No acumulado de setembro (até o dia 29), o Indicador CEPEA/B3 do boi gordo registra baixa de 5,9%, fechando a R$ 294,80 nessa quarta-feira, 29. Trata-se da variação negativa mensal mais intensa desde janeiro de 2020, quando a queda no acumulado foi de 7,8%. Segundo pesquisadores do Cepea, nas primeiras semanas de setembro, notícias indicando dois casos atípicos de Encefalopatia Espongiforme Bovina (EEB) afastaram compradores do mercado interno, resultando em recuos nos preços da arroba do boi gordo. Agora, neste encerramento do mês, a retração compradora se somou ao fraco ritmo de vendas de carne no mercado atacadista da Grande São Paulo. Além disso, pesquisadores do Cepea ressaltam que os envios da proteína à China, o principal destino internacional da carne brasileira, se mantêm suspensos – o que, por sua vez, acaba limitando a demanda por novos lotes de animais para abate.
SUÍNOS: NOVA DESVALORIZAÇÃO ELEVA COMPETITIVIDADE DA CARNE SUÍNA FRENTE ÀS CONCORRENTES
Com o consumo interno de carne suína enfraquecido e a consequente menor demanda da indústria por carcaças, os preços da proteína vêm recuando neste mês em todas as praças acompanhadas pelo Cepea. Por outro lado, para as principais concorrentes, as carnes bovina e de frango, o movimento das cotações é de alta. Esse contexto aproximou os valores da proteína suína dos da de frango – a mais barata dentre as três –, mas os distanciou das cotações da bovina, elevando a competitividade da primeira frente às concorrentes.