Os preços do boi gordo estão firmes no mercado brasileiro, sustentados pela baixa oferta de animais prontos para abate no spot. Na parcial de setembro (até o dia 28), o Indicador ESALQ/BM&FBovespa acumula alta de 2,13%, fechando a R$ 151,80 nessa quarta-feira, 28. Em sete dias, o aumento é de 0,78%. Segundo colaboradores do Cepea, boa parte dos animais abatidos nos últimos dias está atrelada a contratos antecipados, firmados entre frigoríficos e confinadores. Com isso, a disponibilidade de boi gordo no mercado spot tem sido baixa – alguns frigoríficos, inclusive, relatam dificuldades na compra de animais para preencher escalas de abate. Por outro lado, como muitas unidades que realizaram compras antecipadas estão recebendo os animais de confinadores, as altas nos preços do boi gordo são limitadas.
SUÍNOS: Fraca demanda pressiona valores da carne
Os preços da carne de porco estão em queda no atacado da Grande São Paulo devido à fraca demanda, típica nesse período do mês. Entre 21 e 28 de setembro, a carcaça especial suína se desvalorizou 2,8%, fechando a R$ 6,05/kg na quarta-feira, 28. Já os valores da carcaça comum se mantiveram estáveis no período, com o produto cotado a R$ 5,79/kg também na quarta. Pelo menos até o início de outubro e o consequente recebimento dos salários, agentes do segmento frigorífico consultados pelo Cepea não apostam em melhora significativa da demanda por carne. De modo geral, a oferta deve ser restrita para as três carnes (suína, bovina e de frango).