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Boi: Oferta Enxuta, Retenção de Fêmeas e China Ditaram o Ritmo de Negociações

Publicado 12.07.2021, 15:36

Oferta enxuta de animais prontos para o abate, retenção maior de fêmeas para a produção de reposição e demanda chinesa por carne aquecida ditaram o ritmo das negociações no mercado pecuário ao longo do primeiro semestre de 2021. Esse cenário deu suporte às cotações ao longo de toda a cadeia. No caso do boi gordo, a média de junho do Indicador CEPEA/B3 (estado de São Paulo, à vista), de R$ 317,27, ficou apenas 1% abaixo da registrada em janeiro deste ano, em termos reais (os valores foram deflacionados pelo IGP-DI), quando foi de R$ 320,56. O pico de preço do primeiro semestre foi observado em março, quando a arroba bovina atingiu média de R$ 326,96. Naquele mês, o mercado começava a encerrar o período de safra, mas as pastagens já estavam prejudicadas pela falta de chuvas. Quando considerada uma série de preços mais longa do Cepea, de 1995 a 2001, fica evidente que a queda observada de janeiro a junho deste ano é o que tipicamente se observa para o período.

Assim, desde 1995, os valores da arroba do boi gordo subiram de janeiro a junho em apenas sete anos. Os destaques são 2007 e 2008, quando as elevações no primeiro semestre chegaram a 6,1% e a 15,6%, respectivamente, as mais intensas para o período. Em 2007 e 2008, vale lembrar, a oferta de animais esteve inferior à demanda, devido ao considerável abate de fêmeas em anos anteriores, o que resultou em intenso movimento de alta nos preços da arroba. Em 2010, o avanço no valor da arroba no primeiro semestre também foi um pouco forte, de 4%, o que esteve relacionado à baixa oferta de animais, reforçada pela estiagem severa no Centro-Sul do País naquele ano. Em 2014, a seca voltou a diminuir a oferta, resultando em aumento de 4,8% nos preços da arroba no primeiro semestre. E em 2020, a baixa disponibilidade se somou à intensa demanda chinesa por carne bovina, levando ao aumento de 4,1% nos valores do boi de janeiro a junho. Já as quedas observadas de janeiro a junho em grande parte dos anos estão atreladas ao maior volume de gado disponível neste período de ano, devido à sazonalidade de produção no País. Dentre as maiores desvalorizações estão as registradas em 2017 e 2018, respectivamente de 10,5% e de 10%, em decorrência da retomada da produtividade do rebanho nacional, com maior oferta e restrição de demanda interna

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Quanto ao bezerro (Indicador ESALQ/BM&FBovespa, Mato Grosso do Sul), o movimento típico é de alta no primeiro semestre, tendo em vista a maior demanda por esses animais para reposição nesse período. Neste caso, a série se inicia em 2000, e de lá para cá, os valores do bezerro subiram de janeiro a junho em 14 dos 22 anos analisados. Dentre as altas, destacam-se as observadas em 2008 (de 36,1%), em 2014 (de 17,4%) e em 2020 (de 15,4%). E esse cenário é reflexo, especialmente, do maior abate de fêmeas em anos anteriores (em 2005, 2013 e 2018) e dos períodos de seca (2014), tendo o movimento intensificado quando a demanda internacional está intensa (2008 e 2020).

EXPORTAÇÕES – As exportações brasileiras de carne bovina in natura somaram 140,31 mil toneladas em junho, 10,7% a mais que no mês anterior, mas 8% abaixo da quantidade escoada em junho do ano passado, segundo dados da Secex. No balanço do primeiro semestre, as vendas externas totalizaram 735,82 mil toneladas, 5,35% a menos que no mesmo período de 2020, quando, vale lembrar, a quantidade foi recorde, ainda de acordo com a Secex.

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