De acordo com levantamento do Cepea, os preços do boi gordo se mantiveram firmes ao longo de fevereiro, sustentados pela baixa oferta de animais para abate. No final do mês, o Indicador do boi gordo CEPEA/B3 esteve por volta dos R$ 200,00. Na média parcial de fevereiro (de 1º a 27), o Indicador foi de R$ 196,78, sendo 1,93% superior ao de janeiro e quase 23% acima do de fevereiro de 2019, em termos reais (os valores foram deflacionados pelo IGP-DI). Para a carne negociada no mercado atacadista da Grande São Paulo, a carcaça casada registra média de R$ 13,77/kg (à vista) na parcial deste mês, com altas de 2,76% em relação à de janeiro e de 24% frente à de fevereiro do ano passado. Diante disso, pesquisas do Cepea apontam que a diferença entre os preços da arroba bovina e da carne se ampliou, para 9,77 Reais/@, com vantagem para a carcaça casada negociada no atacado – os dados foram deflacionados.
CAFÉ: PREÇOS DO ARÁBICA OSCILAM E AFASTAM AGENTES DO MERCADO NO BR
Os preços do café arábica oscilaram com certa força nos últimos dias, influenciados pelo cenário externo, de acordo com pesquisas do Cepea. Esse movimento afastou agentes do mercado físico nacional, mantendo a liquidez baixa. Os momentos de queda nos valores externos foram resultados de estimativas indicando produção recorde no Brasil na safra 2020/21, ao passo que os aumentos estiveram atrelados a fatores técnicos e às altas do dólar. Nessa quinta-feira, 27, o Indicador CEPEA/ESALQ do café tipo 6 bebida dura para melhor, posto na capital paulista, fechou a R$ 511,41/sc, elevação de 5,03% em relação à quinta-feira, 20. Quanto ao robusta, pesquisas do Cepea apontem que a retração vendedora e elevação do dólar sustentaram os preços na maior parte da semana. O Indicador CEPEA/ESALQ do tipo 6 peneira 13 acima fechou a quinta-feira a R$ 312,29/sc de 60 kg, alta de 0,9% em relação ao dia 20.
FRANGO: PODER DE COMPRA DO AVICULTOR PAULISTA SE ELEVA NO MÊS
Depois de terem recuado por três meses seguidos, os preços do frango vivo iniciaram um movimento de recuperação no meio de fevereiro que tem se sustentado nesta semana, segundo levantamento do Cepea. As cotações dos principais insumos da atividade, milho e farelo de soja, por sua vez, também registram elevação neste mesmo período em São Paulo, mas de forma menos intensa. Esse cenário elevou o poder de compra de avicultores paulistas ao longo deste mês. De acordo com colaboradores do Cepea, as recentes valorizações do animal vivo estão atreladas justamente aos elevados preços do milho e do farelo de soja, que fizeram com que produtores reajustassem para cima os valores do animal para abate. Quanto ao milho, a demanda segue ativa, enquanto vendedores do cereal estão retraídos. Além disso, as chuvas têm dificultado a colheita da safra de verão em algumas regiões. Para o farelo de soja, o alto patamar do dólar eleva a paridade de exportação e sustenta os preços do derivado no mercado doméstico.
SUÍNOS: MENOR OFERTA CONTINUA SUSTENTANDO COTAÇÕES DO SUÍNO VIVO
A menor oferta de animais em peso ideal para abate segue sustentando os valores do suíno vivo na maioria das regiões acompanhadas pelo Cepea. Esse movimento de alta é verificado mesmo com agentes de frigoríficos tentando reduzir os valores de aquisições de novos lotes de animais – estes agentes alegam dificuldades em repassar as altas do suíno vivo para a carne. Quanto à carne negociada no atacado da Grande São Paulo, a carcaça especial se valorizou em sete dias, porém, de acordo com pesquisas do Cepea, os preços da carcaça comum e da maioria dos cortes registraram quedas no correr da semana.