O setor pecuário vivencia um momento turbulento, o que tem gerado forte oscilação do Indicador ESALQ/BM&FBovespa do boi gordo (estado de São Paulo, à vista) neste início de maio. Esse cenário se deve sobretudo às incertezas relacionadas à demanda por carne bovina, que resulta em inconstância da participação de operadores no mercado e também do volume de animais ofertados. Segundo pesquisadores do Cepea, de um lado, a oferta de animais favorece o aumento das escalas de abate de muitos frigoríficos, o que pressiona as cotações da arroba em alguns momentos. De outro, a necessidade de adquirir lotes com qualidade ou volumes adequados para atender a certos mercados faz com que, pontualmente, compradores participem de forma mais ativa das negociações, se dispondo a pagar preços bastante superiores.
SUÍNOS: APÓS QUEDA EM ABRIL, CARNE SE VALORIZA NESTE INÍCIO DE MÊS
A demanda desaquecida pressionou as cotações das carnes no mês passado. Segundo dados do Cepea, as médias de preços das carcaças suína comum e especial, negociadas na Grande São Paulo, recuaram 4% e 5%, respectivamente, de março para abril. No entanto, neste início de maio, o movimento é de alta para a maior parte dos cortes acompanhados pelo Cepea. De acordo com agentes, o ligeiro aumento da liquidez está atrelado ao período de recebimento de salários e ao Dia das Mães – alguns cortes tiveram valorização significativa.
MELÃO: MELÃO AMARELO SE DESVALORIZA; PREÇO DE NOBRES SOBE
A comercialização restrita pressionou as cotações do melão amarelo na semana passada (de 30 de abril a 4 de maio), conforme dados do Hortifruti/Cepea. O período de fim de mês e o feriado de 1º de maio reduziram as negociações. Além disso, a qualidade inferior da fruta também prejudicou as vendas. As recentes e constantes chuvas têm afetado o melão, principalmente do Rio Grande do Norte/Ceará. Assim, atacadistas optam por trabalhar com produtos do Vale do São Francisco (PE/BA). Contudo, enquanto o amarelo tipo 6 e 7 foi vendido à média de R$ 25,20/cx de 13 kg na Ceagesp (valor apenas 1% abaixo do registrado no período anterior), as variedades nobres se valorizaram no mesmo comparativo, devido à oferta limitada. As cotações do cantaloupe e do gália subiram 12% e 7%, respectivamente, conforme dados do Hortifruti/Cepea.