Este artigo foi escrito exclusivamente para o Investing.com. Publicado originalmente em inglês em 20/07/2021
- FCX é uma das principais produtoras de cobre
- A ação explodiu desde a mínima de março de 2020
- O cobre corrigiu, fazendo a FCX recuar
- Goldman Sachs: cobre parou para respirar e continuará em ascensão
- Níveis a serem observados na FCX – “caiu, comprou”
Em maio de 2021, três commodities negociadas no mercado futuro americano atingiram novas máximas históricas.
A madeira serrada atraiu muita atenção, já que seu preço superou US$1700 por 1000 pés-tábua. O paládio, elemento essencial para limpar as toxinas em catalisadores automotivos, ultrapassou a marca de US$3000 por onça. E o cobre, metal vermelho não ferroso essencial para a infraestrutura e a nova revolução verde trazida por veículos elétricos (VEs) e produtos ecológicos, atingiu quase US$4,90 por libra.
O movimento no cobre fez muito bem às empresas que extraem seu minério da crosta terrestre. A Freeport-McMoRan Copper & Gold (NYSE:FCX) (SA:FCXO34) é uma das produtoras líderes mundiais de cobre e suas ações dispararam desde que tocaram o fundo de março de 2020. Após a recente correção desde as máximas, o cobre e a FCX podem ter voltado à região de compra.
FCX é uma das principais produtoras de cobre
A Freeport McMoRan é uma das líderes mundiais na produção de cobre. Em 2020, a Codelco, gigante mineradora chilena, assumiu o primeiro posto em produção, ao extrair 1,73 milhão de toneladas métricas do metal de base. A BHP Billiton (NYSE:BHP), mineradora anglo-australiana, foi bem perto na segunda posição, com 1,72 milhão de toneladas produzidas. A Freeport McMoRan ficou em terceiro lugar, com 1,45 milhão de toneladas, à frente da quarta colocada Glencore (OTC:GLNCY), com 1,26 milhões.
Com ações cotadas a US$32,40 em 19 de julho, a FCX tinha uma capitalização de mercado de US$47,48 bilhões. A ação registra um volume médio de negociação de mais de 20 milhões de ações por dia e paga aos acionistas um dividendo de US$0,30, o que representa um retorno de 0,90%.
A ação explodiu desde a mínima de março de 2020
As ações da FCX subiram consideravelmente após atingir o nível mais baixo desde o início de 2016 em março de 2020, quando registraram mínima mais alta a US$4,82.
O gráfico mostra a alta até a máxima de US$44,50 por ação no início de maio, valorização de mais de nove vezes em quatorze meses. Naquele momento, a FCX atingiu seu preço mais elevado desde 2012.
O cobre corrigiu, fazendo a FCX recuar
Em maio de 2020, o cobre futuro negociado na Comex atingiu a máxima histórica.
Fonte: CQG
Como mostra o gráfico trimestral, o contrato futuro alcançou US$4,8985 por libra, eclipsando o pico recorde de 2011 a US$4,6495. Desde a máxima recorde, o cobre corrigiu até a mínima de US$4,088. Perto de US$4,2000 em 19 de julho, o metal vermelho não ferroso estava 14,3% abaixo da máxima de maio.
Enquanto isso, as ações da FCX recuaram 27,2% desde as máximas de 19 de julho.
As ações de mineradoras tendem a fornecer exposição alavancada a commodities que fazem extrações da crosta terrestre. O desempenho da FCX foi melhor que o do cobre na alta, já que o preço do metal vermelho saiu da mínima de US$2,0595 em março de 2020 até a máxima de quase US$4,90, ou 137,8%. A FCX explodiu mais 820% no mesmo período.
Bull markets raramente se movem em linha reta, e a correção do cobre desde maio conteve o preço acima de US$4 por libra até agora.
Goldman Sachs: cobre parou para respirar e continuará em ascensão
O cobre é essencial para a emergente economia verde. Os veículos elétricos usam o cobre, assim como a energia solar e eólica. A construção de infraestrutura na China e sua reconstrução nos EUA aumentarão a demanda de cobre nos próximos anos. Além disso, a escassez de semicondutores aumentará a demanda de cobre.
Enquanto isso, a falta de novos projetos de cobre representa um desafio para a equação de oferta e demanda do metal. São necessários de oito a dez anos para que uma nova produção mineradora entre em operação.
O Goldman Sachs chamou o cobre recentemente de “novo petróleo”, dizendo que o metal vermelho é crucial para a descarbonização. O Goldman projeta que o metal pode disparar para US$15.000 por tonelada ou até mais até 2025. O cobre registrou pico a cerca de US$10.700 por tonelada na Bolsa de Metais de Londres quando o contrato futuro na Comex atingiu a máxima mais recente.
De acordo com uma pesquisa da White & Case, “a expectativa é que o cobre tenha melhor desempenho entre as commodities de mineração em 2021, de acordo com os entrevistados”.
Níveis a serem observados na FCX – “caiu, comprou”
O primeiro nível de suporte técnico nas ações da FCX está a US$29,45, mínima do fim de março de 2021.
Abaixo dele vem o suporte a US$24,71, mínima de janeiro de 2021. A resistência técnica encontra-se na máxima de maio a US$44,50 e do início de 2012 a US$48,64.
A demanda de cobre continuará em alta nos próximos anos. A FCX fornece aos investidores e traders exposição alavancada ao metal vermelho. Eu prefiro aproveitar as correções para comprar ações da FCX a partir de US$32,40, o que fornece muita margem para aproveitar preços mais fracos.
O aumento da demanda significa que a terceira maior produtora de cobre do mundo tem muito potencial de alta nos próximos anos.