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Como as Commodities se Comportarão em 2021 Diante de Padrões Técnicos de Reversão

Publicado 08.12.2020, 10:44
Atualizado 09.07.2023, 07:31
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Este artigo foi escrito exclusivamente para o Investing.com. Publicado originalmente em inglês em 07/12/2020

  • Um padrão de reversão importante no gráfico mensal pode ser uma potente força técnica
  • Reversões de alta e de baixa nos metais preciosos
  • Padrões altistas nos dois principais mercados futuros de petróleo
  • Commodities agrícolas: ação de preços positiva no café e cacau
  • Dólar reverte para baixo, um fator crítico para as commodities

Estamos agora no último mês de 2020. Este ano foi extraordinariamente tumultuado e entrará para a história como um período que muitos gostariam de esquecer.

A pior pandemia mundial desde a gripe espanhola de 1918 continua causando vítimas, embora a expectativa seja que as vacinas gerem imunidade de rebanho em 2021. Os resultados das eleições nos EUA mudarão o líder no mundo livre em 20 de janeiro, já que o atual presidente Donald Trump deixará o cargo em favor do presidente eleito Joseph Biden, que tomará posse no salão oval.

Os mercados em todas as classes de ativos foram extremamente voláteis neste ano. Uma queda brutal causada pela disseminação do coronavírus em março fez com que os principais índices de mercado atingissem as mínimas naquele momento.

Desde então, uma forte recuperação vem acontecendo. De fato, novembro foi um mês excepcional para as ações, com muitas delas registrando novas máximas recordes na Nasdaq, que se valorizou quase 84% nos últimos oito meses. A força das ações continuou no índice industrial Dow Jones que atingiu recentemente a marca inédita de 30.000 pontos.

O mercado de commodities também apresentou bastante variação de preços.Em abril, o preço do contrato futuro mais líquido do petróleo na NYMEX ficou abaixo de zero pela primeira vez. O barril de petróleo vem registrando mínimas e máximas ascendentes desde que atingiu uma cotação abaixo de -US$ 40 em um dia fatídico no fim de abril.

A prata caiu até seu preço mais baixo desde 2009 e depois subiu para o nível mais elevado desde 2013. O ouro registrou novas máximas recordes em todas as moedas no início do ano antes de corrigir a partir de agosto. E o cobre perdeu o patamar de US$ 2,06, o preço mais baixo desde junho de 2016, antes de disparar até o maior nível desde 2013 a mais de US$ 3,40 por libra.

O trigo atingiu a máxima de seis anos. A soja também alcançou um pico plurianual.

Em 30 de novembro, cinco mercados de commodities apresentaram reversões técnicas em seus gráficos mensais. Duas reversões baixistas e três altistas podem gerar ainda mais volatilidade nas próximas semanas, à medida que nos aproximamos de 2021, que esperamos ser um melhor ano para o mundo.

Um padrão de reversão importante no gráfico mensal pode ser uma potente força técnica

Um importante padrão técnico de reversão de alta ocorre quando o preço de um ativo é negociado abaixo da mínima do período anterior e fecha acima da sua máxima. Uma reversão de baixa é o oposto: o mercado ultrapassa a máxima do período anterior e fecha abaixo da sua mínima.

As reversões refletem uma mudança no caminho de menor resistência ao preço. Nos gráficos mais longos, os operadores e sistemas seguidores de tendência geralmente compram em uma reversão altista e vendem na reversão de baixa.

Estamos agora no último mês de um ano que muitos de nós ficarão felizes em ver ficar para trás no réveillon. Antes disso, entretanto, é preciso notar que novembro foi um período agitado nos mercados de commodities, já que ativos de todas as categorias – energia, metais e agrícolas – formaram padrões de reversão em seus gráficos mensais.

Reversões de alta e de baixa nos metais preciosos

O ouro teve um novembro difícil. Depois de disparar acima da máxima de outubro, o preço do metal amarelo caiu de forma constante e fechou abaixo da mínima do mês anterior.

Ouro Mensal 2010-2020

Fonte de todos os gráficos: CQG

O contrato futuro do ouro na COMEX tocou a mínima a US$ 1859,20 em outubro e fechou a US$ 1775,70 em 30 de novembro, US$ 83,50 abaixo do nível que estabeleceu padrão técnico de reversão de baixa.

Ao contrário do ouro, cuja reversão ocorreu com ampla margem, a da prata foi por uma margem estreita.  

Prata Mensal 2010-2020

O gráfico ilustra que a prata registrou máxima mais alta em novembro e outubro, fechando a apenas 9,10 centavos abaixo da mínima de outubro em 30 de novembro. Tanto o ouro quanto a prata formaram padrões técnicos de baixa no gráfico de longo prazo no mês passado, mas outro metal precioso seguiu na direção oposta.  

Platina Mensal 2010-2020

A platina atingiu uma mínima um pouco menor no mês passado ante outubro. O preço do metal precioso ficou apenas US$ 5,30 abaixo da mínima de outubro antes de fechar US$ 47,40 acima da máxima daquele mesmo mês, formando um importante padrão de reversão altista no gráfico mensal.

O ouro e a prata entraram em dezembro com um sinal técnico de venda, enquanto os futuros da platina emitiam sinais de que o caminho de menor resistência é para cima.

Padrões altistas nos dois principais mercados futuros de petróleo

Os futuros do WTI e do Brent servem de referência para a commodity energética em todo o mundo. Cerca de dois terços dos produtores e consumidores de petróleo precificam seu produto a partir da cotação do Brent, que é negociado no mercado futuro da Intercontinental Exchange. O Brent é a referência para o petróleo da Europa, África e Oriente Médio.

Brent Monthly 2010-2020

Fonte: Barchart

O gráfico mensal mostra que o Brent perdeu a mínima de outubro a US$ 36,68 quando atingiu US$ 35,73 em novembro. O contrato de petróleo mais próximo ultrapassou o pico de outubro a US$ 43,60, fechando novembro a US$ 47,88 por barril. O mercado de Brent formou um importante padrão de reversão de alta no gráfico mensal.  

Petróleo Mensal 2010-2020

O gráfico acima mostra que os futuros do barril de WTI na NYMEX, referência de preços nos Estados Unidos, maior produtor mundial dessa commodity energética, formou o mesmo padrão altista em seu gráfico mensal. O preço caiu US$ 1,28 abaixo da mínima de outubro e subiu US$ 3,64 acima do pico do mesmo mês a US$ 41,70 por barril. Os futuros para janeiro fecharam a US$ 45,34 em 30 de novembro.

O mercado petrolífero entrou com força em dezembro. No último dia do mês passado, o cartel internacional do petróleo se reuniu para discutir a continuação do corte de produção de 7,7 milhões de barris por dia (bpd) para os próximos meses. A Opep não conseguiu fechar uma acordo em 30 de novembro, mas isso não impediu o petróleo de formar padrões de reversão altistas.

Commodities agrícolas: ação de preços positiva no café e cacau

Duas das mais voláteis commodities agrícolas registraram reversões de alta em seus gráficos mensais em novembro.

Cacau Mensal 2010-2020

O gráfico mensal de cacau mostra que seu preço caiu US$ 43 por tonelada abaixo da mínima de outubro em novembro e fechou, no dia 30 do mesmo mês, US$ 481 acima da máxima do mês passado a US$ 3008 no contrato com vencimento mais próximo na ICE. O preço do cacau ficou fraco durante o feriado do Dia das Bruxas, por causa do distanciamento social, que pressionou os preços para baixo.

Em novembro, a gigante global de produtos de confeitaria Hershey’s (NYSE:HSY) fez compras substanciais no mercado futuro, fazendo o cacau atingiu nova máxima em 2020, o preço mais alto desde agosto de 2016. A fabricante de chocolates evitou as sobretaxas da Costa do Marfim e Gana, ao comprar sementes de cacau no mercado futuro.  

Café Mensal 2010-2020

Os futuros do café na ICE registraram nova mínima levemente inferior em novembro, 0,80 centavos abaixo da mínima de outubro, antes de fechar em 30 de novembro 6.85 centavos acima do pico de outubro. Os futuros do café vêm registrando mínimas ascendentes desde abril de 2019.

Dólar reverte para baixo, um fator crítico para as commodities

O dólar é a moeda de reserva do mundo e serve de referência para a precificação das commodities. A alta do dólar tende a pesar sobre os preços das matérias-primas, ao passo que a desvalorização da moeda geralmente dá suporte aos preços. Em novembro, o Índice Dólar apresentou uma reversão de baixa no gráfico mensal.  

DXY Mensal 2010-2020

O gráfico mensal mostra que, após ficar um pouco acima do pico de outubro, o índice fechou novembro abaixo da mínima do mês anterior. O dólar vem registrando mínimas descendentes desde março de 2020. A reversão de baixa do mês passado pode fazer com que o índice teste seu próximo suporte na mínima de fevereiro de 2018, a 88,15.

No fim da semana passada, as cotações fecharam nos seguintes níveis após as reversões mensais:

  • Ouro: US$ 1840 já que o metal disparou, mas não deu continuidade ao movimento
  • Prata: US$ 24,253 já que o metal disparou, mas não deu continuidade ao movimento
  • Platina: US$ 1072,80, já que o metal deu continuidade à alta
  • Petróleo na NYMEX: US$ 46,26 já que o petróleo deu continuidade ao movimento
  • Petróleo Brent: US$ 49,25 já que o petróleo deu continuidade ao movimento
  • Cacau: US$ 2654 já que o produto não deu continuidade ao movimento
  • Café: US$ 1,1755 já que o produto não deu continuidade ao movimento
  • Índice Dólar: 90.694, com o índice dando continuidade ao movimento

O tempo dirá se os padrões técnicos darão continuidade à alta ou à baixa. A volatilidade nas commodities deve continuar sendo a norma e não a exceção em 2021, em razão do duradouro impacto do coronavírus na economia mundial.

Além disso, a queda do dólar pode ser o fator mais influente para essa classe de ativos.

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