- A disputa do bitcoin em torno dos US$ 100.000 pode definir se os compradores assumem o controle ou se a pressão vendedora leva o preço para patamares inferiores.
- O interesse de investidores institucionais demonstra confiança no ativo, mas o economista Eugene Fama alerta para a possibilidade de o bitcoin perder todo o seu valor.
- A postura favorável de Trump ao mercado cripto tem sustentado o otimismo, mas o futuro do bitcoin dependerá de sua adoção e do cenário regulatório.
- Comece a operar com inteligência artificial e dados profissionais no InvestingPro! Descubra ações explosivas agora, clique aqui!
O comportamento do preço do bitcoin segue volátil, com a marca de US$ 100.000 servindo como ponto de inflexão crítico no início de 2025. O interesse institucional continua elevado, e a postura pró-cripto do presidente dos EUA, Donald Trump, tem reforçado o otimismo em relação ao futuro do mercado. Por outro lado, alguns economistas alertam para um possível colapso de longo prazo. O economista ganhador do Prêmio Nobel, Eugene Fama, projeta que o bitcoin poderia perder todo o seu valor dentro de uma década.
Com o viés de alta no curto prazo e ceticismo no longo, a grande questão é: o bitcoin realmente pode se tornar irrelevante ou está a caminho de novos recordes? Vamos analisar sua trajetória atual, os riscos envolvidos e os principais pontos de atenção para os investidores.
Perspectiva de curto prazo: o bitcoin vai superar os US$ 100 mil?
Nos últimos dias, o bitcoin enfrentou pressão vendedora, recuando após atingir uma máxima de US$ 109.000. Chegou a encontrar suporte temporário em US$ 101.000, mas agora testa outro nível relevante em US$ 96.500. As tentativas de recuperar os US$ 99.000 têm sido fracas, deixando os traders em alerta.
A incapacidade da criptomoeda de sustentar preços acima de US$ 100.000 aumentou a incerteza entre investidores. Além disso, recentes disputas tarifárias no cenário global reduziram o apetite ao risco, o que impacta negativamente o bitcoin. Embora as altcoins tenham sofrido quedas mais intensas, o BTC demonstrou maior resistência, impulsionado por retiradas significativas de longo prazo das exchanges centralizadas. Segundo dados da Glassnode, 170.000 BTC foram transferidos para carteiras privadas em um único dia — um dos maiores fluxos de saída desde abril de 2024. Esse tipo de movimento normalmente indica acumulação por investidores institucionais que apostam em uma valorização futura.
Tecnicamente, o bitcoin está se aproximando do limite inferior de seu canal ascendente de curto prazo. Caso perca essa faixa, novas quedas podem ocorrer. Se o preço não conseguir recuperar os US$ 99.000 até o fim da semana, a pressão vendedora pode levar o BTC a testar suportes em US$ 92.500. Uma quebra desse nível poderia aprofundar as perdas, levando a cotações próximas de US$ 87.500 e até US$ 80.000.
Por outro lado, para retomar o viés altista, o bitcoin precisa fechar acima de US$ 99.000 em um período diário e, em seguida, romper os US$ 101.700. Caso os compradores assumam o controle, a superação das máximas recentes pode abrir caminho para uma alta rumo a US$ 120.000, em linha com as projeções de Fibonacci.
Bitcoin pode realmente chegar a zero? O debate com Fama
O economista Eugene Fama argumenta que a extrema volatilidade do bitcoin e a ausência de valor intrínseco tornam sua sustentabilidade questionável. Ele afirma que o BTC falha como moeda, pois suas oscilações dificultam seu uso em transações diárias. Além disso, rejeita a tese de que a criptomoeda seja uma versão digital do ouro, classificando sua precificação como puramente especulativa.
No entanto, o histórico do bitcoin desafia essa visão. Nos últimos 15 anos, a criptomoeda consolidou-se como reserva de valor amplamente reconhecida, superando ativos tradicionais em períodos inflacionários. Diferentemente das moedas fiduciárias, seu fornecimento é limitado a 21 milhões de unidades, e o mecanismo descentralizado de Prova de Trabalho (PoW) assegura a segurança da rede.
Embora fatores macroeconômicos influenciem o preço do bitcoin no curto prazo, sua independência em relação aos governos torna-o uma alternativa atraente ao sistema financeiro tradicional. A adoção institucional segue em crescimento, e os ciclos históricos demonstram que o BTC tem conseguido se recuperar de quedas expressivas.
Para que o bitcoin realmente perdesse todo o seu valor, seria necessário o surgimento de um problema estrutural grave ou uma proibição coordenada em nível global. Contudo, as tendências regulatórias atuais indicam que governos estão caminhando para regulamentações mais claras, e não para restrições absolutas. Um banimento generalizado parece cada vez mais improvável.
Caminho de longo prazo: valorização ou declínio?
A adoção institucional e as políticas governamentais serão fatores determinantes para o futuro do bitcoin. O posicionamento dos EUA como um centro global de criptoativos tem sustentado o sentimento positivo. Caso essa abordagem se mantenha, a demanda por BTC pode se fortalecer nos próximos anos.
Do ponto de vista técnico, o bitcoin tem preservado sua tendência de alta no longo prazo. Entre março e setembro de 2023 e 2024, passou por períodos de consolidação antes de retomar sua trajetória ascendente. Atualmente, encontra-se em outra fase de acumulação, com uma zona de resistência importante em US$ 105.000 e suporte próximo de US$ 89.000.
Se o bitcoin continuar dentro de seu canal ascendente mais amplo, a oscilação dos preços pode permanecer limitada no curto prazo. Contudo, um rompimento acima de US$ 105.000 poderia abrir caminho para um movimento de alta em direção a US$ 170.000 até o fim do ano. Em um ciclo de alta prolongado, o BTC poderia atingir a faixa de US$ 220.000 a US$ 240.000.
Por ora, o fator decisivo será a capacidade do bitcoin de sustentar sua tendência de longo prazo. Se esse padrão permanecer intacto, o histórico sugere que novas máximas podem estar à frente.
***
Como os maiores investidores do mundo estão posicionados?
Descubra no InvestingPro e copie suas estratégias com ações de todo o mundo!
Tenha acesso exclusivo a estratégias de investimento de elite com uso de ferramentas treinadas de IA, além de um filtro avançado para identificar ações explosivas. Clique aqui e saiba mais!