Status quo
À medida que o Brexit se esvai, os mercados se recuperam.
Minha aposta no Reino Unido europeu se mostra lucrativa hoje.
Espero que seja assim até quinta-feira, data do plebiscito.
A conjuntura externa muito ajudará se não atrapalhar.
Já a conjuntura interna muito atrapalhará se não ajudar.
Quid pro quo
Temer e Meirelles conversam hoje com os governadores.
Pedem compromisso com as contas públicas (daqui para frente), em troca de socorro financeiro (daqui para trás).
Despesas "escondidas" nos estados atingem R$ 15 bi. São obrigações de anos anteriores, empurradas com a barriga.
Não me preocupam, pois são um ônus absolutamente conhecido.
Ficam implícitas no déficit primário de R$ 170 bi para este ano.
Estou mais interessado em surpresas.
Caesar non supra grammaticos
Surpresas que podem vir do quase esquecido Conselho Monetário Nacional.
O CMN se depara com três eventualidades:
1) Atualizar a TJLP.
2) Atualizar a meta de inflação para 2017.
3) Definir a meta de inflação para 2018.
Torço para que a TJLP suba e a meta de 2017 seja também elevada.
Tudo em nome de uma meta crível em 2018.
Carthago delenda est
O governo da Índia acaba de anunciar uma mudança na lei de aviação do país.
Abriu o setor ao capital estrangeiro, que poderá deter até 100% de uma companhia aérea local.
Por aqui, estamos novelando para votar 49%... sempre na semana que vem.
Diga-me: qual seria o "interesse estratégico" em ter companhias aéreas nacionais?
Nenhum - especialmente se forem companhias aéreas nacionais falidas.
Ex nihilo nihil fit
Interesse estratégico, para mim, é deter participação em empreitadas lucrativas.
É o que faz Warren Buffett, ícone maior do value investing.
Não conhece essa lenda?
Buffett monta suas posições por meio de uma combinação genial entre empresas longevas e geradoras de caixa.
Como assinante da Empiricus, suas assinaturas preferidas viriam num combo sob encomenda entre as Melhores da Bolsa e as Vacas Leiteiras.