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Cielo, a Retomada

Publicado 28.01.2021, 12:49
Atualizado 09.07.2023, 07:32

Céu nublado

“A Cielo (SA:CIEL3) respira por aparelhos”, era capa dos jornais em meados de 2010.

Para alguns analistas a sua morte era apenas questão de tempo. Mais tarde, porém, a companhia viria a se tornar uma das queridinhas do mercado.

Jorrando uma quantidade absurda de caixa e com lucros crescentes, as ações dominavam o mercado.

Até 2015 a empresa de maquininhas viveu momentos de euforia.

No entanto, em 2017, uma nuvem negra começou a se aproximar.

A empresa que detinha uma enorme barreira para novos entrantes, viu os concorrentes no setor de adquirencia baterem a porta.

A Cielo possuía mais de 50 por cento de Market share.

Em um ambiente com a Rede, do Itaú Unibanco (SA:ITUB4), e GetNet, do Santander (SA:SANB11), a Cielo seguia em paz.

Atacava principalmente as médias e grandes empresas, sem muito interesse ao "acesso" dos pequenos comerciantes.

O aluguel da maquininha era caro, não tinha escala para que se tornassem clientes.

Nasce o oponente

 O Banco Central entrou em campo para aumentar a concorrência do setor, retirando barreiras criadas pelos bancos.

A PagSeguro (NYSE:PAGS) chegou à bolsa em janeiro de 2018 com uma oferta pública de ações nos EUA e o mercado começava a compreender os riscos que a Cielo corria.

Logo no primeiro dia de negociação as ações dispararam 36 por cento.

Stone (NASDAQ:STNE) seguiu os mesmos passos, e subiu 31 por cento no primeiro dia.

Uma infinidade de empresas de adquirencia ingressavam no mercado.

O pipoqueiro, a manicure, o motoboy e muitos outros profissionais teriam seus próprios meios de pagamento.

Começava a “Guerra das Maquininhas”.

 O Pagseguro ganhava musculatura e, um mês após o seu IPO, as ações da badalada Cielo começaram a derreter.

Para gigante de adquirência, um filme de terror. A concorrência jogava pesado reduzindo preços.

Entre 2018 e 2020, o valor da empresa chegou a cair quase 90 por cento.

O contra-ataque

 Perdendo espaço, receita e rentabilidade, a Cielo começou a atacar o mercado de acesso.

Antes, 60% do volume da empresa vinha de grandes contas e 40% do varejo. O objetivo do CEO Paulo Caffarelli era inverter a pirâmide, com 35% do volume vindo das grandes contas e 65% do varejo.

A empresa poderia explorar a capilaridade gigantesca de seus controladores, Banco do Brasil (SA:BBAS3) e Bradesco (SA:BBDC4), - importante, principalmente, em regiões como Norte e Nordeste onde os concorrentes não atuam.

Mercados como de São Paulo e Rio de Janeiro são mais competitivos e o segmento de grandes empresas sempre foi muito disputado.

Mas o Brasil, definitivamente, nunca foi uma grande Faria Lima.

A Cielo avançou com sua estratégia de priorizar segmentos mais rentáveis, com maior foco no varejo - caminhando com a produtividade da força de vendas, fazendo parcerias, oferecendo soluções digitais e concedendo crédito.

O resultado

Nesta terça-feira (26) a companhia divulgou os números do 4T20 e surpreendeu o mercado.

O Lucro Líquido da Cielo totalizou R$298,2 milhões no trimestre, um aumento de 34,7% sobre o mesmo trimestre do ano anterior e de 197,0% quando comparado ao 3T20.

Na comparação com o trimestre anterior, o resultado foi impulsionado por melhora em todas as unidades de negócio: Cielo Brasil (adquirência), Cateno e outras Controladas.

Destaque para a recuperação dos volumes na Cielo e na Cateno, e para o controle dos gastos, com custos e despesas operacionais abaixo do observado no 3T20.

O volume financeiro capturado foi de R$190,6 bilhões, um acréscimo de 15,1% frente ao 3T20, impulsionado pelo segmento de pequenas empresas e pela retomada das atividades econômicas, Black Friday e Natal.

Na comparação com o 4T19, a expansão foi de 0,3%, limitada pelos efeitos econômicos da crise gerada pela COVID-19, e pelo foco da Companhia em segmentos mais rentáveis.

Quanto vale a Cielo?

 A Cielo está negociando atualmente o P/L (Preço sobre o Lucro) de 12 vezes estimado para 2021.

Nota-se o exagero do mercado quando comparado aos players Pag Seguro (P/L de 37 vezes para 2021) e Stone (P/L de 68 vezes para 2021).

O cenário melhorou para as ações, vejo um potencial de upside de 58 por cento. Sendo cotada atualmente a R$ 3,67, o preço alvo é de R$ 5,80.

Últimos comentários

o Pix certamente foi uma evolução, só gostaria de saber até quando, porque já já vão pensar em taxar tais transações.
Na semana passada, comprei uma bolsa na praia para minha esposa. O vendedor ambulante, que caminhava descalço na areia aceitava cartão de credito (tinha uma maquininha) mas me deu 10% de deaconto se o pagamento fosse em dinheiro ou via Pix. Obviamente, fiz um PIx e mostrei a ele o comprovante na tela do meu celular. Pronto! Na hora e sem custo. Quando olho para uma maquininha da Cielo (ou de qualqer concorrente), me lembro daquelas antigas maquinas fotograficas com filme de rolo da Kodak.As maquininhas são um produto em extinção. Muito em breve serão peças de museu. Não ha mais volta.
Obrigado pelo seu comentário Jorge. Concordo com você. A Cielo também concorda. Igualmente PagSeguro e Stone assinam embaixo de tudo que você escreveu. Estas empresas sabem que precisam ir muito além das maquininhas. É necessário expandir os negócios, oferecer crédito e financiamento a pequenas e média empresas, seguros, softwares de gestão, entre diversas outras soluções financeiras para trabalhar a base de clientes.
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