Apesar de caírem em abril, as exportações brasileiras de café registram desempenho recorde na parcial desta safra (2024/25), considerando-se a série histórica do Cecafé (Conselho dos Exportadores de Café do Brasil). São 39,994 milhões de sacas embarcadas de julho/24 a abril/25, conforme números do Conselho analisados pelo Cepea. No mercado doméstico, apesar das altas nos últimos dias, as cotações do robusta vêm caindo com um pouco mais de força no balanço de maio, apontam levantamentos do Cepea. Segundo o Centro de Pesquisas, a pressão vem do avanço da colheita. Na primeira quinzena de maio, o Indicador CEPEA/ESALQ do tipo 6, peneira 13 acima, a retirar no Espírito Santo, acumulou expressivo recuo de 10,5%. Já para o arábica, os preços estão em queda, mas de forma amena, em decorrência do ritmo lento da colheita e dos baixos estoques, conforme explicam pesquisadores do Cepea. O Indicador CEPEA/ESALQ do tipo 6, bebida dura para melhor, posto na capital paulista, fechou a primeira metade do mês com desvalorização acumulada de 4,6%.
ARROZ: Indicador cai para o menor nível desde jul/22
Com novas quedas, o Indicador do arroz em casca CEPEA/IRGA (58% de grãos inteiros, com pagamento à vista) vem operando no menor patamar nominal desde julho de 2022, apontam levantamentos do Cepea. Segundo o Centro de Pesquisas, a pressão doméstica acompanha os recuos verificados no mercado externo. Quanto aos dados de oferta e demanda nacional divulgados neste mês de maio/25 pela Conab, a produção da safra 2024/25 deve crescer 14,8% em relação à temporada anterior (2023/24), passando de 10,58 milhões de toneladas para 12,14 milhões de toneladas. Pesquisadores do Cepea explicam que esse aumento foi impulsionado pela ampliação da área cultivada e pelo incremento da produtividade média, especialmente no cultivo irrigado.
ALGODÃO: Queda externa pressiona cotações domésticas
Levantamentos do Cepea mostram que as cotações domésticas do algodão em pluma têm caído, acompanhando as desvalorizações externas. Além disso, segundo o Centro de Pesquisas, o recuo do dólar frente ao Real reforça a pressão sobre os valores internos, à medida que reduz a paridade de exportação. Compradores, atentos às recentes quedas externas, se afastam do mercado, à espera de novas baixas. Além disso, muitos apontam dificuldades em repassar os atuais custos da pluma aos produtos manufaturados. Já vendedores evitam ofertar no spot e focam o cumprimento de contratos e a efetivação de novos fechamentos envolvendo lotes da safra 2024/25, conforme explicam pesquisadores do Cepea. Em relatório divulgado no dia 15, a Conab apontou novos reajustes positivos na produção nacional de pluma da temporada 2024/25, de 0,36% frente aos dados de abril/25 e de 5,5% em comparação à safra 2023/24, podendo chegar a 3,9 milhões de toneladas, o que seria um novo recorde.