Em patamares recordes reais há algumas semanas, os preços do café robusta ultrapassaram os R$ 500,00/saca de 60 kg nessa terça-feira, 18. O Indicador do robusta CEPEA/ESALQ do tipo 6 peneira 13 acima fechou a R$ 507,09/saca de 60 kg, recorde real da série do Cepea, iniciada em novembro/2001– os valores foram deflacionados pelo IGP-DI de setembro/16. Segundo pesquisadores do Cepea, o movimento de alta nos preços do robusta é observado desde março deste ano e está atrelado à baixa oferta da variedade no mercado nacional. A safra 2016/17 foi fortemente prejudicada pelo clima e as expectativas são de que próxima temporada (2017/18) também registre baixa produção. Nesse cenário, produtores de robusta estão retraídos, negociando apenas lotes pequenos, conforme a necessidade de “fazer caixa”.
Algodão: Vendedor e comprador se retraem e cotações se estabilizam
O ritmo de comercialização envolvendo o algodão em pluma está fraco no mercado brasileiro e, com isso, os valores registram apenas pequenas oscilações. Segundo pesquisadores do Cepea, compradores e vendedores demonstram baixo interesse em negociar, tanto para entregas imediatas como para longo prazo. Assim, os poucos fechamentos envolvem lotes de pequenos volumes. Entre 11 e 18 de outubro, o Indicador CEPEA/ESALQ com pagamento em 8 dias, referente à pluma 41-4, posta em São Paulo, subiu ligeiro 0,12%, fechando a R$ 2,5123/lp nessa terça-feira, 18. Já na parcial de outubro (até o dia 18), o Indicador acumula queda de 0,48%. Apesar da grande variedade na qualidade dos lotes disponibilizados no spot, vendedores estão firmes nos valores de negociação, enquanto os poucos compradores ativos ofertam preços menores. Até o final deste ano, contratos ainda precisam ser cumpridos por cotonicultores, limitando as negociações no spot.
Arroz: Preço do casca segue estável em outubro
Pela segunda semana consecutiva, o preço do arroz em casca no Rio Grande do Sul permaneceu praticamente estável e a comercialização, em ritmo lento. Conforme pesquisadores do Cepea, indústrias mostraram baixo interesse por novas aquisições de casca. O fraco ritmo de comercialização de arroz beneficiado aos grandes centros consumidores e as queixas quanto ao repasse das altas do casca ao fardo justificam a posição retraída das empresas. Do lado vendedor, somente produtores com necessidade de “fazer caixa” estiveram ativos, enquanto orizicultores capitalizados se mantiveram retraídos, aguardando maiores preços. Nessa terça-feira, 18, o Indicador ESALQ/SENAR-RS fechou a R$ 49,54/sc de 50 kg, ligeira alta de 0,6% em relação ao fechamento anterior.