O clima no mercado é de expectativa pelo discurso do comandante do banco central norte-americano, Jerome Powell, em Jackson Hole, que acontecerá na sexta feira, apesar do evento se iniciar hoje.
O dólar à vista fechou cotado a R$ 5,1106 para venda ontem. Nos dias anteriores, a cotação da moeda norte americana vinha em forte queda global, na esteira de indicadores mais fracos nos Estados Unidos que reavivaram esperanças de que o Federal Reserve seja menos duro nas próximas sinalizações de política monetária.
Ontem, foram divulgados números de bens duráveis, que vieram abaixo do esperado, e uma queda menor que a temida nas vendas pendentes de moradias nos EUA em julho.
O mercado busca pistas sobre se o banco central está avaliando desacelerar o ritmo de elevações de juros, que têm sido de incomum 0,75 ponto percentual, à medida que cresce o entendimento de que a inflação pode ter atingido o seu pico. Mas amanhã teremos uma visão mais certeira sobre isso após o discurso de Powell.
Por aqui, o nosso juro (Selic) a 13,75% ao ano, nos garante um bom fluxo de capital pelo carry trade (diferencial de juros). O juro básico norte-americano se encontra numa faixa entre 2,25% e 2,50% ao ano.
Se considerarmos um cenário de incertezas internacionais a atenção pode se voltar para os mercados emergentes, grupo do qual o Brasil é um dos integrantes mais atrativos. Não vamos esquecer de olhar a China, a guerra na Ucrânia e os impactos sobre os preços das commodities.
Calendário de hoje, teremos por aqui a confiança do consumidor de agosto, medida pela FVG e o Caged (índice de evolução de emprego) de julho. Nos EUA, os pedidos iniciais por seguro desemprego e o início do simpósio de Jackson Hole as 10:00 da manhã, horário de Brasília. Na Europa, vamos ficar de olho na publicação das atas da última reunião de política monetária por lá e como se comporta o euro, que segue cotado abaixo do dólar.
Bons negócios para todos!