Desde o início desta semana, o Indicador do boi gordo ESALQ/B3 é fechado acima de R$ 200,00, patamar recorde real da série de preços do Cepea, iniciada em 1994 para este produto (os valores foram deflacionados pelo IGP-DI de outubro/19). Nessa quarta-feira, 20, o Indicador fechou a R$ 203,30, com alta de 19% no acumulado parcial de novembro. De acordo com pesquisas do Cepea, no atacado da Grande São Paulo, a carcaça casada do boi registra sucessivos valores recordes desde o dia 8 deste mês, encerrando a R$ 14,69/kg, à vista, nessa quarta, elevação de 25% no acumulado de novembro. Além da menor oferta doméstica, a forte demanda pela proteína bovina tem impulsionado os preços dos animais para abate e da carne no mercado atacadista.
SUÍNOS: PODER DE COMPRA DO SUINOCULTOR REGISTRA 3º MÊS CONSECUTIVO DE ALTA
Pesquisas do Cepea apontam que o poder de compra de suinocultores paulistas e catarinenses acumula o terceiro mês consecutivo de alta, uma vez que os animais seguem em forte ritmo de valorização. Os principais insumos da atividade, milho e farelo de soja, também têm apresentado aumento nos preços, mas esses reajustes têm sido menos intensos que os verificados para as cotações do suíno. No mercado de milho, de acordo com levantamento do Cepea, as demandas interna e externa aquecidas seguem impulsionando as cotações. Para o farelo de soja, no entanto, as movimentações de preços foram distintas entre as regiões. Quanto ao suíno vivo, segundo colaboradores do Cepea, além do aumento da procura, típica do período, as recentes elevações nos valores da carne bovina têm influenciado os reajustes no mercado de suínos.