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BRC-20: O que é e como afeta o Bitcoin?

Publicado 25.05.2023, 14:35
Atualizado 09.07.2023, 07:32

Se você é um usuário ativo em comunidades crypto, sem dúvida já ouviu falar de um tal “BRC-20”, um novo padrão de token que tem sido objeto de muita discussão ultimamente em razão dos aumentos das taxas e da lentidão no Bitcoin. Aliás, quem não se lembra que no final de semana do dia 6 de maio a rede Bitcoin parou temporariamente quando o número de transações não confirmadas atingiu recorde? As taxas começaram a subir e a Binance teve que pausar saques dos usuários por duas vezes. Mas você sabe exatamente o que é esse padrão e como ele funciona? O que será que aconteceu?

O padrão de token “Bitcoin Request Comment 20 (BRC-20)” foi introduzido em março de 2023 por um desenvolvedor anônimo conhecido como “Domo”. O termo é uma alusão ao famoso padrão da Ethereum, o “Ethereum Request Comment 20 (ERC-20)”, e é basicamente a “versão Bitcoin” desse padrão da rede de Vitalik, ressalvadas algumas diferenças importantíssimas que veremos mais à frente. Vamos ao início de tudo!

Origem do padrão BRC-20

As bases que possibilitaram a criação do padrão BRC-20 foram construídas com o lançamento do protocolo Ordinals no início deste ano, cuja estratégia é demarcar e numerar cada satoshi da rede Bitcoin para que, posteriormente, possam ser vinculados aos dados extras (as “inscriptions”, que podem ser textos, áudios, vídeos, imagens, etc) que são adicionados nas transações dentro dos blocos. 

Em síntese, a marcação dos satoshis com números únicos já daria certo caráter de “individualidade” e raridade a cada um deles, certo? Afinal, imagine ser detentor do primeiro satoshi do primeiro bloco da história? Agora imagine vincular um desses satoshis individualizados a um determinado dado extra que foi inscrito na blockchain (ex: uma imagem do atacante German Cano). 

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Isso faria com que a imagem de Cano ficasse unicamente sinalizada com aquele número ordinal (daí o nome) específico que a identifica! Aí sim os dotes de infungibilidade estão completos. Por este motivo, muita gente passou a falar em “NFTs do Bitcoin”! Temos alguns artigos e relatórios no Hub do Investidor onde simplificados o tema!

Acontece que, em 8 de março, Domo, que era um detentor de um desses “NFTs” proporcionados pelo protocolo Ordinals, resolveu lançar um padrão de token experimental para o Bitcoin. Sua ideia era usar a camada base do Bitcoin para criar tokens alimentados por inscriptions, os denominados BRC-20. Domo planejou inscrever alguns dados JSON (Javascript Object Notation) nos satoshis, o que, pulando as tecnicidades, abriu as portas para mintar esses tokens!

O que é o padrão BRC-20 na prática? Qual sua diferença para o ERC-20?

Seguindo a linha do padrão ERC-20 da Ethereum, a ideia do BRC-20 é possibilitar a criação e transferência de tokens fungíveis na blockchain Bitcoin, fazendo isso por meio do protocolo Ordinals. E, assim como os tokens ERC-20 da Ethereum, os BRC-20 tem diferentes mecanismos e funções. Mas há uma diferença essencial!

À primeira vista, o padrão BRC-20 pode se parecer com qualquer outro token que usa uma camada de base específica, como o ERC-20, BEP-20 e outros. No entanto, não há qualquer funcionalidade integrada de contratos inteligentes! Mas então como o BRC-20 funciona? 

O token BRC-20 usa o método de inscrição dos Ordinais para “preencher” os satoshis com os tais dados de texto JSON que falamos. Para simplificar, imaginemos e digamos que ele é um “arquivo de script baseado em texto” (como na imagem abaixo) que é armazenado em um satoshi! Pensemos nos satoshis como caixas que estão sendo preenchidas com papéis cheios de textos escritos e complicados, os tais dados JSON!

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Em outras palavras, um token BRC-20 usa o protocolo Ordinals para inscrever um tipo específico de texto em um satoshi, tornando-o um token fungível e legível! Mas legível como? Quem lê esses dados tão complexos?

Texto

Descrição gerada automaticamente


Bom, para implantar, cunhar e negociar esses tokens, portanto, ao invés do uso de contratos inteligentes, são necessárias carteiras específicas de Bitcoin (BRC-20) capazes de entender e analisar esse arquivo de script de texto que está no satoshi! Observe na imagem acima como há todos os elementos essenciais listados dentro do satoshi: 

  • P = “Protocolo”

  • OP = “Operation” (para iniciar o processo)

  • Tick = Ticker (ORDI, o primeiro token BRC-20)

  • Max = Supply máximo

  • Lim = Limite de “mintagem”

Percebemos que, neste script em específico usado como exemplo, o objetivo é implantar (“deploy”) um token BRC-20! Na verdade, podemos dizer que o padrão BRC-20 é bastante rudimentar uma vez que usa estes textos apenas para gerar, criar ou transferir tokens! É apenas um padrão experimental “divertido” mas que não possui grande sustentabilidade.

Existe algum risco ao usar tokens BRC-20?

Os tokens BRC-20 são experimentais, o que significa que ainda estão em desenvolvimento e podem apresentar certos riscos aos usuários. Vale destacar que os tokens BRC-20 ainda não são amplamente adotados e podem ter liquidez limitada nos mercados, o que pode afetar a facilidade de compra e venda desses tokens. Portanto, é importante que os usuários estejam cientes desses riscos antes de usá-los e tomem medidas para proteger seus fundos.

E por qual motivo esses tokens BRC-20 são polêmicos?

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O padrão BRC-20 está possibilitando que diversas memecoins invadam o universo crypto novamente. Até aí, nenhuma novidade, certo? Afinal, sabemos que desde que o mundo crypto é mundo, esse tipo de coisa acontece.

No entanto, desde a criação dos Ordinais, há uma constante disputa por espaço dentro dos blocos, o que vem aumentando significativamente as taxas de transação. Quem não se lembra que somente um “NFT do Bitcoin” (chamado de “Magic Internet Money Wizard”) foi capaz de ocupar um bloco inteiro sozinho, congestionando a rede e empurrando milhares de transações para depois?

É importante destacar que a criação e a transferência de tokens BRC-20 é complexa e requer mais espaço na blockchain do que transações simples “peer-to-peer” como conhecemos. Para fins de comparação, uma transação convencional no Bitcoin pode ser mensurada em “kilobytes”, enquanto uma inscrição ordinal (onde o token BRC se apoia) pode chegar a 4 MB.

E com a explosão e a popularidade do uso do padrão BRC-20 por meme coins como a “Pepe, the Frog”, temos visto uma intensificação de congestionamento da rede levando ao aumento recorde das taxas. Para termos uma noção, no dia 1 de maio tínhamos aproximadamente 50% das transações de Bitcoin sendo de cunhagem de tokens BRC-20! Isso fez com que desenvolvedores do Bitcoin Core chegassem ao ponto de chamar os Ordinals de “spam” e sugerissem que houvesse uma filtragem dos conteúdos!

Esse aumento intenso das taxas afetou inclusive a Binance, que precisou suspender temporariamente as retiradas de BTC, gerando preocupações. Afetou também países como El Salvador, que adotou o bitcoin como moeda de curso legal. Imagine cidadãos pagando US$ 30 dólares de taxa para sacar US$ 100? O fato é que, hoje, a capitalização de mercado desses tokens BRC-20 já ultrapassa os US$ 447 milhões!

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O cara faz uma biblia pea explicar
Mas ficou bem fácil entender....
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