Iniciado o horário eleitoral de rádio e TV, a campanha entra na fase decisiva. Com a decisão do TSE de rejeitar a candidatura do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o impacto da propaganda gratuita se dará muito mais para as candidaturas de Geraldo Alckmin e de Fernando Haddad, já que os demais candidatos possuem pouquíssimo tempo de exposição.
Assim, a briga pelo voto dos indecisos será ferrenha por parte de PSDB e PT. No PT, a capacidade de transferir votos (ou não) de Lula para Haddad será um ponto crucial.
Neste quarto post da série “De olho nas eleições”, o economista Alexandre Espirito Santo avalia as estratégias de campanha na largada oficial rumo à Presidência. Seguem os pontos destacados por Espirito Santo:
PT – O PT, que (de fato) tem agora Haddad como candidato, apresenta um programa com a estratégia de conduzir ao coração do eleitor à figura de Lula, com Haddad travestido numa espécie de âncora. O partido dá a entender, assim, que terá um governo inspirado em Lula, caso vença. Haddad tentará se tornar conhecido como o “presidente do Lula” ou “Haddad é Lula”, como ocorreu com Dilma Rousseff, para conquistar seu lugar no segundo turno.
PSDB – Já o PSDB procura mostrar que Alckmin tem estofo político e experiência para administrar um país com graves problemas e, de quebra, busca atingir Bolsonaro com um “filmete” que mostra que a violência não se supera com violência.
Demais partidos – Com pouquíssimo tempo de TV, a tarefa de conquistar eleitores fica mesmo para debates e comícios.
Impacto da propaganda – É provável que rapidamente se tenha uma ideia do impacto da propaganda gratuita nas pesquisas de intenções de voto. Até agora, as pesquisas consolidam Lula e Bolsonaro como os candidatos que vão para o segundo turno, enquanto todos os demais ficam empatados tecnicamente.
JN – Para finalizar, o ponto de destaque na semana passada foram as entrevistas com os candidatos no Jornal Nacional. Nossa percepção é que não parecem ter mudado o quadro geral, embora tenham ecoado bastante nas redes sociais. Um exemplo foi a repercussão do expediente de Bolsonaro de usar uma “cola” na mão. Em poucas horas, ele conquistou mais de 100 mil novos seguidores nas redes sociais, além de gerar vários memes.
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