Este artigo foi escrito exclusivamente para o Investing.com.
- Coinbase atingiu níveis insustentáveis em 14 de abril
- A ação encontrou piso a US$208, abaixo do preço de referência de US$250
- Uma alternativa às criptos: volume impulsionará preço, mas bull market ajudará
- Uma forma de participar da evolução da revolução das criptos sem deter ativos voláteis
- Resultados sugerem que a COIN é “bolsa de valores” da emergente classe de ativos
Em sua estreia na bolsa de valores, no dia 14, de abril de 2021, as ações da Coinbase Global (NASDAQ:COIN) atingiram a máxima de US$429,54. A capitalização de mercado da maior exchange de criptomoedas alcançou US$100 bilhões, mais do que os valores da Bolsa Mercantil de Chicago (CME) e da Intercontinental Exchange (ICE).
A CME e a ICE são plataformas de negociação bem estabelecidas, com anos de história antes dos seus respectivos IPOs em 2002 e 2005. Os produtos da Coinbase só estão no mercado há uma década.
Enquanto isso, a tecnologia blockchain é evolucionária e revolucionária. A tecnologia financeira reflete a modernização das finanças, tornando-as mais rápidas e eficientes. Jack Dorsey, fundador e CEO do Twitter (NYSE:TWTR) (SA:TWTR34) e Square (NYSE:SQ), recentemente chamou as criptomoedas de “dinheiro da internet”.
Embora a classe de ativos enfrente vários obstáculos, a aceitação está aumentando. Os avanços tecnológicos eventualmente solucionarão problemas de custódia, segurança e carbono. Contudo, o desafio ao controle dos governos sobre a oferta monetária continua sendo bastante significativo para a classe de ativos.
A ação dos preços das ações da COIN se estabilizou nos meses seguintes à sua listagem na Nasdaq. Depois de se consolidar, a exchange é um excelente veículo de investimento para quem deseja ingressar na classe de ativos sem deter criptomoedas.
Coinbase atingiu níveis insustentáveis em 14 de abril
O preço de referência pré-IPO da Coinbase era de US$250. A ação foi aberta a negociação em 14 de agosto, em meio a muita euforia. 
Fonte: Barchart
Como mostra o gráfico acima, a COIN estreou custando US$381 e disparou até a máxima de US$429.54 durante as primeiras operações frenéticas. Em seu pico, a capitalização de mercado da plataforma de criptomoedas atingiu o nível de US$100 bilhões. Naquele dia, a principal criptomoeda também atingiu seu pico. 
Fonte: CQG
Como indica o gráfico semanal, o bitcoin tocou sua máxima a US$65.520 em 14 de abril. No dia da sua listagem, a Coinbase atingiu seu ápice, assim como o bitcoin, para logo em seguida caírem feito pedra nas semanas seguintes.
O bitcoin atingiu a mínima de US$28.800 no fim de junho, após as ações da COIN também tocarem sua mínima mais recente.
A ação encontrou piso a US$208, abaixo do preço de referência de US$250
As ações que chegam ao mercado com muita badalação tendem a perder força nas semanas seguintes à listagem, e com a COIN não foi diferente. 
Fonte: Barchart
O gráfico mostra como a COIN caiu como uma faca, com seu preço afundando abaixo da cotação de referência de US$250 pré-listagem até a mínima de US$208 em 19 de maio. Como a empresa não passou por um processo tradicional de IPO, para evitar as taxas exorbitantes, insiders e primeiros investidores puderam vender ações sem restrições quando a Nasdaq listou a COIN e 14 de abril. A capacidade de rapidamente monetizar as ações provavelmente exacerbou a venda que fez o preço cair mais da metade no primeiro mês de negociações.
Desde então, a COIN se estabilizou. A ação tem registrado mínimas e máximas ascendentes desde 19 de maio, sendo a mais recente máxima de US$294 em 11 de agosto. A ação volátil fechou a US$261,25 em 13 de agosto, acima do preço de referência pré-listagem de US$250.
Uma alternativa às criptos: volume impulsionará preço, mas bull market ajudará
A COIN é uma plataforma de negociação, portanto não é um investimento direto em criptomoedas. A empresa fornece infraestrutura e tecnologia financeira para a criptoeconomia.
O site da Coin ressalta que a empresa é o “lugar mais fácil de comprar e vender criptomoedas”. A COIN só oferece negociação e execução em criptomoedas selecionadas. Com mais de 11.250 tokens diferentes na classe de ativos, há muito espaço para crescimento.
A COIN é uma excelente alternativa às criptomoedas, já que a lucra com o volume, e não com a ação dos preços. Quanto mais participantes do mercado abraçarem as criptomoedas, mais crescerão os resultados da COIN.
Como os mercados de alta tendem a atrair maior participação, as ações da COIN provavelmente subirão junto com os preços do bitcoin e ethereum, correlacionando o preço das ações da plataforma com os preços das criptomoedas.
Uma forma de participar da evolução da revolução das criptos sem deter ativos voláteis
Muitos investidores têm ficado de fora, penalizando-se por terem perdido movimentos como aquele que fez o bitcoin subir de cinco centavos em 2010 para mais de US$65.500 em 2021 na máxima. Ao nível de US$47.700 em 13 de agosto, um dólar investido em Bitcoin a cinco centavos varia US$954.000.
As criptomoedas são investimentos alternativos com elevado nível de risco. Dito isso, a COIN oferece aos participantes do mercado uma forma de investir na emergente classe de ativos através de um veículo oficial de investimento na Nasdaq.
Para muitos, as ações da COIN oferecem exposição às criptomoedas sem precisar se preocupar com carteiras digitais, custódia, armazenamento e outros fatores.
Resultados sugerem que a COIN é “bolsa de valores” da emergente classe de ativos
Em 10 de agosto, a COIN apresentou seu primeiro balanço trimestral desde sua abertura de capital na Nasdaq. A companhia apurou uma receita de US$2,23 bilhões no segundo trimestre, contra a previsão de US$1,85 bilhão. O Ebitda ajustado foi de US$1,15 bilhão, contra a expectativa de US$961,50 milhões.
O volume de negociação subiu para US$462 bilhões, uma alta em relação a US$335 bilhões no primeiro trimestre fiscal. O número de transações realizadas por usuários comuns aumentou 44% em comparação com o primeiro trimestre, para 8,8 milhões. O número total de usuários verificados cresceu de 56 milhões para 68 milhões.
Até o fim da semana passada, a capitalização de mercado de toda a classe de ativos girava em torno de US$2 trilhões. A COIN crescerá junto com o mercado de criptomoedas, moedas digitais e stablecoins nos próximos anos. Como “bolsa de valores” dos tokens gerados pela tecnologia financeira, a COIN é uma empresa com excelente potencial de crescimento.