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Como a Estrutura de Capital Afeta o Negócio

Publicado 15.10.2020, 08:58
Atualizado 09.07.2023, 07:32

Qualquer que seja o modelo de negócio, setor ou segmento de atuação, para que a operação de uma empresa mantenha seu funcionamento, são necessários recursos financeiros e humanos. Existem basicamente duas maneiras de financiar as atividades de uma companhia: capital próprio ou capital de terceiros. Entender essa diferenciação é importante porque afeta o raciocínio na hora de fazer o valuation de empresas.

O capital próprio é o dinheiro dos sócios. Essa forma de financiamento é interessante, pois há alinhamento de interesses a partir do momento em que os sócios compartilham os riscos inerentes à operação.

Quando uma empresa opta por captar recursos junto aos acionistas, ela não se compromete a pagar juros regulares sobre o montante captado. Os sócios assumem o risco da operação e serão remunerados apenas no caso das atividades se mostrarem lucrativas. Quando a operação tiver prejuízos, os sócios assumem o risco de perda de capital.

O capital de terceiros, por outro lado, é o dinheiro de credores que optam por emprestar recursos para a companhia em troca de remuneração acordada em contrato. Quando um banco oferece um financiamento para uma empresa, por exemplo, mesmo que a operação não seja lucrativa, a empresa terá de arcar com o custo da dívida.

Entretanto, se a dívida é custosa, por que muitas organizações financiam suas atividades com capital de terceiros?

A resposta para essa pergunta pode ser contra intuitiva, porém é muito simples. A dívida pode trazer rentabilidade maior para os acionistas quando bem gerida. Para isso, a administração deve alocar o recurso captado em projetos que oferecem retornos acima do custo de captação.

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Vejamos o seguinte exemplo para facilitar a compreensão. Uma empresa possui um projeto cuja rentabilidade estimada é de 20% ao ano e, para executá-lo, são necessários R$ 100.000. Sem os recursos disponíveis, a administração da empresa vai ao banco buscar uma linha de crédito que permita a execução do projeto.

Negociando com o gerente da agência, a companhia consegue uma proposta que consiste na oferta de R$ 100.000 com pagamento de juros de 10% ao ano. Tendo em vista que a rentabilidade estimada para o projeto é de 20%, a companhia decide aceitar a proposta.

Após um ano, os lucros do projeto são suficientes para arcar com os custos da dívida e o excedente pode ser reinvestido em outros projetos ou distribuído para os acionistas. Neste caso, a dívida é interessante, pois traz um retorno que não seria possível sem esse recurso.

Além disso, a dívida traz outro benefício para a empresa. O pagamento dos juros pode ser abatido do lucro tributável (lucro operacional), o que torna a alíquota real de impostos pagos pela empresa menor do que seria em caso de financiamento exclusivo com capital próprio.

Entretanto, nem sempre a dívida é benéfica. O motivo de diversas empresas entrarem em recuperação judicial em momentos de recessão econômica é justamente a contração excessiva de dívidas.

As dívidas funcionam como um custo fixo, uma vez que o pagamento periódico de juros não pode ser adiado. Assim, com a queda nas receitas durante um período de recessão econômica, empresas muito alavancadas podem apresentar geração de caixa insuficiente para arcar com os custos da dívida.

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Desse modo, se faz necessário renegociar as dívidas junto aos credores para que a empresa consiga manter suas atividades. Na recente crise econômica brasileira, vimos inúmeras empresas seguirem este caminho. Entre elas, podemos mencionar a Oi (SA:OIBR3), Avianca, Saraiva (SA:SLED4) e muitas outras.

Note que são empresas com modelos de negócio e setores de atuação distintos, mas que tiveram o mesmo destino devido a uma alavancagem excessiva. Portanto, podemos perceber que a dívida pode trazer benefícios quando a gestão sabe utilizar o endividamento para impulsionar os retornos. Porém, caso a alavancagem se torne excessiva, os custos da dívida comprometerão o fluxo de caixa da empresa de modo a inviabilizar a operação.

Últimos comentários

sou assinante da SUNO.vale muito a pena.custo baixo para o aprendizado recebido com as sugestões e análises diárias.
Ótimo conteúdo e explicação Tiago. Parabéns!
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