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Caímos na Cilada

Publicado 29.04.2015, 16:31
US500
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QE4? Cilada, Bino!

O PIB americano decepcionou.

Ante expectativas de crescimento em torno de 1% no primeiro trimestre, marcou avanço de apenas 0,2%.

Oba, não vão subir o juro tão já!

O pensamento velho e simplório da farra de liquidez colocou os mercados em uma tremenda cilada.


Atenção aos cenários prováveis:

1. os EUA terão de aumentar os juros sem sua economia ter de fato se recuperado

2. caso os EUA entrem em recessão, qual alternativa teriam para estimular sua economia, com juros zerados e programas de injeção de liquidez com retornos marginais decrescentes?


3. vão manter juros zerados e lançar novos estímulos à economia, mesmo sabendo que anos de juros zerados e diversos programas de estímulos (QEs) simplesmente não recuperaram a economia? 



Gastaram todo o estoque da farmácia (incluindo os esteróides anabolizantes) sem que o paciente tenha se levantado.

Aquilo que o gestor El-Erian apontava como maior risco pode estar se materializando, ou seja, de que o Fed tenha sido excepcionalmente bem sucedido em inflar os preços dos ativos, mas muito mal sucedido em reviver a economia.

O dia dos juros

Com o balanço do Banco Central americano inchado, com ativos superiores a US$ 4,5 trilhões (contra US$ 800 bilhões em seu padrão de normalidade pré-crise), os americanos podem se ver obrigados a seguir a escola brasileira (seria curioso), e subir a taxa de juros com a atividade morosa, aprofundando ainda mais a desaceleração...

Mas depois de um resultado desses para o PIB, definitivamente não será hoje que o Federal Reserve subirá a taxa de juros americana.

Mas uma hora terá de subir, e qualquer sinalização do timing dessa subida, ou de eventuais alternativas para lidar com a cilada acima, jogam todos os holofotes da quarta-feira para o comunicado da reunião do Fed, no final da tarde.

Por aqui, já estamos em um estágio mais avançado (no sentido negativo). Em recessão pronunciada, e se aprofundando, e subindo juros para tentar controlar a inflação.

As apostas para a reunião do Copom são unânimes: alta de mais 50 pontos na taxa Selic, para 13,25%.

Diferentemente dos EUA, nosso estágio da cilada tem ainda um outro componente: a inflação.

E ela faz Banco Central e ministério da Fazenda falarem línguas diferentes...

Levy torce para a inflação

Termômetro do ajuste fiscal, o resultado das contas públicas marcou superávit primário de R$ 4,48 bilhão no primeiro trimestre, pior resultado dos últimos 17 anos.

Questão de honra, Levy está empenhado em entregar uma meta de superávit primário de R$ 55,3 bilhões para o ano.

Ou seja... Passado 1/4 de 2015, conseguiu até então preencher menos de 10% da meta.

Caso o Banco Central não consiga entregar uma inflação oficial (IPCA) dentro do teto de 6,5%, o que ele não irá conseguir, Tombini (BC) é obrigado a enviar uma carta aberta a Levy (Fazenda) explicando as causas do infortúnio...

Quando receber a carta, Levy deve é comemorar.

A inflação funciona - por meio do que os economistas chamam de "senhoriagem" e "imposto inflacionário" - como uma transferência de recursos da sociedade para o Estado.

No fim das contas, mais inflação é positivo para o ajuste fiscal.

Levy pode sair como herói, com a missão cumprida. Perda de rating evitada, ótimo... E o contribuinte que se vire.

Há algo estranho no reino da Dinamarca

Está tudo muito quieto.

Em uma trajetória contínua de apreciação lá fora, sobra dinheiro fácil e barato, mas sobra apreensão.

O gráfico baixo mostra que os movimentos diários do índice S&P 500 voltaram aos níveis (de calmaria) de 1950.

O intervalo entre ganhos e perdas está extremamente apertado. Cerca de 80% dos retornos diários ficam entre +1% e -1%, e aproximadamente 99% dos movimentos diários ficam dentro do intervalo de +3% e -3%.

Todos parecem em compasso de espera pela volatilidade, ou pelo próximo Cisne Negro...

S&P 500

Quando vejo um gráfico desses, inevitável lembrar do meu finado Dobermann Baiser…

Quando a coisa ficava muito quieta lá em casa, a certeza era de que algo estava fora do lugar. E geralmente fedia.

Quem são estes caras?

Muita gente tem perguntado sobre o Criando Riqueza.

Afinal, quem são esses caras?

Criando Riqueza é o braço de finanças pessoais da Empiricus. É um programa paralelo, com marca (e produtos) própria.

O objetivo é fazer o leitor mais rico a cada dia. Em diversos aspectos.

Como?

Com ensinamentos simples para que você converse de igual para igual com seu gerente de banco, além de um conjunto de orientações realmente úteis de economia, investimentos e de estilo de vida que podem ser aplicadas no dia a dia.

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