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Lavouras de café arábica apresentaram uma boa floração na última semana, favorecidas pelas chuvas registradas no Sudeste do Brasil após o dia 20 de setembro. Segundo pesquisadores do Cepea, o fato é relevante para um setor que aguarda ansiosamente uma recuperação da safra 2026/27. No entanto, o calor intenso e o volume ainda insuficiente de chuva já começam a preocupar cafeicultores. Essa condição pode prejudicar o pegamento das flores e, consequentemente, comprometer o potencial produtivo da próxima temporada. Com o clima, mais uma vez, trazendo incertezas neste começo de desenvolvimento da nova safra, parte dos agentes de mercado consultados pelo Cepea já começa a considerar possíveis restrições de produção para a temporada 2026/27. Quanto ao ritmo de negócios, levantamentos do Centro de Pesquisas mostram que, com “caixa” equilibrado, muitos produtores esperam momentos mais atrativos para vender.
ARROZ: Cotações seguem em baixa
Com grande parte dos orizicultores concentrada na semeadura da safra 2025/26, a oferta de arroz em casca seguiu limitada no Rio Grande do Sul nos últimos dias, apontam levantamentos do Cepea. Além disso, pesquisadores explicam que as intensas chuvas que atingiram o estado acenderam um sinal de alerta, provocando atrasos no plantio em diversas microrregiões e gerando preocupação entre agentes do setor. Compradores, por sua vez, continuam relatando dificuldades nas vendas do arroz beneficiado, cujos valores de comercialização têm limitado reajustes para a matéria-prima. Colaboradores consultados pelo Cepea comentam que os lotes pontualmente negociados não representaram nem metade do volume habitual adquirido.
ALGODÃO: Preços iniciam outubro em queda
Os preços do algodão em pluma iniciam outubro em queda, indica levantamento do Cepea. Segundo o Centro de Pesquisas, no começo desta semana, a paridade de exportação chegou ao menor patamar nominal desde a primeira quinzena de dezembro de 2020, o que resultou em pressão sobre os valores no Brasil – no dia 3, a cotação doméstica foi a mais baixa em mais de dois anos. Pesquisadores explicam que o cenário é de estoques globais elevados. A desvalorização do dólar – que recuou ao menor nível desde meados de 2024 – reforça a queda da paridade de exportação, e a oferta de uma colheita recorde começa a ser disponibilizada, gradualmente, com mais intensidade no spot. Parte dos vendedores tem reduzido os preços, visando fechar negócios e “fazer caixa” e/ou liquidar volumes específicos, mas a demanda segue contida, conforme levantamentos do Cepea.