As cotações do café arábica avançaram com força nos últimos dias, impulsionadas pela retração vendedora e pelas altas do dólar e dos preços externos da variedade. Segundo colaboradores do Cepea, os ganhos neste início de semana atraíram vendedores ao mercado – cenário oposto ao verificado na maior parte da semana passada. Nessa terça-feira, o Indicador CEPEA/ESALQ do café arábica tipo 6 bebida dura para melhor, posto na capital paulista, fechou a R$ 419,23/saca de 60 kg, elevação expressiva de 3,2% em relação à terça anterior, 20. Para o robusta, os preços também subiram nos últimos dias, devido à apreciação do dólar e à maior demanda. Esse contexto elevou a liquidez interna, com negócios sendo fechados tanto no mercado físico – inclusive para a exportação – quanto no futuro. O Indicador CEPEA/ESALQ do robusta do tipo 6 peneira 13 finalizou a R$ 287,68/sc de 60 kg nessa terça, avanço de 2,2% em relação à terça anterior, 20.
ARROZ: DEMANDA ATIVA MANTÉM PREÇO EM ALTA
Os preços do arroz em casca seguem em alta no Rio Grande do Sul. Entre 20 a 27 de agosto, o Indicador ESALQ/SENAR-RS, 58% de grãos inteiros, subiu 2,8%, indo a R$ 44,84/sc nessa terça-feira, 27. Segundo pesquisadores do Cepea, a sustentação continua vindo do maior interesse de agentes de indústrias. Orizicultores, por sua vez, estão recuados, limitando suas vendas a volumes pequenos, de acordo com sua necessidade de “fazer caixa”. Pesquisadores do Cepea indicam que produtores mais capitalizados aguardam momentos mais oportunos para comercializar o casca, fundamentados na valorização do dólar e na postura compradora da indústria.
ALGODÃO: COMPETIÇÃO ACIRRADA ENTRE AGENTES PRESSIONA INDICADOR
À medida que o beneficiamento e as entregas de contratos a termo avançam, alguns lotes de algodão em pluma de melhor qualidade são disponibilizados no spot nacional. Ainda assim, indústrias ofertam valores inferiores aos pedidos por vendedores, limitando os fechamentos. Parte das empresas recebe a pluma já contratada, reduzindo a necessidade de abastecimento no spot. Apenas comerciantes mostram maior necessidade de compra de pluma para atender a programações. Em meio à “queda de braço”, entre 20 e 27 de agosto, o Indicador do algodão em pluma CEPEA/ESALQ, com pagamento em 8 dias, caiu 0,6%, fechando a R$ 2,4524/lp nessa terça-feira, 27. Na parcial de agosto (até o dia 27), o Indicador acumula queda, de 2,1%. Tradings, por sua vez, estão pouco ativas, voltadas aos contratos realizados anteriormente. De acordo com pesquisadores do Cepea, o afastamento desses agentes do mercado se deve à queda dos preços externos, que foi verificada mesmo com o dólar se valorizando frente ao Real na parcial do mês.
TOMATE: TOMATE SE DESVALORIZA PELA TERCEIRA SEMANA CONSECUTIVA
Os preços do tomate salada longa vida caíram na Ceagesp pela terceira semana seguida. Entre os dias 19 e 23 de agosto, o 2A e o 3A foram negociados a R$ 14,46/cx de 18-20 kg e a R$ 27,38/cx, respectivas desvalorizações de 27,68% e de 20,77% frente às médias da semana anterior. Segundo colaboradores do Hortifruti/Cepea, os recuos continuam atrelados à intensificação da primeira parte da safra de inverno e à maturação avançada dos frutos, devido ao clima mais quente. Além disso, a entrada do rasteiro (de mesa e indústria) no mercado tem sido bastante significativa. Assim, de acordo com colaboradores do Hortifruti/Cepea, parte da oferta, que deveria ser destinada ao processamento, tem sido vendida no mercado in natura. A oferta de tomates ponteiros, como em São José de Ubá (RJ), também pressionou as cotações no período.