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Bolsa Deve Sofrer Com Cenário Externo; de Olho em BRF, Siderúrgicas CCR e Ultra

Publicado 05.03.2018, 08:29
Atualizado 09.07.2023, 07:32

A semana promete ser mais tumultuada para as bolsas do Brasil e do mundo todo, por conta de novas fontes de incertezas. No mercado doméstico, eleição presidencial, escândalo da Operação Lava Jato, dados econômicos e conflitos societários podem agitar determinados setores e papéis.

Além dos juros americanos, que ameaçam subir mais que o esperado, e da redução da liquidez mundial, que podem provocar novos ajustes nos índices das bolsas americanas, novos ruídos devem interferir no ânimo dos investidores em ações. O mais recente é o anúncio do presidente americano Donald Trump em tarifar importações de aço em 10% e alumínio em 25%. “A grita parece geral por parte da União Europeia, França e Alemanha; e no Brasil também tivemos algumas manifestações por parte do Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços”, afirma Álvaro Bandeira, economista-chefe do home broker Modalmais.

Bandeira lembra que alguns países prometem entrar na Organização Mundial do Comércio (OMC) ou retaliar produtos americanos também com tarifas. A tensão aumenta por conta dos tuítes de Trump, que afirmou que guerras comerciais são boas e fáceis de vencer, e que poderá impôr tarifas para outros produtos se houver resposta às medidas americanas. A União Europeia, que ameaçou tributar roupas e uísque americano, sofreria restrições em suas exportações de carros aos EUA, alertou Trump pela rede social.

Vale e siderúrgicas caem mais de 6% na semana

No Brasil, as medidas de Trump provocaram a queda na semana das ações da Vale (SA:VALE3), de 6,40%, da Bradespar (SA:BRAP4), de 7,18%, da Usiminas (SA:USIM5), de 8,20% e da CSN (SA:CSNA3), de 8,69%, segundo a consultoria Lopes Filho. Em reunião com representantes da indústria dos EUA na Casa Branca, Trump prometeu reconstruir os setores de siderurgia e alumínio do país, afirmando que eles têm sofrido competição desleal de outros países há décadas. Com isso, a sexta-feira foi de queda nos preços dos contratos futuros do minério de ferro na China, que recuaram 0,91%, a 539 iuanes por tonelada, para os papéis com vencimento em maio e negociados na bolsa da Dalian. Esse é o menor valor de fechamento do minério desde o último dia 22, quando encerrou a 537,5 iuanes por tonelada, diz a Lopes Filho.

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Já a Gerdau (SA:GGBR4) é vista como beneficiada pela medida de restrição, já que possui operações nos Estados Unidos, observa o BB Investimentos. Além disso, o banco lembra que o reaquecimento da economia brasileira pode compensar a queda nas exportações para os Estados Unidos. Sobre a Vale, o BB Investimentos lembra que a empresa pode se beneficiar do “voo para a qualidade” que a redução de demanda pode provocar no mercado, favorecendo a mineradora brasileira, que tem o mais alto teor de ferro do mercado. O produtores de minério de pior qualidade seriam mais prejudicados, conforme avaliação da analista Gabriela E. Cortez.

O supermíssil de Putin

Também a Rússia voltou para os radares de preocupação dos investidores após o presidente e candidato a reeleição Vladimir Putin anunciar seis novas armas, incluindo um míssil à prova de barreiras de radares. O risco é como o presidente americano, tão animado com guerras, reagirá às provocações eleitoreiras de Putin, que também está ampliando sua ação no Oriente Médio por meio do apoio ao presidente sírio Bashar Al Assad contra os rebeldes apoiados pelos americanos. “De qualquer forma, são situações que agregam instabilidades e os mercados de risco devem reagir com grande volatilidade”, afirma Bandeira.

Fim dos subsídios

Em meio a essas preocupações geopolíticas, há ainda os sinais de que as principais economias do mundo se preparam para retirar os incentivos monetários concedidos nos últimos anos para recuperar a atividade, afetada pela crise de 2008 e pelo excesso de endividamento dos governos. Nos EUA, as declarações do presidente do Federal Reserve (Fed, banco central americano), Jerome Powell, reforçam o cenário de recuperação forte da economia americana e de aumento dos juros para níveis mais normais. O mesmo acontece na Europa e no Japão, com seus bancos centrais reduzindo a recompra de papéis do mercado e a liquidez disponível, que hoje inunda as bolsas de valores.

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Eleição presidencial entrando no radar

No Brasil, Bandeira lembra que há ainda a eleição presidencial, ainda indefinida, o que cria dúvidas sobre a sustentabilidade de longo prazo dos juros e inflação baixos. “O início de abril, quando todos os prováveis candidatos têm que se posicionar, já está muito próximo e vai provocar muito ruído”, alerta. Há ainda a possível saída de Henrique Meirelles do cargo de ministro da Fazenda para concorrer à Presidência, que deve trazer algum ruído para os mercados, e a possibilidade concreta de o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva ser preso ainda em março.

BRF pode ser segunda-feira decisiva

As ações ON da BRF (SA:BRFS3) subiram 5,99% na semana, apos duas semanas consecutivas de queda. Segundo a Lopes Filho, a valorização é um natural movimento de ajuste, após os principais sócios da empresa, os fundos de pensão Petros e Previ, exigirem a troca do Conselho de Administração da companhia, após dois anos seguidos de prejuízos. Os fundos pediram a convocação de uma assembléia extraordinária, marcada para segunda-feira, para retirar o empresário Abílio Diniz, atual presidente do Conselho, do comando da empresa. A assembleia deve também aprovar o número de 10 conselheiros para a empresa e novos nomes para os cargos de presidente e vice do Conselho. Os nomes indicados pelos fundos incluem um ex-presidente do Pão de Açúcar (SA:PCAR4) e um ex-presidente da Comissão de Valores Mobiliários (CVM).

CCR e Ecorodovias, enrolada na Lava Jato

As ações ON da CCR (SA:CCRO3) caíram 9,35% na semana após Adir Assad, delator da Operação Lava-Jato, afirmar que uma de suas empresas, a RockStar, teria pago “comissões” ao ex-diretor da Dersa (sociedade de economia mista controlada pelo Governo do Estado de São Paulo) para que este órgão intermediasse contratos com a CCR. O delator disse que as operações com a concessionária proporcionaram um caixa de R$ 45 milhões entre 2009 e 2012 para a RockStar e apresentou e-mails com notas fiscais e contratos de patrocínio superfaturados. O entendimento é que a CCR pode ser punida na esfera administra ou judicial, diz a Lopes Filho.

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Em teleconferência com analistas, a CCR informou que o Conselho de Administração da empresa aprovou a criação de um Comitê Independente que vai investigar as acusações de Assad.

Já as ações da Ecorodovias (SA:ECOR3) recuaram 9,35% na semana após notícias de que suas subsidiárias Ecovia e Ecocataratas foram citadas na Operação Lava-Jato pelo Ministério Público Federal em representação entregue ao juiz federal Sérgio Moro. Em teleconferência com analistas, a empresa afirmou que auditorias internas concluíram que não houve envolvimento dessas subsidiárias em irregularidades que estão sob investigação.

Ultra perde com Cade e Liquigás pode ter capital pulverizado

Outro destaque da semana foi a Ultrapar (SA:UGPA3), que perdeu no Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade), por 5 votos a 2, o processo para compra da concorrente Liquigás, da Petrobras (SA:PETR4). A ação da Ultrapar, controladora da Ultragaz, perdeu 8,69% na semana. Além do negócio desfeito, a Ultragaz terá de pagar uma multa de R$ 286,160 milhões para a Petrobras. A estatal do petróleo pretende agora pulverizar o capital da Liquigás no mercado, vendendo suas ações em ofertas públicas, segundo o jornal Folha de S.Paulo.

Romi sobe 17% com dados da economia

Dados da economia brasileira também devem influenciar alguns papéis no mercado, como ocorreu na semana passada, com a fabricante de máquinas Indústrias Romi (SA:ROMI3). As ações da empresa subiram 17,86% após a divulgação do Produto Interno Bruto (PIB) do quarto trimestre e os indicadores de que a taxa de investimentos, ou Formação Bruta de Capital Fixo, voltou a subir. Segundo a Lopes Filho, a alta das ações reflete as perspectivas de que em 2018 a taxa de investimentos terá aumento, o que, se confirmado, terá impacto positivo na demanda por motores.

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Gráficos mostram índice a caminho dos 85.700 pontos

Avaliando o mercado pela análise técnica, Álvaro Bandeira, da Modalmais, diz que o Índice Bovespa não deve cair abaixo dos 83.700 pontos, sob pena de abrir espaço para uma queda mais acentuada, até a faixa de 81.800 pontos. Na hipótese otimista, o mercado teria de ultrapassar novamente a casa de 85.700 pontos para avançar mais.

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