Com a atividade econômica ainda emitindo sinais muito fracos, o pequeno repique da produção industrial de fevereiro, puxado em partes pelo setor automotivo e de bens de capital deve ser comemorado pelo governo, caso o resultado se mantenha conforme as projeções.
Ávidos por notícias positivas, tanto o executivo quanto a equipe econômica ainda têm um trunfo na inflação declinante, apesar das pequenas pressões sazonais em alguns itens, que fazem por exemplo o IPC da Fipe superar a medição anterior.
Já nos EUA, a média positiva dos indicadores econômicos continua a embasar a política de aperto monetário, porém os sinais contraditórios emitidos pelo Federal Reserve e a falta da execução de um plano econômico de Trump evitam que se firme um cenário de juros consistentemente mais altos.
Em resumo, o Fed não quer estragar o cenário econômico positivo atual, na expectativa com medidas fiscais expansionistas que podem simplesmente não ocorrer.
CENÁRIO POLÍTICO
O julgamento do TSE hoje incrementa a cautela dos investidores, principalmente em vista às declarações de Gilmar Mendes que não haverá “vistas eternas” ao processo, ou seja, que o governo não deve protelar isso indefinidamente.
Mesmo assim, os investidores estão confiantes em alguma resolução institucional, que pode passar pela separação da chapa ou mesmo arrastar o processo até a conclusão do atual mandato.
Nos EUA, a situação não é diferente, com todas as atenções voltadas às derrotas recentes de Trump e à importante reunião com o presidente chinês Xi Jinping na quinta-feira em Mar-a-Lago, na Flórida, o que não por acaso é um campo de golfe do próprio presidente americano.
Deste modo, abril já começa como um mês de cautela global, porém uma cautela que se choca com um elevado apetite pelo risco.
CENÁRIO DE MERCADO
O feriado na China hoje ainda influencia o mercado asiático, o qual fechou negativo em sua maioria. Na abertura dos negócios, a Europa e futuros em NY operam com suas bolsas no negativo, na expectativa por indicadores econômicos e eventos importantes no final da semana.
O dólar abriu o dia em queda, porém se aproxima da estabilidade frente a maior parte das divisas, perdendo somente para o Yen. O rendimento dos US Treasuries opera em alta em todos os vencimentos observados nesta manhã.
Entre as commodities, o dólar fraco da abertura impulsionou uma alta generalizada, desde o petróleo até o ferro, o qual tenta retomar sua escalada de alta. O ouro opera pelo terceiro dia seguido em alta, assim como a prata e platina.
CÂMBIO
Dólar à vista : R$ 3,1146 / -0,24 %
Euro / Dólar : US$ 1,06 / -0,206%
Dólar / Yen : ¥ 110,46 / -0,397%
Libra / Dólar : US$ 1,25 / -0,240%
Dólar Fut. (1 m) : 3132,21 / -0,55 %
JUROS FUTUROS (DI)
DI - Janeiro 18: 9,83 % aa (-0,12%)
DI - Janeiro 19: 9,48 % aa (-0,21%)
DI - Janeiro 21: 9,83 % aa (-0,51%)
DI - Janeiro 25: 10,15 % aa (-0,59%)
BOLSAS DE VALORES
FECHAMENTO
Ibovespa: 0,35% / 65.211 pontos
Dow Jones: -0,06% / 20.650 pontos
Nasdaq: -0,29% / 5.895 pontos
Nikkei: -0,91% / 18.810 pontos
Hang Seng: 0,62% / 24.261 pontos
ASX 200: -0,27% / 5.857 pontos
ABERTURA
DAX: -0,042% / 12252,04 pontos
CAC 40: 0,016% / 5086,70 pontos
FTSE: 0,344% / 7307,75 pontos
Ibov. Fut.: -0,19% / 65484,00 pontos
S&P Fut.: -0,199% / 2351,40 pontos
Nasdaq Fut.: -0,230% / 5422,00 pontos
COMMODITIES
Índice Bloomberg: 0,23% / 85,00 ptos
Petróleo WTI: 0,50% / $50,49
Petróleo Brent:0,32% / $53,29
Ouro: 0,43% / $1.258,83
Aço: -0,60% / $78,45
Soja: -0,49% / $18,03
Milho: 0,00% / $367,75
Café: -0,07% / $137,75
Açúcar: -0,48% / $16,44