A novidade da vez
Neste momento, Bolsa caindo, relógio custando a bater 18h e você cansado de saber das mazelas da Tempestade Perfeita. Déja vù? Não, este não é M5M de ontem. Nem o de anteontem. Trago novidades para você. Melhor, cumpro a promessa de trazer ao menos uma boa notícia até o fim desta semana. Mas como nem tudo são flores, a notícia boa acompanha uma ruim. Começando pela ruim... Depois do superávit primário pífio e da inflação nas alturas, o IBC-Br indicou uma contração de 0,31% na economia brasileira em novembro. Mas, pelo menos, hoje é sexta-feira! PS: obviamente, a boa notícia não vale se a placa do seu carro terminar em 5.
Quebrando recordes
Para quem não lembra, o resultado do superávit primário só foi pífio porque veio com uma série de adendos para inflar a conta. Não fossem eles, o resultado seria... Paralelamente, começam a ganhar destaque os estudos apontando um novo recorde de carga tributária em 2013. Bom, isso deixa claro que talvez aquele papo de desonerações não deva ser levado ao pé da letra. Quanto mais impostos para o governo, menos setor privado, menos crescimento. Para 2014, ano eleitoral, o que NÃO espero é um esforço sério de controle de gastos mudando essa figura. Espero mais um superávit primário insuficiente, abaixo de 2% do PIB. E sim, isso joga ainda mais pressão sobre o rating.
Quebrando tabus
Operar vendido (short) em Bolsa não é coisa de mafioso, bandido e muito menos de olho gordo. Quem opera vendido testa os exageros de precificação do mercado, esvaziando bolhas antes de estourar, e também está em tese blindado da maquiagem (propaganda) das empresas na avaliação dos eventos - obviamente, visando ganhos próprios.
Os Miseráveis (que ganham)
Em um cenário de ações em queda (como este), operar vendido parece ser batata. Imagine ganhar quando a ação cai... Isso tem alimentado um volume enorme de perguntas de leitores a respeito. O problema?
a. não é muito comum encontrar recomendações de venda publicadas pelos grandes bancos, pois uma visão pessimista costuma azedar o relacionamento entre o banco e a empresa analisada, que muitas vezes tem operações de assessoria financeira e crédito contratadas com a mesma instituição;
b. para operar vendido você precisa ter um mínimo de conhecimento sobre o funcionamento do mercado de opções e aluguel de ações. Mas, acredite, isso é muito mais simples do que parece. Essa trinca de A + B + bolsa em queda é o que nos motivou a criar uma nova série, que estreia hoje: Ações para ficar miserável. Além das recomendações, com a série quinzenal você terá terá um curso com todo o expediente de como operar vendido com exemplos práticos. Quem tiver interesse, minha sugestão é que assine hoje, para não perder a primeira edição da série.
O risco-Kassab
O ex-prefeito de São Paulo é um dos fatores por trás do começo de ano com o pé esquerdo das ações da CCR (CCRO3). O novo prefeito da cidade, Fernando Haddad, está mudando as regras da inspeção veicular obrigatória. Isso posto, a notícia de que o Controlar colocou cerca de 800 funcionários em aviso prévio veio como um indicativo (i) do impacto das novas regras, e (ii) da possibilidade da empresa não participar mais da concessão. A tendência é do fluxo de veículos diminuir em cerca de 40% com as novas regras. Também pesa a notícia de que o Jornal Nacional teve acesso ao depoimento de testemunha da máfia dos auditores de SP, acusando o ex-prefeito Kassab de ter recebido uma “verdadeira fortuna” do Controlar.
Mais atrapalha do que ajuda (e a verdadeira boa notícia)
Nossa, esse fluxo de notícias relacionadas ao Controlar é realmente péssimo para CCR, cujas ações caem 6,7% desde o início do ano, mesmo com as altas de ontem e hoje. É mesmo? CCR é dona de 45% do Controlar. A empresa da inspeção veicular faturou R$ 49 milhões de janeiro a setembro de 2013, o que parece bom à primeira vista, mas é desprezível se comparado ao resultado consolidado de CCR, que fez receita líquida de R$ 3,8 bilhões no mesmo período. Viu como tudo é uma questão de base de comparação? Como o mais sensato para CCRO3, no momento, é a descontinuidade do Controlar? Como a flexibilização das regras da inspeção veicular pode ser boa para CCR e para o seu bolso? E, como prometido, eu terminaria esta semana com uma boa notícia, inclusive para os donos de placas final 5?
PS1: obviamente, essa notícia boa só vale se o seu carro for de SP.
PS2: Quem for de fora, pode se contentar em (i) não precisar pagar inspeção veicular, e (ii) poder usar o carro todos os dias, independentemente do final da placa
Para visualizar o artigo completo visite o site da Empiricus Research.
Neste momento, Bolsa caindo, relógio custando a bater 18h e você cansado de saber das mazelas da Tempestade Perfeita. Déja vù? Não, este não é M5M de ontem. Nem o de anteontem. Trago novidades para você. Melhor, cumpro a promessa de trazer ao menos uma boa notícia até o fim desta semana. Mas como nem tudo são flores, a notícia boa acompanha uma ruim. Começando pela ruim... Depois do superávit primário pífio e da inflação nas alturas, o IBC-Br indicou uma contração de 0,31% na economia brasileira em novembro. Mas, pelo menos, hoje é sexta-feira! PS: obviamente, a boa notícia não vale se a placa do seu carro terminar em 5.
Quebrando recordes
Para quem não lembra, o resultado do superávit primário só foi pífio porque veio com uma série de adendos para inflar a conta. Não fossem eles, o resultado seria... Paralelamente, começam a ganhar destaque os estudos apontando um novo recorde de carga tributária em 2013. Bom, isso deixa claro que talvez aquele papo de desonerações não deva ser levado ao pé da letra. Quanto mais impostos para o governo, menos setor privado, menos crescimento. Para 2014, ano eleitoral, o que NÃO espero é um esforço sério de controle de gastos mudando essa figura. Espero mais um superávit primário insuficiente, abaixo de 2% do PIB. E sim, isso joga ainda mais pressão sobre o rating.
Quebrando tabus
Operar vendido (short) em Bolsa não é coisa de mafioso, bandido e muito menos de olho gordo. Quem opera vendido testa os exageros de precificação do mercado, esvaziando bolhas antes de estourar, e também está em tese blindado da maquiagem (propaganda) das empresas na avaliação dos eventos - obviamente, visando ganhos próprios.
Os Miseráveis (que ganham)
Em um cenário de ações em queda (como este), operar vendido parece ser batata. Imagine ganhar quando a ação cai... Isso tem alimentado um volume enorme de perguntas de leitores a respeito. O problema?
a. não é muito comum encontrar recomendações de venda publicadas pelos grandes bancos, pois uma visão pessimista costuma azedar o relacionamento entre o banco e a empresa analisada, que muitas vezes tem operações de assessoria financeira e crédito contratadas com a mesma instituição;
b. para operar vendido você precisa ter um mínimo de conhecimento sobre o funcionamento do mercado de opções e aluguel de ações. Mas, acredite, isso é muito mais simples do que parece. Essa trinca de A + B + bolsa em queda é o que nos motivou a criar uma nova série, que estreia hoje: Ações para ficar miserável. Além das recomendações, com a série quinzenal você terá terá um curso com todo o expediente de como operar vendido com exemplos práticos. Quem tiver interesse, minha sugestão é que assine hoje, para não perder a primeira edição da série.
O risco-Kassab
O ex-prefeito de São Paulo é um dos fatores por trás do começo de ano com o pé esquerdo das ações da CCR (CCRO3). O novo prefeito da cidade, Fernando Haddad, está mudando as regras da inspeção veicular obrigatória. Isso posto, a notícia de que o Controlar colocou cerca de 800 funcionários em aviso prévio veio como um indicativo (i) do impacto das novas regras, e (ii) da possibilidade da empresa não participar mais da concessão. A tendência é do fluxo de veículos diminuir em cerca de 40% com as novas regras. Também pesa a notícia de que o Jornal Nacional teve acesso ao depoimento de testemunha da máfia dos auditores de SP, acusando o ex-prefeito Kassab de ter recebido uma “verdadeira fortuna” do Controlar.
Mais atrapalha do que ajuda (e a verdadeira boa notícia)
Nossa, esse fluxo de notícias relacionadas ao Controlar é realmente péssimo para CCR, cujas ações caem 6,7% desde o início do ano, mesmo com as altas de ontem e hoje. É mesmo? CCR é dona de 45% do Controlar. A empresa da inspeção veicular faturou R$ 49 milhões de janeiro a setembro de 2013, o que parece bom à primeira vista, mas é desprezível se comparado ao resultado consolidado de CCR, que fez receita líquida de R$ 3,8 bilhões no mesmo período. Viu como tudo é uma questão de base de comparação? Como o mais sensato para CCRO3, no momento, é a descontinuidade do Controlar? Como a flexibilização das regras da inspeção veicular pode ser boa para CCR e para o seu bolso? E, como prometido, eu terminaria esta semana com uma boa notícia, inclusive para os donos de placas final 5?
PS1: obviamente, essa notícia boa só vale se o seu carro for de SP.
PS2: Quem for de fora, pode se contentar em (i) não precisar pagar inspeção veicular, e (ii) poder usar o carro todos os dias, independentemente do final da placa
Para visualizar o artigo completo visite o site da Empiricus Research.