Joachim Nagel, novo presidente do banco central da Alemanha, não está tão confiante. Nagel, que também é membro do conselho de política monetária do BCE, disse que seria a favor de um aperto da política se a inflação continuasse alta, encerrando as aquisições de títulos ao longo do ano e elevando os juros ao final do ano.

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Isabel Schnabel, integrante alemã do conselho executivo do BCE, composto por seis pessoas, mostrou-se de certa forma menos rígida que seu conterrâneo, ressaltando a necessidade de elevar juros diante da evidência de que as pessoas já estavam começando a esperar uma inflação mais alta.

 

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