A semana foi marcada pelo aumento da aversão ao risco no ambiente externo, deflagrada por nova baixa dos preços internacionais do petróleo, que favoreceu a valorização do dólar. No Brasil, o real também sofreu significativa queda frente à divisa norte-americana devido ao cenário econômico doméstico. Com isso, as cotações futuras do café acumularam perdas nos últimos dias, chegando a atingir, no caso do arábica, o menor fechamento desde dezembro 2013, na quarta-feira.
Ontem, o dólar comercial foi cotado a R$ 4,1655, com alta de 2,96% em relação ao fechamento da última sexta-feira. A decisão do Comitê de Política Monetária (Copom) de manter a taxa básica de juros – Selic – em 14,25% ao ano gerou incertezas entre os agentes de mercado quanto aos rumos da economia brasileira, provocando a alta da divisa norte-americana.
Na ICE Futures US, o vencimento março do Contrato C foi cotado, na quinta-feira, a US$ 1,1440 por libra-peso, recuperando boa parte das perdas acumuladas devido à melhora do humor nos mercados internacionais, com a recuperação do petróleo e dos mercados acionários de EUA e Europa, reduzindo, assim, as perdas para apenas 50 pontos em relação ao fechamento da semana passada. As cotações do robusta, negociadas na ICE Futures Europe, também seguiram tendência negativa. O vencimento março encerrou o pregão de ontem a US$ 1.370 por tonelada, com desvalorização semanal de US$ 71.
No mercado físico nacional, as negociações continuaram limitadas pelos preços aquém das expectativas dos produtores. Por outro lado, as cotações do conilon seguiram sustentadas pela escassez do produto. Os indicadores calculados pelo Cepea para as variedades arábica e robusta foram cotados, ontem, a R$ 488,15/saca e a R$ 390,61/saca, respectivamente, com variação de 1,67% e 1,14% em relação ao fechamento da semana antecedente.