Wall Street dividido sobre corte do Fed em dezembro após dados de emprego
Por aqui, o Ibovespa sentiu os ruídos externos ontem (17) e fechou em queda de 0,47%, a 156.992,93 pontos, com giro de R$ 26,8 bilhões. Já o dólar fechou em alta de 0,66%, cotada a R$ 5,3314. Em paralelo, a percepção dos gestores vai se adequando. Depois do forte rally das últimas semanas, o sentimento dos gestores é de CAUTELA. Cerca de 48% seguem otimistas com o Ibovespa, enquanto 42% consideram o índice “justamente precificado”. A maioria dos gestores relata fluxo estável de recursos (77%) nos fundos, demonstrando que a classe de ações segue pouco atrativa. Hoje é dia de agenda fraca, com a prévia do IPC-Fipe, seguida da parcial do IGP-M. Nos EUA, entre os dados, o relatório semanal ADP de emprego no setor privado, além das encomendas à indústria em agosto e a confiança das construtoras de novembro.
Os índices futuros dos EUA operam em baixa nesta terça-feira (18), com investidores se afastando de ativos mais arriscados, às vésperas da divulgação dos resultados da Nvidia e do relatório de emprego. Pesquisas de mercado indicam temor que a recente queda no mercado de ações nos EUA possa se transformar em uma correção completa, citando indicadores técnicos “preocupantes”. O índice S&P 500 fechou ontem abaixo de sua média móvel de 50 dias pela primeira vez em 139 sessões. Previsões são de um declínio de 5% a 10% para o S&P 500 e de 8% para o Nasdaq. Em paralelo, não parece que o Fed esteja “voando às cegas” por causa do shutdown e é improvável que qualquer indicador nas próximas semanas “mude a opinião de que outro corte é necessário”. Vamos monitorando.
No Brasil, agenda bem fraco, a não ser pelo PL Antifacção em discussão no Congresso. O que capitaliza as atençõe são os movimentos do mercado norte-americano, este sim a impactar os ativos do Brasil e de vários emergentes. Em NY, toda expectativa para a divulgação do balanço da Nvidia, que pode sinalizar com seu guidance os riscos de uma bolha em IA. Sobre o Fed de dezembro, há chances majoritárias de uma pausa nos cortes do juro. Na agenda defasada dos EUA, expectativa para o Payroll de setembro, nesta quinta-feira, e o PCE de outubro e o PIB do terceiro trimestre, dia 26. A maioria dos diretores regionais do Fed, alinhados a Powell, acha que o relatório do emprego não deve ser suficiente para suprimir o conservadorismo da política monetária. Ao fim do dia de ontem em Nova York, as chances de manutenção do juro, entre 3,75% e 4%, eram de 57%, contra 43% de queda de 25 pontos-base.
