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Cinco a Dois

Publicado 21.08.2014, 04:48
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Viva a democracia

Tentar tutelar o mercado de ideias não é o papel da Justiça Eleitoral”. Plenário do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) decidiu ontem considerar totalmente improcedente a representação da presidente Dilma Rousseff contra a Empiricus.

TSE

Comemoramos a decisão não somente pelo motivo óbvio de afetar diretamente o nosso trabalho, mas também por abrir importante jurisprudência em favor do ambiente democrático e da liberdade de expressão. Precedente potencialmente aplicável tanto para análises econômicas quanto para a regulação do ambiente de internet.

O ministro Gilmar Mendes disse temer que “intervenção da Justiça Eleitoral em um tema de opinião venha a, realmente, qualificar uma negativa intervenção em matéria de livre expressão”.

Não chegou a ser um 7 a 1, mas os 5 votos a 2 no TSE também configuram uma goleada.

A bipolaridade monetária

Principal destaque do noticiário econômico desta quarta-feira, o Banco Central liberou mais R$ 10 bilhões em depósitos compulsórios dos bancos. Lembrando que, em 25 de julho, o Bacen já havia liberado R$ 30 bilhões do compulsório. Lembrando, ainda, que o mesmo Bacen garantiu que não haveria cortes nos juros (política contracionista). Agora trabalha na liberação de compulsório (política expansionista).

Um embate entre política monetária e política fiscal é clássico na literatura econômica; todos os países e regimes hora ou outra acabam passando por esse dilema. Agora, ter a sua política monetária contra ela me mesma parece, no mínimo, uma contradição.

Perde-perde


Mais uma vez: o grande movimento de indução monetária é a taxa de juros. Medidas macroprudenciais são meramente complementares. O problema é fingir-se vigilante com a inflação, que de fato exige vigilância no teto da meta, e adotar uma política monetária expansionista, seja com Selic ou com compulsório. Argumento monetarista clássico: mais moeda em circulação, menor valor da moeda, mais inflação. Ou, quanto maior a proporção de crédito subsidiado, maior será o aumento da taxa de juros para combater a inflação.

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Agora, empresto o argumento do excelente Mansueto Almeida, que participou de nosso debate econômico no início desta semana:
Quem está protegido [subsidiado] ganha temporariamente e, quem não tem acesso a crédito subsidiado, perde hoje e no futuro, pois todo mundo terá que pagar mais impostos para o governo pagar sua dívida.


Lembrando o tema do M5M de ontem: alguém sempre tem que pagar a conta.

Mais um perdedor declarado

Outro setor da economia traçou revisão séria em suas projeções. Depois de assistir as vendas de aço plano sofrerem retração de 6,9% em julho, o Inda (Instituto Nacional de Distribuidores de Aço) reduziu a sua expectativa de vendas em 2014, de crescimento de 4% para 1%.

Não chega a ser de todo mal, visto que ainda é superior à projeção para o PIB, mas ainda é uma estimativa de crescimento pífia, para um setor com base de comparação muito fraca (2013 foi péssimo para o segmento) e um dos mais beneficiados com desonerações e redução dos preços de energia - mais uma prova da ineficiência da política de benefícios.

Pudera...

Os principais demandantes do mercado de aços planos, como os segmentos automotivo, de linha branca, e construção civil, todos também amplamente estimulados, encontram em trajetória de expressiva desaceleração.

Para quem não se lembra, o automotivo, por exemplo, também acaba de revisar suas projeções para o ano: a de produção passou de crescimento de 1,4% para queda de 10%, a dos emplacamentos de alta de 1,1% para queda de 5,4%, e das exportações de alta de 1,6% para queda de - pasmem - 29,1%.

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O homem de aço (entre 2 mundos)

O mercado de aços em geral tem apontado alguma recuperação nos últimos resultados trimestrais. Muito por conta do processo de recomposição de margens das empresas e da fraca base de comparação. No entanto, ainda sugerimos cautela com investimentos relacionados à siderurgia.

O mercado interno de aços planos mostra-se muito difícil, com bastante capacidade produtiva nova entrando em operação nos próximos três anos para um mercado já em excesso de oferta. Dentro deste contexto, sugiro privilegiar exposição a aços longos, menos sensível à competição do aço importado e exposto a segmentos mais resilientes (ex. infraestrutura) comparativamente aos planos.

Na Bolsa, exposição prioritária a aços planos se dá via Usiminas (USIM5)e CSN (CSNA3). Exposição prioritária a longos se dá via Gerdau (GGBR4).

Multa atrás de multa

O pregão desta quarta-feira é outro de forte valorização para as ações da Petrobras, que puxam a renovação do recorde do Ibovespa em 2014. Também é outro pregão em que as ações da Petrobras sobem sem qualquer respaldo de eventos materiais - como se ainda precisássemos de evidências de que o rali das ações é baseado meramente em apostas eleitorais.

Se bem que...

Desta vez há sim novidades no noticiário corporativo da estatal. A ANP aplicou três novas multas à Petrobras por falhas na operações e irregularidades na P-26. As três totalizam R$ 11,7 bilhões, somando aos cerca de R$ 80 milhões que a empresa recebeu de multas da ANP de julho para cá. Não é nada que vá atrapalhar o desempenho das ações, ou que chegue a ser relevante para quem possui a maior dívida corporativa do mundo, superior a R$ 300 bilhões. Mas também não ajuda.

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Para visualizar o artigo completo visite o site da Empiricus Research.

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