O volume de carne bovina in natura exportado nos três primeiros meses deste ano foi o segundo maior da histórica, atrás apenas do verificado em 2007. A receita em moeda nacional recebida no mesmo período, por sua vez, foi recorde. Os embarques realizados em março contribuíram para esse resultado. De janeiro a março de 2019, o Brasil exportou 336,4 mil toneladas de carne bovina in natura, 5,44% a mais do que em 2018 e apenas 3,69% a menos do que o registrado em 2007, segundo dados da Secex. Quanto à receita em moeda nacional, somou R$ 4,74 bilhões no período, sendo a maior da história e 12,4% superior à do mesmo intervalo do ano passado. Quanto ao boi gordo, os preços subiram em março. Segundo colaboradores do Cepea, a valorizações esteve atrelada à menor oferta de animais prontos para abate e também à demanda firme por parte de frigoríficos. No acumulado do mês passado, o Indicador do boi gordo ESALQ/B3 teve alta de 4,56%, fechando a R$ 157,05. A média do Indicador em março, de R$ 157,45, foi a maior, em termos nominais, desde julho de 2016, quando foi de R$ 155,59. Já em termos reais, ou seja, considerando-se os efeitos da inflação, a média de março é a maior desde janeiro de 2019, quando foi de R$ 154,13 (valores foram deflacionados pelo IGP-DI de fevereiro/19.
SUÍNOS: VALOR DO SUÍNO VIVO REGISTRA MAIOR MÉDIA REAL DESDE DEZ/17
Os preços internos do suíno vivo e também da carne subiram em março, impulsionados pela maior demanda, especialmente do mercado internacional, e também pela menor oferta de animais prontos para abate. Assim, os preços médios do vivo nas regiões de SP-5 (Bragança Paulista, Campinas, Piracicaba, São Paulo e Sorocaba) e de Belo Horizonte (MG) registraram no mês passado os maiores patamares desde dezembro de 2017, em termos reais (os valores foram deflacionados pelo IGP-DI de fevereiro/19). Na região SP-5, o preço médio do suíno foi de R$ 4,21/kg, alta de expressivos 11,3% frente ao de fevereiro – em dezembro/17, a média real do vivo foi de R$ 4,27/kg. Em Belo Horizonte, no mesmo comparativo, a elevação foi de 9,5%, com o animal negociado na média de R$ 4,25/kg – em dezembro/17, a média foi de R$ 4,41/kg. Segundo colaboradores do Cepea, a maior procura pelo animal vivo, devido à elevação das vendas da carne ao mercado internacional, tem aumentado a liquidez do produto no mercado brasileiro. Além disso, a redução de plantéis e a saída de agentes da atividade ao longo do último ano têm reduzido a oferta doméstica dos animais, contribuindo para alavancar os preços.