As recentes valorizações do café no mercado internacional impulsionaram com força os preços domésticos do arábica e do robusta nos últimos dias. De acordo com dados do Cepea, os aumentos foram essenciais para a retomada das negociações envolvendo volumes significativos, o que não acontecia há algumas semanas. No campo, a evolução das floradas nas fazendas brasileiras tem ocorrido de maneira bastante satisfatória, e, a princípio, as expectativas para a próxima safra são positivas. Agentes consultados pelo Cepea relatam estar atentos às previsões climáticas, devido à necessidade de bons volumes de chuva e temperaturas mais amenas para o fim do desenvolvimento das flores e a transformação em chumbinhos.
ARROZ: PREÇOS SEGUEM FIRMES, MAS LIQUIDEZ ESTÁ BAIXA; SEMEADURA AVANÇA NO RS
As cotações do arroz em casca seguem firmes no mercado sul-rio-grandense. Segundo dados levantados pelo Cepea, o suporte aos preços vem da maior atividade dos compradores e do menor número de vendedores ativos. Esse cenário, por sua vez, tem limitado a liquidez do cereal. Segundo colaboradores do Cepea, apesar das chuvas persistirem em algumas regiões do RS, os produtores de arroz estiveram menos presentes no mercado nos últimos dias porque estão focados na semeadura, o que naturalmente resulta em negociações mais lentas.
ALGODÃO: PREÇOS OSCILAM EM OUTUBRO, MAS QUEDAS PREDOMINAM
Mesmo com algumas oscilações ao longo de outubro, as quedas nos preços do algodão em pluma predominam. Ainda assim, a média da parcial deste mês é a maior desde abril deste ano. De acordo com levantamento do Cepea, a disparidade entre preço e/ou qualidade dos lotes disponíveis e o baixo interesse tanto de vendedores quanto de compradores têm limitado a liquidez. Agentes de indústrias indicam ter volumes de matéria-prima e também de manufaturados em estoque. Já do lado vendedor, parte dos agentes está flexível, diante do enfraquecimento das cotações externas e da necessidade de “fazer caixa” em curto prazo.