O fluxo externo continua atraído pelos juros altos no país. A alta da taxa Selic, atualmente em 10,75% ao ano, está atraindo capitais externos para o Brasil, mesmo com a perspectiva de que os Estados Unidos aumentem as taxas a partir de março. A Selic está em10,75% ao ano, no maior nível desde julho de 2017. Com isso, o dólar fechou a semana passada em queda cotado a R$ 5,14. A moeda chegou a R$ 5,11 durante o dia de sexta-feira.
A divisa fechou a semana com recuo de 1,95%. A queda chega a 3,13% em fevereiro e a 7,82% em 2022.
Quanto ao Federal Reserve (Fed), John Williams disse semana passada que a economia forte de hoje e a inflação bem acima da meta de 2% no longo prazo, faz com que seja hora de iniciar o processo de mover a faixa-alvo (dos juros) de volta a níveis mais normais já em março. Creio que o mercado já absorveu em grande parte a perspectiva de altas seguidas de juros nos EUA (de quatro a seis) neste ano, além do início da redução do balanço.
Hoje o dólar pode obter um ganho apenas se o sentimento de aversão ao risco (depende da situação na Ucrânia) estimular a compra de porto seguro (dólar) no feriado prolongado nos mercados dos EUA e do Canadá. Aguardemos o que falará mais alto, a crise geopolítica ou o carry trade...