Calendário Econômico: Guerra comercial, fiscal no Brasil e balanços dominam semana
Os preços da carne bovina (carcaça casada) negociada no mercado atacadista da Grande São Paulo estão mais enfraquecidas neste começo de ano, mas ainda se mantêm superiores aos valores observados para o boi gordo, segundo indicam pesquisas do Cepea. Na parcial de janeiro (até o dia 23), a arroba da carcaça casada bovina é negociada a R$ 158,55, contra R$ 152,04 para a do boi gordo (Indicador ESALQ/BM&FBovespa – mercado paulista), ou seja, diferença de 6,51 reais por arroba. Pesquisadores do Cepea lembram que, em 2018, esse cenário foi observado durante quase todo o ano, refletindo, principalmente, a menor oferta de animais no campo, o bom desempenho das exportações de carne in natura (que foram recordes) e, mais especificamente no final do ano, a maior demanda doméstica no período de festas.
SUÍNOS: PODER DE COMPRA DE SUINOCULTOR COMEÇA ANO ENFRAQUECIDO
Os suinocultores paulistas e do oeste catarinense começam 2019 registrando diminuição no poder de compra frente aos principais insumos utilizados na alimentação dos animais (milho e farelo de soja). Segundo colaboradores do Cepea, na região paulista de SP-5 (Bragança Paulista, Campinas, Piracicaba, São Paulo e Sorocaba), a queda no poder de compra se deve tanto à elevação nos preços dos insumos quanto à queda nos valores do animal vivo. No caso dos suinocultores do oeste de Santa Catarina, a retração no poder de compra frente ao milho também está associada ao recuo nas cotações do animal e à valorização do insumo; mas, para o farelo, houve queda nos preços, limitando o impacto ao produtor. Na média da parcial de janeiro (até o dia 23), o suíno vivo está sendo negociado na região de SP-5 a R$ 3,91/kg, valor 1% menor que o de dezembro. No oeste catarinense, o suíno vivo registra média de R$ 3,74/kg na parcial de janeiro, contra R$ 3,86/kg em dezembro, ou seja, queda de 3,1%. No geral, a pressão sobre os preços do animal vem da menor demanda pela proteína nesta época.
LEITE: MAIOR DEMANDA PARA REPOR ESTOQUES ELEVA COTAÇÕES
As cotações dos produtos lácteos seguem em alta no atacado paulista. Conforme colaboradores do Cepea, laticínios e atacados aumentaram a demanda pela matéria-prima para repor seus estoques. Entre 14 e 18 de janeiro, o preço médio do leite UHT foi de R$ 2,4559/litro, 1,7% maior que o da semana anterior. Para o queijo muçarela, a valorização foi de 0,42%, na mesma comparação, fechando com média de R$ 17,0496/kg na última semana.